Amores de Conveniência

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Algumas semanas haviam se passado desde que Sofia e Leon descobriram a gravidez, e a notícia já havia se espalhado por suas famílias, que aguardavam ansiosos pela chegada do bebê. A mãe de Sofia estava radiante com a ideia de se tornar avó, e Marina, Alice e toda a família de Leon também não continham a felicidade. Mas naquele dia em especial, Sofia estava ainda mais emocionada: finalmente descobrira o sexo do bebê. Ela carregava consigo um envelope com o resultado da ultrassonografia e não conseguia esperar para contar a novidade a Leon.

Ao chegar à empresa, Sofia mal podia conter o sorriso. Ela atravessou o saguão com um brilho nos olhos, cumprimentando os colegas de trabalho que a olhavam com curiosidade. Não era todo dia que a esposa do chefe chegava com um ar tão animado.

Quando entrou no escritório de Leon, ele estava ocupado ao telefone, mas ao vê-la, rapidamente finalizou a chamada e abriu um sorriso.

— Oi, meu amor! — Ele se levantou, indo até ela e segurando suas mãos. — Aconteceu alguma coisa? Você está com uma carinha…

Sofia mordeu o lábio, tentando conter a empolgação, mas a emoção transbordava.

— Eu vim te contar que... vamos ter uma menininha, Leon! — disse, entregando o envelope a ele com a ultrassonografia.

Por um segundo, Leon ficou em silêncio, absorvendo a notícia. Seus olhos brilharam, e ele puxou Sofia para um abraço apertado, rindo com a felicidade estampada no rosto.

— Uma menina...! — Ele se afastou, segurando o rosto dela com delicadeza, como se estivesse sonhando. — Vamos ter uma pequena tomatinha ruiva, igual a você! Eu não acredito nisso! — Ele parecia emocionado, os olhos úmidos.

Sofia riu, corando, mas antes que pudesse responder, ele já estava saindo pelo corredor, chamando a atenção de todos.

— Pessoal! — Ele anunciou, erguendo a mão e sorrindo como nunca. — Vamos ter uma menininha!

Os funcionários se entreolharam, surpresos e logo começaram a parabenizá-lo com entusiasmo. Era raro ver Leon tão aberto e radiante. Um por um, eles se aproximavam para cumprimentá-lo e, ao ver Sofia, também lhe desejavam felicidades. O clima na empresa ficou alegre, e até quem não conhecia bem o chefe parou para observá-lo.

Marina, que estava de passagem pela empresa, logo apareceu e, ao ouvir a notícia, deu um grito animado.

— Eu sabia que seria uma menina! Uma pequena princesinha da tia Marina! — Ela disse, abraçando Sofia e brincando com o irmão. — Então, Leon, já está preparado para mimar essa bebê?

Ele riu, balançando a cabeça.

— Estou mais que preparado! E já imagino que ela será ruiva e teimosa igual a mãe dela — disse, lançando um olhar carinhoso para Sofia.

Todos riram, e Sofia ficou mais vermelha ainda, mas seu coração estava cheio. Nunca havia imaginado viver um momento assim: cercada de amor, prestes a formar uma família. Leon segurou a mão dela, beijando-a suavemente na testa, e sussurrou em seu ouvido:

— Obrigado por me dar o maior presente da minha vida, meu amor.

E naquele instante, cercada pelos sorrisos e pelo carinho de todos, Sofia teve a certeza de que estava exatamente onde deveria estar.