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Depois de algumas horas de voo, o avião pousou, e já era fim de tarde quando Leon e Sofia saíram do aeroporto. O céu tingido de laranja e violeta conferia um ar mágico ao momento, e o clima frio da cidade natal de Leon trouxe uma brisa refrescante. Logo, um carro familiar parou diante deles. Eram os pais de Leon, que os esperavam com sorrisos calorosos.

— Leon! Sofia! — exclamou a mãe dele, descendo rapidamente e abraçando-os com entusiasmo. Sofia, um pouco acanhada, correspondeu ao abraço, já sentindo o calor acolhedor da família.

O pai de Leon também deu boas-vindas, de maneira mais reservada, mas com um olhar amável.
— Sejam bem-vindos, vocês dois. A casa é de vocês.

Leon sorriu e agradeceu aos pais enquanto pegava as malas, convidando Sofia a segui-los até o carro. Durante o curto trajeto até a casa, eles foram conversando animadamente, e Sofia pôde perceber o quanto aquela viagem significava para Leon e para a família.

Quando chegaram, Sofia ficou encantada. A casa dos pais de Leon era acolhedora e decorada com móveis rústicos e clássicos. Tudo ali parecia ter uma história, desde as fotos em molduras até as prateleiras repletas de livros e lembranças de viagens. E o quintal, iluminado por algumas lanternas penduradas, transmitia uma paz que Sofia não se lembrava de ter sentido antes.

Ela foi até o quintal e, de repente, ouviu passos apressados. Ao se virar, viu Alice correndo em sua direção, com um sorriso radiante e os braços estendidos.
— Tia Sofia! — a pequena gritou, lançando-se nos braços de Sofia com todo o entusiasmo.

Sofia riu, pegando Alice no colo, enquanto Leon observava a cena com um sorriso leve. Ele parecia aliviado ao vê-las se darem bem.

— Sabia que você vinha! O tio Leon me contou — Alice disse, apertando Sofia num abraço apertado. — Você é muito bonita!

Sofia se sentiu lisonjeada e beijou o rosto da menina, que continuava a admirá-la. Leon, que estava encostado no batente da porta observando a cena, cruzou os braços e sorriu.

— Parece que você já conquistou a pessoa mais difícil daqui — ele brincou, enquanto Alice ria.

Depois de um tempo, todos foram se acomodar para o jantar e, mais tarde, finalmente para descansar. Os pais de Leon mostraram o quarto onde ele e Sofia ficariam. Sofia sentiu o rosto corar ao ver a cama grande no centro do cômodo, imaginando o desconforto que sentiria ao dividir o espaço com ele.

Assim que ficaram sozinhos, Sofia olhou para Leon, um pouco nervosa.
— Leon… eu posso dormir no sofá — disse ela, apontando para um confortável sofá de dois lugares em um canto do quarto. — Realmente, não precisa se preocupar comigo.

Leon balançou a cabeça, parecendo determinado.
— Nem pensar. Você está aqui como minha… namorada, lembra? Eu é que deveria dormir no sofá.

Sofia respirou fundo, hesitante.
— Mas… acho que podemos dividir a cama, não acha? Desde que, claro, cada um fique no seu lado — sugeriu, ainda com as bochechas coradas.

Leon sorriu, claramente aliviado por chegar a um acordo.
— Acho justo.

Eles prepararam o quarto, ajustando os travesseiros para deixar bem claro onde terminava o lado de cada um. Sofia se deitou primeiro, com o coração acelerado, tentando se acostumar com a ideia de dividir o espaço com Leon. Era estranho, mas ao mesmo tempo confortável saber que ele respeitava seus limites.

Depois que ele também se deitou, o silêncio caiu entre eles. Leon apagou o abajur e, por alguns instantes, os únicos sons eram o tique-taque de um relógio no canto e o vento suave do lado de fora.

— Obrigada por entender — sussurrou Sofia, finalmente relaxando. — Não estou muito acostumada a... isso.

Leon sorriu, mesmo sabendo que ela não poderia ver.
— É o mínimo que eu posso fazer. Boa noite, Sofia.

Ela respondeu com um "boa noite" suave e fechou os olhos, sentindo-se mais tranquila do que jamais esperaria ao lado dele.

Ela respondeu com um "boa noite" suave e fechou os olhos, sentindo-se mais tranquila do que jamais esperaria ao lado dele

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