notes of longing - billie eilish (G!P)

trinta e um

Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

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Billie estacionou o carro na frente do prédio de Lea, respirando fundo antes de sair. Estava voltando de um reunião com sua equipe e havia decidido comprar algumas coisa antes de ir para o apartamento . Nas mãos, equilibrava uma sacola cheia de comidas e um pequeno buquê de lírios coloridos, que combinavam perfeitamente com a delicadeza de Lea.

Ela subiu as escadas com cuidado, pensando em como seria ver o rosto de Lea ao entregar as flores e na sensação acolhedora de saber que Lea estava se recuperando bem.

Sabia que a namorada estava chateada de ficar tanto tempo em casa, e ainda mais sozinha pois Billie estava tendo muita reuniões. Os médicos haviam achado melhor a afastar do trabalho por longos meses, deixando Lea um tanto irritada, mas a garota compreendia.

Chegando à porta, Billie abriu com a chave extra que Lea havia lhe dado, se sentindo à vontade em saber que já fazia parte daquele espaço.

Assim que entrou, Billie seguiu para a cozinha, atraída pelo som de água corrente e o murmúrio leve de uma reclamação abafada. Ela parou ao ver Lea de costas, usando o braço saudável para tentar segurar um prato enquanto o braço engessado repousava desajeitadamente ao lado do corpo. Lea insistia em tentar lavar o prato com uma expressão determinada, mesmo que o gesso lhe dificultasse os movimentos.

— O que você está fazendo, Lea? — perguntou Billie, com uma mistura de espanto e riso.

Lea deu um suspiro impaciente, ainda de costas para Billie.

— Tentando ser independente — respondeu, virando-se com cuidado para não deixar o prato escorregar de sua mão. — Esse gesso é horrível, me sinto incapaz de fazer qualquer coisa. Ele... — interrompeu-se ao ver Billie segurando o buquê delicadamente diante do rosto, revelando apenas um par de olhos brilhantes e um sorriso por trás das flores. — Você ama fazer isso, hum?

— Sempre tenho que agradar minha mulher.

Lea sorriu e, deixando o prato de lado, caminhou rapidamente até Billie, que deixou o buquê descansar ao seu lado enquanto Lea se aproximava para lhe dar um beijo. Os lábios de Lea encontraram os de Billie em um toque suave, cheio de saudade e ternura. Estar ali, naquele momento, fazia ambas se sentirem completas.

— São para você — sussurrou Billie, entregando o buquê nas mãos de Lea e sorrindo ao ver o brilho em seus olhos.

— São lindas, Billie. Obrigada — disse Lea, tocando levemente uma das pétalas. — Você sempre sabe como me fazer sorrir.

— É porque adoro te ver sorrindo — Billie respondeu, aproximando-se mais uma vez, segurando o rosto de Lea entre as mãos com carinho e lhe dando um selinho rapido. — Como estão os pontos na sobrancelha? — ela perguntou, inclinando-se para observar com atenção a região machucada.

Lea ergueu os olhos, surpresa com a atenção cuidadosa de Billie.

— Estão melhorando. Ainda um pouco sensíveis, mas acho que logo vão cicatrizar — respondeu, enquanto Billie tocava levemente a lateral do rosto dela, os dedos deslizando com o maior cuidado.

— Que bom — disse Billie, com um sorriso aliviado. — Vou pegar o kit de primeiros socorros para limpar o curativo.

Lea assentiu, observando enquanto Billie se afastava até o banheiro. Ela sentou-se à mesa, repousando o braço engessado no colo, enquanto pensava no quanto cada pequeno gesto de Billie a fazia sentir-se amada e cuidada. Estar ao lado dela, ver essa preocupação genuína, fazia tudo parecer mais leve, até mesmo as dores e os desconfortos que vinham junto com o gesso e os ferimentos.