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Sofia passou a noite em claro. Mesmo depois do apoio de Leon e de sua insistência para que ela descansasse, os traumas do elevador ainda ecoavam em sua mente, deixando-a ansiosa e agitada. Na manhã seguinte, hesitante, ela se arrumou para o trabalho, sentindo uma mistura de vergonha e fragilidade por ter sido vista em um momento tão vulnerável. Quando chegou à empresa, Leon estava a sua espera, pronto para uma conversa.

— Sofia, eu… quero falar com você — disse ele, assim que a viu entrando no escritório.

Ela assentiu, sentindo o rosto esquentar. Apesar da gratidão por ele ter sido tão atencioso, a vergonha ainda era avassaladora. Leon indicou uma sala de reunião mais privada, onde poderiam conversar sem interrupções.

— Como você está? — Leon perguntou, com uma gentileza que Sofia ainda estava se acostumando a ver nele.

Ela respirou fundo antes de responder, tentando escolher bem as palavras.

— Estou bem, acho… — começou, mas a voz saiu mais fraca do que gostaria. — Desculpe por… tudo o que aconteceu ontem. Eu não queria causar problemas…

Leon franziu o cenho, aproximando-se um pouco.

— Problemas? Sofia, você não causou problema algum — disse, a voz firme. — Se alguém falhou aqui, foi a empresa por não garantir a sua segurança. Eu sinto muito por isso.

Ela olhou para ele, surpresa com a sinceridade em suas palavras. Ainda assim, o desconforto pelo que ele presenciou estava lá, e ela se sentia vulnerável.

— Eu nunca contei para ninguém sobre isso… sobre o elevador — admitiu, cruzando os braços em um gesto de autoproteção. — Achei que conseguiria evitar, mas ontem… eu só… — fez uma pausa, as palavras parecendo pesadas.

Leon assentiu, respeitando o tempo dela.

— Eu posso imaginar que não é fácil. E sinto muito que você tenha passado por isso, Sofia. Eu queria que você soubesse que… bom, eu estou aqui, para o que você precisar — disse ele, colocando a mão no ombro dela de forma tranquilizadora. — Se em algum momento você se sentir sobrecarregada, pode me procurar. Não precisa enfrentar isso sozinha.

Sofia o encarou por um momento, tentando processar o que sentia. Ele não só a compreendia, mas parecia verdadeiramente preocupado com ela. De repente, a barreira que ela costumava erguer se enfraqueceu um pouco, permitindo que um sorriso tímido aparecesse em seu rosto.

— Obrigada, Leon. Isso significa muito para mim… — respondeu, a voz ainda baixa, mas carregada de gratidão.

— Você não precisa agradecer — ele respondeu, sorrindo de volta. — Afinal, estamos nisso juntos agora, não é?

Ela assentiu, e por um instante, o silêncio se tornou mais profundo, como se ambos estivessem absorvendo o significado daquele momento.

Ela assentiu, e por um instante, o silêncio se tornou mais profundo, como se ambos estivessem absorvendo o significado daquele momento

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