Eu não quero dizer adeus, mas preciso!

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(Por Lingling)

Orm me levou para o hospital mais próximo onde logo fui atendida, a bala havia me atingido no braço de raspão, antes de sairmos avistei o Pentaii na recepção buscando informações sobre mim.

A minha noiva que também ouviu-o estranhou quando ele me chamou de Kwong, porém ela ficou quieta apenas observando a movimentação, então suspirei pesadamente e pedi a ela que me esperasse em dentro do Porsche.

A princípio, Orm se negou a fazê-lo, em seus olhos eu vi várias dúvidas e constante incerteza, eu me odiei por isso, mas insisti que ela fosse na frente enquanto eu fiquei para conversar com aquele homem:

- Porque você está aqui? – Encarei-o.

- Pra te alertar, o seu prazo expirou.

- Preciso de mais tempo – Falei e o vi negar com a cabeça.

- Acabou Lingling, amanhã você volta comigo – Ele pegou em meu braço no lugar do curativo e apertou me fazendo contorcer de dor – A sua noiva é uma mulher de sorte, esse tiro não era para ter acertado você.

- Tire a sua mão de mim – Mandei.

- Amanhã a noite, vou enviar a sua passagem para a Bit Company – Ele disse me soltando e saiu.

O meu mundo desmoronou!

Caminhei lentamente até o meu carro e Orm me observou, contudo preferiu ficar em silêncio, quando notei que ela me levava pra casa eu pedi que fizesse o retorno e fossemos para a empresa, ela tentou argumentar algo, mas fui irredutível.

Liguei para a senhora Michell e mandei ela agendar uma reunião com a diretoria em uma hora, somente os cargos mais altos deveriam participar, o que deixava a Orm de fora.

Depois liguei para o Lacuna e marquei com ele de almoçarmos juntos.

A Orm estava triste, eu sabia que ela ficou decepcionada com a minha postura e ouvir o Pentaii me chamando de Kwong não há ia facilitado nada.

Mas eu tinha que protegê-la... Era o meu dever assegurar que ela ficaria bem com ou sem mim. Então liguei para o meu funcionário e pedi que ele me encontrasse no escritório no final da tarde.

Vocês tinham razão... A senhora Koy também... Estava chegando o momento da verdade e a Orm saberia por mim, mas antes eu iria ajeitar as outras pendências.

...

Pedi para Orm ir a Hastings negociar alguns projetos com um possível investidor, isso me daria um pouco mais de cinco horas para resolver tudo antes de me despedir, orientei a mesma que assim que voltasse me mandasse uma mensagem para ir buscá-la, ela foi mesmo a contragosto.

A reunião foi rápida, todos os membros da diretoria foram informados do meu afastamento repentino e da nomeação de minha assistente a CEO, não era um cargo definitivo, mas eu sabia que ela daria conta da demanda, eu não tinha ideia de quanto tempo ficaria fora, mas a minha mente planejava um jeito de voltar.

Eles aprovaram a indicação e ficaram de sobreaviso até o momento em que o meu CFO e o RH anunciariam a novidade para a Orm, eles só deveriam esperar as 24 horas que eu precisava.

Depois voltei a minha sala e comecei a tirar os meus objetos pessoais, a senhora Michell me ajudou com isso, ela levou tudo para o meu Porsche, não comentou nada, o que me deixou satisfeita, não era à toa que ela trabalhava há anos pra mim.

Era quase 13 horas quando encontrei o Lacuna em um restaurante, enquanto o meu amigo devorava a sua refeição, eu mal toquei na comida:

- O que aconteceu? – Ele disse após terminar a última garfada.

ME ESPERA...Onde histórias criam vida. Descubra agora