vinte e sete

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Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

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Billie estava reunida com sua equipe, tentando resolver os detalhes de uma nova entrevista, mas sua mente estava longe. Desde que a notícia sobre seu relacionamento com Lea vazou, ela não conseguia evitar o sentimento de culpa. Descobrira que nos últimos dias paparazzi vinham a seguindo secretamente. Havia fotos delas em encontros, momentos íntimos que ninguém deveria ter visto. Sentia raiva de si mesma por não ter sido mais cuidadosa. Ela odiava essa invasão, e o pior era saber que isso poderia ter ferido Lea de um jeito profundo.

Enquanto discutia com sua equipe, o celular de Billie começou a tocar. Ela o pegou imediatamente ao ver o nome de Claudia na tela.

— Claudia, eu já mandei uma mensagem para Lea, eu sei que isso tudo é horrível, mas estou tentando resolver, ok? — disse Billie, a voz tremendo de preocupação e frustração.

— Billie... — A voz de Claudia era ofegante, como se ela estivesse correndo. — Não é sobre a mídia... Lea... Lea sofreu um acidente de carro. Ela foi levada para o hospital, e estou indo pra lá agora!

As palavras de Claudia ecoaram na mente de Billie, que sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Tudo à sua volta ficou em silêncio.

— O quê?! — conseguiu murmurar, com a voz embargada. — Claudia, isso... isso é sério?

— Sim, Billie. Parece que ela teve uma crise enquanto dirigia. Por favor, venha para o hospital. Eu estou indo para lá agora.

— Crise? Eu... Eu estou indo. Eu e o Finneas vamos direto para lá.

Billie pegou suas coisas apressadamente, e Finneas, percebendo a expressão de pânico no rosto da irmã, levantou-se de imediato.

— Billie, o que aconteceu?

— Finneas, a Lea... ela sofreu um acidente de carro. Vamos para o hospital agora.

Os dois correram para o carro, com Finneas no volante. O silêncio que dominava o caminho era interrompido apenas pelo som de respirações tensas e rápidas. O coração de Billie batia tão forte que ela sentia como se estivesse prestes a sufocar. Tentava entender o que poderia ter levado Lea a um acidente, e, em seu íntimo, algo sussurrava que toda aquela pressão recente havia contribuído.

Assim que chegaram ao hospital, correram em direção a recepção. Claudia os esperava na recepção, de pé, com uma expressão ansiosa e cansada. Billie e Finneas se aproximaram rapidamente.

— Claudia, onde está Lea? O que aconteceu? — perguntou Billie, quase sem fôlego.

Claudia respirou fundo, lançando um olhar compassivo para Billie.

— Ela está sendo atendida agora. A médica ainda não veio falar conosco, mas... tem algo que você precisa saber, Billie.

Billie parecia confusa, olhando entre Claudia e Finneas. Eles foram para um canto mais tranquilo, e Claudia respirou fundo.

— O que é? Claudia, por favor, me diz que Lea vai ficar bem.

Claudia segurou a mão de Billie, apertando-a com carinho.

— Lea tem epilepsia, Billie. Ela começou a ter crises epiléticas depois que foi morar com o pai, quando ainda era adolescente. Toda essa pressão, o estresse das últimas semanas, e de hoje principalmente... eu acho que isso desencadeou uma crise enquanto ela dirigia.

A revelação foi como um choque para Billie, que piscou várias vezes, tentando processar o que acabara de ouvir.

— Ela... nunca me contou. Por que ela nunca me disse nada?

— Ela queria contar, Billie. Lea sentia vergonha e sempre teve medo de te preocupar ou de ser um "problema". Ela já estava planejando te contar nesse fim de semana. Lea me contou uma vez, quando teve uma crise na minha frente... foi assustador vê-la assim, tão vulnerável. Ela queria te proteger, mas eu sempre disse que ela deveria contar pra você.

