dezessete

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Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

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Assim que estacionaram em frente ao prédio de Lea, as duas não tinham pressa em sair do carro. O jantar havia sido cheio de conversas agradáveis e risadas, mas ainda existia um pequeno peso no ar, algo que ambas sabiam que precisavam enfrentar. Billie foi a primeira a quebrar o silêncio.

— Minha mãe disse que eu precisava tomar coragem — começou ela, olhando para frente, mas claramente perdida em pensamentos. — Ela sempre tem essas conversas que me fazem refletir, sabe? E ontem não foi diferente. Depois que te deixei em casa, eu fiquei lá, sentada com ela, e ela me fez ver o que eu já sabia, mas não queria admitir.

Lea, sentada no banco do passageiro, virou a cabeça para Billie, um pouco surpresa com a abertura. Seus dedos brincavam nervosamente com a bainha da sua blusa, mas ela queria ouvir mais.

— O que ela disse? — perguntou Lea, sua voz saindo quase num sussurro.

Billie sorriu suavemente, como se estivesse se lembrando da conversa com Maggie.

— Ela disse que o mundo sempre vai tentar me assustar. Que as pessoas vão tentar opinar sobre a minha vida, minha carreira, e até sobre com quem eu devo estar. — Billie olhou diretamente para Lea, seus olhos intensos. — Mas que eu preciso fazer o que faz meu coração bater mais forte. E quando se trata de você... eu não tenho dúvidas do que meu coração quer.

Lea sentiu o estômago se revirar com as palavras de Billie. Um misto de alegria e nervosismo tomou conta dela, e seus olhos começaram a marejar. Tentou manter a calma, mas era impossível não ser tocada por tanta sinceridade.

— Eu... Eu nem sei o que dizer, Billie — respondeu Lea, sentindo o peso da emoção na voz. — Só de pensar que você tem todos esses sentimentos e... que ainda pensou em mim, apesar de tudo...

Billie soltou uma risada suave, inclinando-se para mais perto de Lea no pequeno espaço do carro.

— É impossível não pensar em você, Lea. E não é desde ontem ou desde algumas semanas. Isso vem de muito tempo... — Billie parou, medindo suas palavras. — A verdade é que eu só estava com medo. Medo do que poderia acontecer, medo de te magoar. E você sabe que a internet pode ser cruel.

Lea assentiu. Ela sabia bem o peso da fama que Billie carregava, mas naquele momento, todas as preocupações pareciam tão pequenas em comparação ao que estavam vivendo.

— Eu sei que não vai ser fácil — Lea finalmente falou, sua voz mais firme agora. — Mas eu não me importo com o que os outros vão dizer. Eu me importo com o que você sente.

Billie sorriu mais largo, com os olhos brilhando.

— Minha mãe me disse algo parecido. Ela me disse que, no fim das contas, o que mais importa é o que a gente sente, não o que o resto do mundo pensa. E você, Lea... você é o que mais importa pra mim.

O silêncio que se seguiu foi carregado de significados não ditos. Ambas estavam à beira de algo grande, e elas sabiam disso. Mas, naquele instante, tudo parecia certo.

Lea soltou um suspiro pesado, relaxando no banco do carro, sentindo uma onda de alívio lavar sobre ela. As palavras de Billie tinham dissipado qualquer dúvida que restava em seu coração.

— Acho que a gente devia ir — disse Lea com um sorriso tímido. — Eu tenho que trabalhar cedo amanhã, e você sabe como as crianças são cheias de energia.

Billie riu e desligou o carro.

— Tá certo, vamos lá.

As duas desceram do carro, e o ar fresco da noite as envolveu. Billie se apoiou no capô do carro, cruzando os braços e olhando para Lea de uma maneira que a fez sentir um frio na espinha. Havia algo na postura relaxada de Billie e no jeito como seus olhos não saíam dos de Lea que a deixava levemente nervosa, mas também excitada.

— E então, você vai me deixar ficar aqui parada? — provocou Billie, a voz baixa e cheia de malícia.

Lea riu, mas estava tão nervosa que nem conseguiu responder direito. Ela deu um passo para frente, tentando manter o controle de si mesma, mas era impossível com Billie ali, a olhando daquele jeito. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, sentiu as mãos de Billie segurarem sua cintura e a puxarem devagar para mais perto.

— Sabe... você não precisa ficar tão nervosa assim — sussurrou Billie enquanto os corpos delas se encostavam levemente.

Lea engoliu em seco, o coração batendo forte. O toque das mãos de Billie na sua cintura parecia incendiar sua pele, e ela não conseguia encontrar palavras para responder.

— Billie... — começou Lea, mas não conseguiu continuar.

Billie sorriu suavemente e inclinou-se ainda mais, aproximando seus lábios dos de Lea, até que os dois rostos estavam tão próximos que Lea podia sentir a respiração de Billie no seu rosto. O mundo ao redor desapareceu, e então Billie a beijou.

O beijo foi cheio de intensidade, uma mistura de sentimentos que as duas guardaram por tanto tempo. Lea se entregou completamente, seus braços subindo para os ombros de Billie, enquanto as mãos dela apertavam sua cintura de forma firme, porém delicada. Havia urgência no beijo, mas também carinho. Era o tipo de beijo que contava histórias, que transmitia tudo o que as palavras não conseguiam dizer.

Quando finalmente se separaram, com pequenos selinhos, ambas estavam sem fôlego, mas com sorrisos no rosto.

— Isso... foi incrível — disse Lea, ainda tentando recuperar o fôlego.

— Foi, não foi? — respondeu Billie, com um sorriso que revelava toda sua satisfação.

Lea riu, ainda com o rosto corado, e deu um passo para trás.

— Eu acho que agora eu realmente preciso ir... antes que você me convença a fazer algo mais.

Billie deu uma risada baixa.

— Certo, certo. Mas saiba que eu estaria disposta.

Lea revirou os olhos, rindo, e começou a caminhar em direção ao prédio. Quando chegou à porta, olhou para trás, vendo Billie ainda encostada no carro, a observando com um olhar terno e carinhoso. O coração de Lea se aqueceu ao vê-la assim.

— Boa noite, Billie.

— Boa noite, Lea.

E com isso, Lea entrou no prédio, ainda sentindo o calor do beijo nos lábios, enquanto Billie ficou do lado de fora, com o coração cheio e a alma em paz, finalmente feliz por estar com a pessoa que mais amava.







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notes of longing - billie eilish (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora