trinta

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Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

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O quarto de hospital tinha um clima tranquilo, um reflexo do alívio que tomava conta de Lea ao saber que finalmente teria alta depois de longos dias naquele lugar. A enfermeira estava concentrada, terminando de limpar os pontos do supercílio dela, e Lea observava cada movimento. Estava ansiosa para sair, mas ao mesmo tempo sentia um frio na barriga com a perspectiva de enfrentar o mundo lá fora novamente.

— Prontinho — disse a enfermeira, dando um leve sorriso enquanto guardava o material de curativo. — Agora você está oficialmente liberada, Lea. Foi um longo período, mas você se recuperou muito bem.

Nesse instante, Billie entrou no quarto, trazendo consigo uma energia vibrante que fez o coração de Lea bater mais rápido.

— Finalmente em casa, hein? — Billie sorriu, aproximando-se da cama e agradecendo à enfermeira. — Obrigada por tudo, Lisa. Você foi incrível durante todo esse tempo.

O sorriso da enfermeira se ampliou, e ela assentiu, claramente tocada pelo reconhecimento. Lea levantou-se de um pulo pegando sua pequena mala, a animação estava transbordando em seu rosto. Estava pronta para deixar aquele ambiente de recuperação e retomar sua vida.

A enfermeira sorriu ao ver a empolgação de Lea e se despediu com um aceno antes de sair do quarto. Billie segurou a mão de Lea, caminhando com ela em direção ao corredor. No elevador, Billie respirou fundo e olhou para Lea.

— Antes de sairmos, só preciso te avisar... Alguns paparazzis conseguiram descobrir que você está saindo hoje. Eu contratei alguns seguranças para ajudar na saída, mas vai ser um pouco caótico, tá?

Lea suspirou, um tanto desconfortável com a ideia. Não era fácil para ela se adaptar ao assédio da mídia, e o recente vazamento sobre o relacionamento delas tornara tudo ainda mais intenso.

Quando chegaram à recepção, as duas foram recebidas por uma pequena equipe de segurança, que prontamente as guiou até a saída. Assim que as portas automáticas se abriram, uma enxurrada de flashes e perguntas ecoou ao redor delas.

— Billie! Lea! O que está acontecendo?

— Lea, como você está após o tempo no hospital?

— Billie, como é cuidar de Lea neste momento?

Lea apenas abaixou a cabeça, tentando ignorar as perguntas e os olhares curiosos, enquanto Billie a guiava firmemente até o carro. Assim que as duas se acomodaram dentro, os seguranças fecharam a porta e o motorista partiu rapidamente, afastando-as da multidão. Billie virou-se para Lea, com um olhar preocupado.

— Está tudo bem? — perguntou ela suavemente, observando cada expressão no rosto de Lea.

Lea respirou fundo e apenas assentiu, sem palavras no momento. Só queria um instante para absorver a paz de estar longe da pressão. Ela olhou pela janela, o cenário da cidade passando rapidamente enquanto o carro se distanciava do hospital.

Quando finalmente chegaram ao apartamento de Lea, Billie ajudou-a a sair do carro, e as duas caminharam juntas até o prédio. O ambiente acolhedor do apartamento de Lea a fez sentir que, finalmente, poderia respirar fundo de novo.

— Vou deixar suas bolsas no quarto, tá? — anunciou Billie, enquanto ia para o quarto de Lea. — Estava pensando... Talvez eu possa passar alguns dias aqui com você, ou então você vai lá pra minha casa. Não quero que você fique sozinha, sabe?

Enquanto falava, Billie voltou à sala, esperando uma resposta de Lea, mas notou algo estranho. Lea estava parada na cozinha, olhando fixamente para o nada, com uma expressão distante. Algumas lágrimas escorriam silenciosamente por seu rosto, e ela nem parecia notar. Preocupada, Billie se aproximou rapidamente.

— Lea... — Billie a chamou baixinho, passando a mão carinhosamente sobre seu rosto para secar as lágrimas. — O que aconteceu, amor?

Lea respirou fundo, tremendo um pouco ao falar.

— Eu fiquei com medo de morrer, Billie. Naquele hospital, todos os dias eu pensava se isso ia acontecer... Se eu iria... Eu... — Ela fez uma pausa, tentando recuperar o controle da voz. — E agora... Eu sinto que tudo está tão fora de controle. Tenho medo de ter outra crise... Medo de perder o controle da minha vida.

Billie a puxou para o sofá, sentando-se ao lado dela e segurando suas mãos.

— Eu estou aqui, Lea. E você tem outras pessoas que te amam e querem cuidar de você. Eu sei que é difícil, mas você é mais forte do que pensa, e não está sozinha.

As palavras de Billie eram como um bálsamo para o coração de Lea, que se sentiu um pouco mais leve. Billie continuou falando, lembrando-a de todos os momentos que passaram juntas e de como ela estava ali para enfrentar qualquer desafio ao seu lado.

Lea suspirou, fitando Billie com um olhar de admiração e carinho. Ela sabia que ter Billie ali a ajudava a se sentir mais segura.

Depois de um momento de silêncio, Lea finalmente falou:

— E agora... como vai ser o nosso relacionamento? — Ela hesitou, com medo da resposta.

Billie respirou fundo, sentindo um nó na garganta. Ela sabia que o vazamento do relacionamento delas tinha causado uma série de problemas, inclusive desencadeando aquela crise em Lea. E agora, por mais que amasse Lea, tinha que admitir que talvez tudo estivesse indo rápido demais.

— Se isso for demais para você, Lea, eu vou entender... — disse Billie, a voz trêmula. — Eu não quero que nosso relacionamento seja um peso para você. Eu te amo demais para te machucar. Se precisar de espaço, eu...

Lea interrompeu, segurando o rosto de Billie entre as mãos.

— Billie... você está louca? Não vamos terminar. Em hipótese alguma eu deixaria você. Não importa o que digam ou o que façam. Você é a pessoa que eu amo, e eu quero isso. Eu quero nós.

Os olhos de Billie brilhavam com lágrimas, e ela sorriu, deixando escapar uma risada emocionada.

— Eu também te amo demais, Lea. — respondeu, abraçando-a forte.

As duas ficaram ali por um tempo, abraçadas, trocando beijos e palavras de carinho, esquecendo o mundo ao redor. Aquilo era tudo que precisavam — apenas estarem juntas, para enfrentar o que viesse.

O momento era delas, e, ali, sentadas no sofá do apartamento de Lea, elas sentiram que, juntas, seriam capazes de superar qualquer coisa.




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notes of longing - billie eilish (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora