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Meses haviam se passado desde o anúncio de que uma menininha estava a caminho, e agora Sofia segurava a pequena Aurora nos braços, um verdadeiro “tomatinho” com cabelos ruivos e pele rosada, tal como Leon havia imaginado. A bebê era a alegria da casa, com seus olhinhos brilhantes e um sorriso que encantava a todos.

A mãe de Sofia passava dias na casa deles, ajudando a filha com a neta e oferecendo todo o apoio que Sofia sempre havia desejado. Ela parecia mais presente e amorosa, e ver a mãe ali, cuidando de Aurora, era para Sofia um conforto que há muito tempo não sentia.

Naquele fim de semana, a família de Leon chegou para conhecer a nova integrante. Marina, como sempre, foi a primeira a entrar na casa, carregando presentes e acompanhada de Alice, que corria animada para abraçar a tia Sofia e ver a priminha.

— Ela é linda, Sofia! — Marina disse, emocionada, olhando para a bebê dormindo no colo da mãe. — Um verdadeiro tomatinho, igualzinha a você! — E completou com uma piscadela para Leon, que sorriu orgulhoso.

Alice se aproximou e acariciou a mãozinha de Aurora com cuidado, parecendo encantada.

— Tia Sofia, você vai ensinar todos os idiomas para a Aurora? Quero que ela fale alemão comigo! — Alice exclamou, os olhos brilhando de expectativa.

Sofia riu e assentiu, olhando para a sobrinha com carinho.

— Quem sabe ela aprende até mais rápido que a tia, hein, Alice? — brincou, olhando para a pequena nos braços.

Leon, ao lado dela, puxou uma cadeira para se sentar perto das duas. Ele se inclinou e beijou a cabecinha de Aurora com cuidado, murmurando baixinho:

— Nossa princesinha vai ser tão especial. Igualzinha à mãe dela.

A mãe de Sofia também se aproximou e fez um carinho suave no rostinho de Aurora, emocionada ao ver a neta cercada de amor. O clima na casa era leve, e sorrisos eram trocados entre todos, enchendo o ambiente com a sensação de família que Sofia nunca imaginou que poderia ter.

Mais parentes de Leon foram chegando aos poucos, cada um com elogios e palpites sobre quem Aurora puxaria mais. Alguns disseram que ela teria a inteligência da mãe e a determinação do pai, outros brincaram que Marina deveria cuidar para que a bebê tivesse também o talento de Leon para liderança.

— E claro, já estou vendo que a Sofia vai acabar ensinando russo, francês e tudo mais! — um dos tios de Leon comentou, com uma risada.

Sofia sorriu, sentindo-se mais confortável e acolhida por cada palavra carinhosa que recebia.

— Acho que vou ter que fazer da Aurora uma pequena poliglota! — respondeu, rindo. — Quem sabe ela aprende junto com a Alice?

Leon, observando tudo aquilo, se aproximou ainda mais, enlaçando Sofia e a filha, e suspirou de alívio. Ele sabia que aquela era a família que sempre quis construir, e ver Sofia ali, com Aurora nos braços e cercada de pessoas que a amavam, o enchia de felicidade.

Quando todos estavam sentados na sala, a conversa fluía leve, e Marina puxou assunto sobre as próximas visitas.

— Acho que vamos ter que vir mais vezes, Leon! Essa menina vai crescer rápido demais, e eu quero acompanhar cada fase — disse, brincando.

Leon riu e olhou para Sofia, que o olhava com o mesmo brilho nos olhos.

— Eu concordo, Marina. E prometo que vamos manter a porta aberta para a família toda — afirmou, dando um beijo carinhoso no topo da cabeça de Sofia. — Nossa pequena Aurora tem muita sorte de ter tanta gente que a ama.

No fundo, Sofia também sentia que era ela a sortuda por, finalmente, ter uma família assim ao seu redor, vivendo um sonho que ela jamais imaginara possível.

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