notes of longing - billie eilish (G!P)

quinze

Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

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Lea estava sentada na frente do espelho, com as mãos trêmulas tentando ajeitar o cabelo. O nervosismo crescia dentro dela como uma tempestade, e a ansiedade não parava de se intensificar à medida que a hora do encontro com Billie se aproximava. Claudia, sua melhor amiga e vizinha, estava ao seu lado, pegando roupas, ajeitando a maquiagem de Lea e, mais importante, tentando acalmá-la.

— Respira, Lea — disse Claudia, passando a mão no ombro dela. — Vai dar tudo certo.

Lea soltou um suspiro trêmulo e olhou para Claudia através do espelho, tentando controlar a respiração. Seus pensamentos estavam em completo caos, como se cada um deles estivesse competindo para ser o mais negativo possível. E o medo estava ali, latejando, ameaçando dominá-la.

— Eu sei... Eu só... — Lea apertou o tubo de rímel com força, seus olhos arregalados, quase sem foco. — E se ela me rejeitar, Clau? E se eu estragar tudo de novo? E se isso acabar com a nossa amizade?

Claudia se inclinou, pegando o rímel da mão de Lea gentilmente, antes que ela apertasse tanto que explodisse.

— Lea, calma. Billie te chamou para esse jantar, certo? Ela quer conversar. Se ela não estivesse interessada, não teria te convidado. Além disso, vocês duas têm uma história longa, uma amizade sólida. Não é uma conversa que vai desfazer tudo o que vocês passaram juntas.

Lea mordeu o lábio inferior, tentando segurar o fluxo de pensamentos catastróficos que continuavam a invadir sua mente. Ela se lembrava do que tinha dito a Billie na festa de Finneas, como despejara seus sentimentos de anos em uma explosão de coragem misturada com álcool. E agora, a expectativa do que poderia acontecer a deixava em pânico.

— Mas, e se... — começou Lea, interrompida por sua própria insegurança. — E se ela não sentir o mesmo? Se ela disser que foi tudo um mal-entendido e... e aí a gente se afasta? Não sei se consigo lidar com isso de novo, Clau. Ficar longe dela... foi horrível.

Claudia pegou uma escova e começou a pentear o cabelo de Lea suavemente, aproveitando o movimento repetitivo para tentar acalmá-la ainda mais.

— Lea, olha para mim — pediu ela, e Lea, hesitante, encontrou os olhos de Claudia através do espelho. — Você não pode viver com medo do que pode dar errado. Se passar a vida pensando no "e se", vai acabar paralisada, sem nunca sair do lugar. Você e Billie têm algo especial, e talvez essa seja a chance de finalmente reconhecer isso. Mas, se você se esconder, se não for atrás do que quer, vai sempre se perguntar como teria sido.

Lea assentiu lentamente, absorvendo as palavras da amiga, mas o medo ainda estava ali, enraizado profundamente.

— E se eu tiver uma crise...? — Lea disse, sua voz quase um sussurro. — Eu sempre fico tão nervosa que às vezes... eu não consigo controlar.

Claudia parou de pentear o cabelo de Lea por um momento e se inclinou para a frente, segurando as mãos de Lea com firmeza. Ela era a única que sabia sobre a epilepsia de Lea, um segredo que a amiga guardava a sete chaves, evitando ao máximo falar sobre o assunto. Lea não gostava de compartilhar isso com ninguém, nem mesmo com Billie. Havia algo na vulnerabilidade que isso trazia que a deixava desconfortável, quase exposta demais.

— Ei, olha para mim. Eu estou aqui. Eu vou estar ao seu lado, e você vai estar bem. Se você se sentir mal, vai respirar fundo, vai se acalmar e, acima de tudo, vai lembrar que você é forte o suficiente para enfrentar qualquer coisa, até mesmo isso.

Lea soltou um riso nervoso, embora uma pequena parte dela sentisse algum conforto nas palavras da amiga. Claudia sempre soube o que dizer, sempre soube como trazê-la de volta à realidade quando as coisas começavam a desmoronar na sua cabeça.

— O que eu faria sem você? — Lea perguntou, sorrindo, apesar de sua ansiedade ainda estar latente.

— Você sobreviveria, como sempre fez — respondeu Claudia com um sorriso. — Mas eu estou feliz de estar aqui para te ajudar. E vou te ajudar a ficar incrível para esse jantar. Nada de crises de ansiedade, ok? Agora, vamos escolher o vestido certo.

Lea observou enquanto Claudia caminhava até o armário, puxando várias opções de vestidos. Elas haviam decidido que a noite exigia algo especial, então Lea queria se sentir confiante e ousada. Claudia puxou um vestido vinho, elegante e um pouco mais provocante do que Lea costumava usar.

— Que tal este? — perguntou Claudia, balançando o vestido no ar com um sorriso de aprovação.

Lea olhou para o vestido e franziu a testa.

— Você acha que não é... demais?

Claudia riu suavemente.

— É perfeito, Lea. Um pouco ousado, sim, mas você merece. Além disso, tenho certeza que Billie vai gostar.

Lea corou com a ideia, mas se levantou e pegou o vestido. Ela foi até o banheiro para se trocar, respirando fundo, tentando acalmar o nó de ansiedade que parecia apertar cada vez mais o seu peito.

Enquanto colocava o vestido e ajustava o tecido contra o corpo, seus pensamentos vagavam novamente para Billie. Será que ela realmente sentia o mesmo? Será que o que Lea tinha confessado naquela noite foi demais? Ela se olhou no espelho e, por um momento, se permitiu imaginar a melhor das possibilidades. Ela e Billie finalmente juntas, sem mais medos, sem mais inseguranças. Mas, logo, a imagem foi substituída pelo medo do que poderia dar errado.

Quando saiu do banheiro, Claudia sorriu para ela.

— Você está incrível. Agora, só falta o toque final — disse, pegando um colar delicado que combinava perfeitamente com o vestido.

Lea sorriu, embora o nervosismo continuasse presente. Ela sabia que não seria fácil, mas uma parte dela estava disposta a enfrentar qualquer coisa naquela noite.

Enquanto Claudia ajustava o colar no pescoço de Lea, seu celular vibrou em cima da mesa. Ambas olharam para o telefone, e Lea sentiu seu estômago afundar de ansiedade. Ela sabia quem era.

Claudia pegou o celular e entregou a Lea, que hesitou por um momento antes de olhar a mensagem.

billie pirate:
Estou aqui fora. :)

Lea sentiu o coração bater mais rápido e olhou para Claudia, sua expressão uma mistura de pânico e excitação.

— Ela está aqui.

Claudia sorriu e apertou os ombros de Lea.

— Então é hora de ir. Você consegue, Lea. Seja honesta, seja você mesma. E o que quer que aconteça, você vai sair dessa mais forte, ok?

Lea assentiu, tentando se concentrar nas palavras de Claudia. Ela respirou fundo e caminhou até a porta, sentindo o nervosismo crescendo a cada passo.

— Qualquer coisa me ligue e irei buscar você se não estiver bem. Eu te amo! — exclamou Claudia a vendo abrir a porta do apartamento

Lea riu e concordou com a cabeça

— Eu te amo Clau.

Desceu as escadas respirando fundo, a cada degrau que descia parecia que suas pernas iam ceder de nervosismo

Quando abriu a porta e viu Billie esperando no carro. Ela estava linda. Tudo dentro dela parecia girar, mas ela sabia que aquele momento era importante demais para deixar o medo dominá-la. Era hora de enfrentar seus sentimentos, uma vez por todas.

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