Capítulo 29

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POV Souza

Na moral mermo, dormi bem pra caralho como não dormia tinha muito tempo. Fernanda me dava uma paz terrível e por hoje ser domingo eu podia aproveitar meu tempo com ela, mas só depois de resolver a situação do pocket que eu ainda não entendia como tinha entrado na minha casa.

Pensando que podia ser de um dos meus, eu não podia pedir pra eles desbloquearem e descobrirem a senha então eu ia entregar pra Lima resolver esse B.O pra mim o quanto antes, ela ia embora agora de manhã porque era o único horário que PH podia vir e ela não podia ficar dando mole andando de carro.

Olhei pro relógio do lado do cinzeiro na escrivaninha e vi que já era quase dez horas, meu momento de reagir.

-Tá acordada?-pigarreei sentindo minha garganta arranhar, eu tava na mesma posição que tinha dormido com uma mão em cima do peito dela.
Bagulho parecia aquelas bolas antiestresse mó vontade de apertar, mas me segurei.

-Tô não.-Fernanda resmungou aumentando o aperto contra o meu corpo me fazendo rir, sua voz era baixa quase um suspiro.-Por quê?-enterrou o nariz no meu cabelo respirando fundo.

-Vou ter que te deixar um pouquinho pra resolver umas coisas e despachar a Lima.-expliquei fazendo carinho no seu braço com a mão livre.

-Depois dessa noite você ainda vai atrás da sua 01 é?-eu sabia que era brincadeira, mas tava foda de fazer a preta entender que minha mulher era ela e 'cabou papo era reto e sem curva, só que era conversa pra outro momento.

-Já falei que a 01 é você, parça, se orienta, caralho!-pedi mordendo o peito dela por cima da blusa que me empurrou reclamando que ainda tava sensível.-Quer que eu te leve em casa antes de sair?-perguntei beijando entre seus peitos por cima da blusa mesmo.

-Você vai demorar muito?-ela parecia mais desperta agora, voz mais firme, já tava acordando de vez, mas contra a vontade dela.-Não ligo de te esperar aqui, se você não se importar que eu fique, né...

-Vou demorar não, mas num vou conseguir te dar a atenção que eu quero.-me ajeitei pra deitar no travesseiro e olhar pra ela que tava com o olhinho pequeno na minha direção, de sono não de desconfiança.-Se quiser ficar aqui tu pode, pô!-nunca que eu ia negar isso ou qualquer outra coisa que ela me pedisse.

-Não vou te cobrar atenção não, princesa, só quero ficar perto, queria cozinhar pra você, quero que você prove minha comida...-sorri maliciosa porque todas as comidas dela que eu tinha experimentado tinham sido maravilhosas.-Para de maldar as coisas, Daniela!-se interrompeu pra brigar comigo e eu resolvi responder enquanto tinha brecha nas neuroses dela.

Eu sentia a preta meio insegura com algumas coisas perto de mim e não queria dar espaço pra isso.

-Vamo fazer assim, preta, tem umas coisas que a Cida comprou, tem macarrão e outros bagulhos. Você fica à vontade, na cozinha, na casa.-lambi os lábios enquanto explicava, minha boca tava seca.-Aí quando eu voltar a gente vai pro ofurô e fode bem gostoso, que tal essa ideia, preta?-apertei o peito dela que soltou um suspiro baixinho enquanto se recompunha.

-Você é muito direta sobre sexo, cruzes garota!-ficou toda tímida só porque eu falei o que tava pensando, vê se pode.-Mas até que você tem umas ideias boas!-juntou nossas bocas rapidinho mordendo o meu lábio inferior.

Eu podia ficar o dia todo nesse climinha, mas a responsabilidade me chamava firme e eu tinha que reagir logo.

-Os moleques vão tá aí embaixo, qualquer coisa cê pede pra eles, já é?-comecei a me levantar, me desvencilhando do corpo dela, peguei o pocket e o meu celular do corre que era o que tava carregando e pus o meu no lugar.-Se precisar falar comigo também aciona, beleza?-troquei de camisa e peguei uma bermuda cargo pra vestir.

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