Billie sentiu os olhos marejarem. A ideia de Lea estar lidando com tudo aquilo sozinha a deixava desolada. Ela sabia que Lea sempre tinha sido alguém forte e resiliente, mas ainda assim, não podia imaginar a angústia pela qual sua namorada havia passado.

A médica então apareceu na recepção, se aproximando do grupo. Ela se apresentou com um olhar sério, mas também compreensivo, enquanto Billie e Finneas encaravam-na ansiosos.

— Sou a Dra. Martins, a responsável pelo atendimento da Lea. A situação foi séria, especialmente porque ela estava dirigindo no momento da crise. Ela teve uma lesão no corpo por conta da batida, incluindo um corte em seu supercílio e uma fratura no braço. Vamos precisar mantê-la em observação por alguns dias.

— Ela... ela vai ficar bem, doutora? — perguntou Billie, a voz quase um sussurro.

A médica fez um aceno de cabeça, tentando confortá-la.

— Sim, Lea vai ficar bem. Ela está descansando agora e começará a se recuperar em breve. Mas o episódio foi grave, e precisamos acompanhar o quadro dela de perto.

A médica se retirou, e Billie se deixou cair na cadeira da recepção, com lágrimas escorrendo pelo rosto. A preocupação e o medo pelo que poderia ter acontecido finalmente desabaram sobre ela. Finneas colocou a mão no ombro da irmã, e Claudia foi até a administração do hospital para assinar os papéis da internação de Lea.

Mais tarde, já havia uma movimentação em frente ao hospital. Uma agitação de paparazzis querendo saber oque Billie Eilish fazia em uma recepção de hospital, e oque tinha a dizer sobre as últimas notícias.

Maggie logo chegou ao hospital e encontrou Billie sentada, os olhos ainda vermelhos e a expressão abatida. A mãe a puxou para um abraço apertado, enquanto Billie desabava, chorando.

— Eu nem sei o que teria acontecido se... — Billie sussurrou, a voz embargada. — Só de pensar que poderia ter perdido a Lea...

Maggie acariciou o cabelo da filha com delicadeza, tentando confortá-la.

— Ela vai ficar bem, meu amor. Lea é forte. Ela vai passar por isso, e você vai estar lá para ajudá-la, como sempre esteve.

Depois de algum tempo, Billie se afastou um pouco do abraço da mãe, enxugando as lágrimas. A raiva pela exposição de seu relacionamento com Lea e o impacto que isso havia tido sobre a saúde dela começaram a crescer em seu peito. Pegou o celular e, determinada, começou a escrever. Sentia que era hora de dizer ao mundo o que Lea significava para ela, e de colocar um ponto final naquela especulação desenfreada.

Escreveu um longo texto, cada palavra carregada de sinceridade e emoção. Queria que o mundo entendesse quem era Lea e como o amor delas era algo profundo e verdadeiro.

Billie terminou o texto, revisou as palavras uma última vez e, com um profundo suspiro, publicou. Sabia que a resposta poderia ser variada, mas naquele momento nada importava além de proteger e cuidar de Lea.

Fechou os olhos, sentindo o peso do mundo um pouco mais leve. E quando finalmente pôde entrar para ver Lea, com Maggie e Finneas ao seu lado, encontrou a namorada ainda desacordada com o rosto machucado, e o seu braço engessado.

Soltou um soluço ao ver Lea naquela cama. Podia se ver alguns roxos em seu corpo, fazendo seu coração doer. Aproximou-se devagar, sentando ao lado dela e segurando sua mão com delicadeza.

— Ei, Lea... — murmurou Billie, acariciando a mão dela. — Eu estou aqui, e não vou a lugar nenhum, tá? Eu te amo tanto, e isso nunca vai mudar.

Sentia-se mais forte agora, sabendo que enfrentaria o que fosse para proteger a mulher que amava. E, pela primeira vez em dias, uma sensação de paz a envolveu, enquanto aguardava que Lea acordasse para que pudessem recomeçar, juntas, sem medo.





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notes of longing - billie eilish (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora