Limites estabelecidos

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Eu não acredito que era ele, que vergonha, o que será que aconteceu, o que nós fizemos? Eu sou virgem ainda, mas acordei sem roupa nenhuma naquela manhã. Eu queria poder perguntar, mas ou fui muito péssima de cama e não rolou nada, ou dormi no meio, ou ele me achou feia, ou não faço ideia, mas com certeza ele pensa que pode fazer o que quer, que eu sou assim, eu sei lá o que ele pensa.

Tento me concentrar em algo, mas não consigo, passo o domingo pensando só nisso, em como me comportar, se devo falar algo ou não. Então, decido agir naturalmente e tratar ele somente como pai do meu aluno e não dar brecha nenhuma pra conversarmos nada que não seja sobre o Jiho.

Que vergonha.

Na segunda-feira vou para o trabalho torcendo pra não ver ele, mas ele leva e busca o Jiho,  sendo o primeiro a trazer e último a buscar.  Ele me trata normal, como eu pedi.

Na terça -feira eu ainda estou tensa, mas sei que hoje era Senhora Jeon que vem, as terças são dela, mas lá está ele com seu terno, lindo, perfeito, será que eu também tirei sua roupa?

S/N: Oi Jiho, bom dia! Vamos entrar?

Ele fala tchau para o seu pai e me dá a mão.

JK: S/N,

Quando ele me chama meu coração vai na boca.

JK: Ele teve febre ontem a noite, queria deixar ele em casa, mas ele chorou que quer vir, isso é bem novo pra gente, já que ele fingia estar doente pra não vir para escola.

Sorrimos um para o outro e aqueles olhos lindos me fazem pensar que talvez, só talvez eu devia aceitar falar com ele.

Mas quando uma mãe da outra turma se aproxima tocando nos seus ombros  e diz:

Mãe: Meu advogado lindo, amei passar a tarde com vc recebendo suas orientações.

Eu entendo que eu realmente fui uma diversão pra ele.

Ele se desprende dela e diz:

JK: Você está falando sobre a sua papelada de divórcio. Fique tranquila, como conversamos, eu, você e meu sócio, vamos te ajudar no que for preciso.

Ele me olha sério. A mãe fica sem graça e vai embora.

JK: S/N, se a febre voltar me liga, eu coloquei meu telefone na agenda dele, por favor, me liga!

Ele fala essa parte dando ênfase.

JK: Eu vou observar ele pela câmera.

Aí que saco essa câmera.

S/N: Não precisa, eu vou ficar atenta e se ele não se sentir bem eu peço para escola te ligar. Você trabalha muito, não precisa ficar olhando a câmera.

Ele sorri pra mim percebendo meu desespero.

JK: Olhar você dando aula é o que alegra meu dia, senhorita Kim.

Eu engulo seco.

Ele se aproxima de mim e diz baixo:

JK: Vamos conversar?

Eu me perco no seu olhar, mas as mães da sala começam a chegar e eu não respondo e me despeço dele.

Durante o dia Jiho fica bem e enquanto dou aula fico olhando para a câmera, me sentindo estranha.

Na saída eu entrego Jiho normalmente. Não conversamos nada.

Arrumo minhas coisas e saio da escola, entro no carro e logo escuto a Voz do Jiho me chamando, ele vem até mim enquanto Jeon fica encostado no carro.

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