notes of longing - billie eilish (G!P)

nove

Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

***********************

A manhã corria tranquila na pequena sala de aula, banhada pela luz suave que entrava pelas janelas. O aroma familiar de papel e lápis recém-apontados preenchia o ar enquanto Lea, com um sorriso sereno, caminhava entre as carteiras. As crianças estavam imersas em suas próprias criações, lápis em punho, escrevendo seus primeiros poemas, como ela havia pedido.

— Hoje vamos falar sobre o que o coração sente — ela dissera, incentivando-os a mergulharem nas próprias emoções, algo que, embora simples para as crianças, tocava mais profundamente Lea naquele momento. A cada poema que lia, ela sentia uma pontada de nostalgia — algumas das palavras inocentes a lembravam da infância, dos sentimentos que compartilhou há muito tempo com Billie e Finneas.

— Você está escrevendo sobre o que te faz feliz, Julie? — Lea perguntou suavemente a uma menina que rabiscava com concentração.

— Sobre o meu cachorro! Ele é meu melhor amigo — Julie respondeu, sem desviar os olhos do papel.

Lea sorriu, satisfeita. Aquele tipo de simplicidade era reconfortante, mas em sua mente as coisas estavam muito mais complicadas. Quando voltou à sua mesa, finalmente se permitindo sentar, os pensamentos começaram a correr soltos.

Nos últimos dias, o inesperado retorno de Billie e Finneas trouxe à tona uma série de sentimentos há muito adormecidos. O reencontro com Billie tinha sido como abrir uma porta para o passado, cheio de lembranças boas, mas também de perguntas sem resposta. Elas haviam se aproximado muito rápido desde aquela primeira noite de jogos, rindo como se nunca tivessem se afastado. E isso era reconfortante, mas ao mesmo tempo, inquietante.

Lea pegou o lápis na mesa e começou a desenhar distraidamente no canto de um bloco de notas. Uma das crianças olhou para ela, curiosa, mas Lea mal notou. Seus pensamentos estavam em outro lugar — especificamente em Billie. A maneira como Billie havia olhado para ela durante o jantar, o modo como seu sorriso iluminava o ambiente, a facilidade com que retomaram a conexão. Parecia tão natural, mas uma parte de Lea estava assustada. O que isso significava agora?

Lea suspirou, mexendo nos papéis sobre a mesa, mas o som da sala ao redor parecia distante. Havia uma nova dinâmica entre ela e Billie, algo mais sutil, mais intenso. Uma energia que nunca havia desaparecido completamente, mas que agora estava à beira de se tornar algo mais. E, claro, junto com essa nova proximidade, vieram as inseguranças e... o ciúme. Ela odiava admitir isso, mas estava presente, como uma sombra teimosa, sempre à espreita.

— Lea, terminei! — Uma voz infantil interrompeu seus pensamentos.

Ela piscou e voltou à realidade, recolhendo o poema da criança com um sorriso caloroso.

— Ótimo trabalho! Vamos ler todos juntos em breve, tá bom?

Mas enquanto continuava sua aula, a mente de Lea insistia em voltar ao mesmo lugar: Billie.

[...]

O silêncio da noite envolvia o apartamento de Lea, quebrado apenas pelo som suave de uma risada do outro lado da linha. Ela estava sentada no sofá, com a tela de seu laptop aberta, e do outro lado, Billie ria de uma piada que Lea havia acabado de contar. A conversa tinha sido leve e fácil, como sempre, cheia de brincadeiras e lembranças.

— Você se lembra daquela vez que tentamos fazer uma festa surpresa para o Finneas, mas acabamos sendo nós as surpreendidas? — Billie perguntou, ainda rindo.