notes of longing - billie eilish (G!P)

trinta e três

Capitulo pode conter erros de digitação, desde já peço desculpas, e ótima leitura :)

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A manhã começava devagar no apartamento de Lea. A luz suave da manhã entrava pelas cortinas, trazendo um ar de paz. Lea, ainda com os cabelos levemente bagunçados pelo sono, estava sentada perto da janela, observando a rua abaixo enquanto Billie, com uma expressão animada e casual, mexia nos ovos e torradas na cozinha.

— Ontem à noite, quando passei na minha mãe, ela disse que está morrendo de saudade de você, sabia? — começou Billie, sem desviar os olhos da frigideira.

Lea sorriu levemente, ainda perdida em seus pensamentos, mas ouviu as palavras de Billie com atenção. Sentia falta de Maggie também.

— Ah, imagino que sim... A última vez que estive lá foi há um tempo, não é? — respondeu Lea, com um tom leve e distraído.

Billie, percebendo que Lea estava distante, franziu as sobrancelhas e se virou em sua direção.

— Lea, você está bem? Parece um pouco longe... — disse Billie, balançando a mão para ela, mas Lea continuava olhando fixamente pela janela.

Do lado de fora, três paparazzi permaneciam estacionados, cada um com uma câmera, aguardando o momento perfeito para capturar alguma foto. Desde que seu relacionamento com Billie se tornara público, Lea havia tentado se adaptar ao que significava viver ao lado de alguém tão famoso. Mas os fotógrafos, à espreita constantemente, invadindo seus momentos, pareciam cada vez mais invasivos. Ainda mais depois do dia que Claudia quase saiu na mão com um deles. Aquilo havia sido emocionante. Mas essa proximidade incomodava profundamente Lea.

O que Billie e Lea tinham era precioso para ela. Era um amor que nasceu de anos de amizade, de uma conexão que tinha raízes profundas e que agora florescia em algo mais, algo novo e vulnerável. Mas os olhares constantes do público eram um lembrete cruel de que o amor delas não era só delas.

— Ei, Lea... Volta pra mim — disse Billie, agora mais próxima, interrompendo a linha de pensamento de Lea.

Lea piscou e olhou para Billie, que a encarava com um sorriso compreensivo. Billie seguiu o olhar de Lea até a janela, onde viu os paparazzi esperando lá fora. Um suspiro de pesar escapou de seus lábios.

— Eu sinto muito, Lea... Eu sei que eles não deveriam estar aqui. Sei que essa situação toda não é fácil — murmurou Billie, colocando uma mão reconfortante no ombro de Lea. Ela sabia que, para Lea, aquilo era uma invasão dolorosa.

Lea suspirou profundamente, deixando a testa encostar no ombro de Billie por um momento.

— Não é culpa sua, Billie. Eu só... — hesitou, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas para expressar o que sentia. — Eu não me importo com as pessoas sabendo sobre a gente, mas me incomoda o fato de eles acharem que têm o direito de estar aqui, na porta de casa, como se meu espaço pessoal não importasse. É como se a nossa vida fosse deles também.

Billie segurou as mãos de Lea e, após um instante de silêncio, se inclinou para beijar sua testa.

— Eu entendo completamente. E, olha... eu sei que a gente já falou sobre isso antes, mas talvez seja hora de reconsiderar a ideia de você se mudar para a minha casa — sugeriu Billie com uma voz suave e cuidadosa, mas firme.

Lea franziu a testa e afastou-se um pouco, sentindo o peso da proposta de Billie. Elas já haviam conversado sobre isso algumas vezes, mas Lea sempre hesitava em tomar essa decisão. Havia algo no seu pequeno apartamento que representava sua independência, um espaço só dela, longe dos holofotes e da pressão que vinha com o nome de Billie.