(Por Orm)
Acordei quando o sol ainda não tinha surgido no céu, olhei para o lado e vi Lingling dormindo pesadamente, ela era linda demais, os lábios entreabertos e rosados, o rosto sereno, às vezes fazia movimentos minúsculos com a boca.
Olhar pra ela me deixava feliz, eu sorria como uma adolescente boba e apaixonada.
Aproximei o meu rosto do dela e a beijei na bochecha, depois dei um pequeno selinho em seus lábios e ela sorriu em resposta, muito fofa, até mesmo desacordada.
Quando nós nos deitamos, ela me abraçou por trás, senti o coração dela disparado, o meu também, mas foi bom tê-la ali comigo, sem pressão de nada.
Contar a verdade foi um alívio que eu não achei que precisava, mas percebi que era o que deveria ser feito, pensei que ela me rejeitaria ou se manteria distante, ela me surpreendeu com o seu carinho e o seu apoio, contudo o respeito que ela demonstrou ter por mim foi o que fez total diferença naquela hora:
- Ainda é cedo pra dizer que eu te amo? – Sussurrei em seu ouvido – Mas eu te amo.
Estiquei o edredom tampando o seu corpo e dei um outro selinho em seus lábios, saindo lentamente para não acordá-la, tomei um banho e pedi comida pelo aplicativo, eu não queria explorar Barcelona tão cedo e como ela mesmo havia me dito, teríamos trabalho o dia todo.
Lingling surgiu após alguns minutos enquanto eu recebia o meu pedido, assim que coloquei as sacolas na mesa ela me abraçou por trás, a pele fresca de alguém que sairá do banho recentemente.
O meu corpo reagiu com a aproximação e eu estremeci em seus braços, ela afastou uma mecha do meu cabelo e cheirou o meu pescoço, senti os seus lábios tocando a minha pele e os pêlos dos meus braços ficaram arrepiados:
- Bom dia! – Ela sussurrou bem próxima a minha orelha e eu me derreti.
- Bom dia, Lingling! – Me virei para ela e fiquei encarando a sua boca – Comprei comida pra gente.
- Você é um amor! – Ela ficou sorrindo e eu fiquei sem jeito com os meus olhos focados nela.
Lingling me segurou firme pela cintura e aspirou o meu perfume, beijou o meu pescoço, então me deu um beijo singelo nos lábios.
Ela logo se afastou e foi para a cozinha pegar algumas louças, nós tomamos nosso desjejum e pegamos o carro que a empresa alugou na garagem.
...
Lingling e eu passamos a semana inteira correndo para resolver o problema da filial, no final ela decidiu contratar uma empresa para fazer auditoria, pois haviam irregularidades que estavam praticamente escancaradas.
Na sexta-feira de manhã ela obteve o resultado das averiguações e agilizamos para regularizar tudo, três funcionários de cargo alto foram demitidos e com isso, Lingling decidiu esticar a viagem por mais uma semana.
Como a demanda de trabalho foi exorbitante, chegávamos cansadas na casa dela todos os dias, pedíamos comida e no final da noite, após um filme ou uma série íamos pra cama.
Ela fez eu me mudar para o seu quarto dizendo que era maior e mais confortável e realmente era, então quando deitávamos, ela me enchia de carinhos e beijos, sem ultrapassar o limite.
Minha linda chefe, minha linda e controlada Lingling... Eu imaginava como deveria ser difícil pra ela ficar me tocando e sentindo o sabor dos meus lábios sem poder avançar muito.
Eu queria que ela avançasse, principalmente depois que eu abri o jogo sobre a tortura que sofri, contudo ela se mostrou forte e paciente, fiel e amiga, o que era estranho pra mim, pois ninguém jamais tinha me valorizado acima de si mesmo.
Na segunda semana acabei aprendendo mais algumas palavras em espanhol, Lingling ficava rindo quando eu falava uma frase errada ou uma palavra que a pronúncia estava incorreta, ela me ajudava com isso depois e me incentivava a aprender mais.
No final da viagem visitamos alguns locais como o templo da Sagrada Família, o parque Güell, o parque Labirinto da Horta e tomamos café no calçadão de La Rambla, também passamos pelo aquário de Barcelona, havia tantas espécies de peixes, mas o que eu mais gostei foi de caminhar pelo túnel subaquático, a água era de um azul cristalino enquanto diversas espécimes nadavam ao nosso redor.
Pedras e plantas enfeitavam o visual enquanto turistas de toda parte tiravam inúmeras fotos, confesso que eu fui um desses turistas enquanto Lingling evitava qualquer tipo de exposição.
Na última noite em Catalunha, nós ficamos na casa dela, era domingo a noite e o clima continuava quente e agradável, andamos pela praia um pouco mais cedo e depois de apreciarmos alguns pratos típicos como a Escudella e o Mel I Mató, decidimos descansar.
Ela realmente pareceu-me exausta, um tanto distante:
- Lingling – Chamei a sua atenção.
Ela estava bastante distraída, sentada na beira da cama, esperando eu terminar o meu banho, o seu pijama preto tinha dois botões abertos que me davam a perfeita visão da sua pele clara e de seu sutiã também preto. Ela adorava aquela cor.
Fiquei de frente pra ela e a abracei, ela me segurou firme pela cintura, mas não falou comigo, então afrouxei os seus braços e me inclinei para beijá-la, como sempre o toque foi suave e o meu corpo começou a esquentar, as mãos dela deslizaram pela minha pele por baixo do meu pijama.
Eu arfei em expectativa e quando ela percebeu tentou se afastar:
- Desculpa Orm – Ela pediu sem jeito.
- Não Lingling, não peça desculpas – Eu sussurrei pegando em suas mãos e as colocando sobre o meu corpo outra vez – Você tem sido muito delicada e paciente, eu aprecio isso, porém eu quero mais de você – Ela me encarou como se tentasse ver se era verdade ou não a permissão que eu estava lhe dando – Eu quero que você pare de se controlar e se permita, você já demonstrou que se importa comigo, deixa eu te mostrar que eu também me importo.
Ela ouviu a tudo ainda estudando a minha face, ainda sem saber se deveria ou não avançar, eu sorri, “Como uma mulher tão confiante nos negócios pode ser tão indecisa ao tomar certas atitudes?” pensei.
Mais uma vez eu vi um lado fofo dela e meu coração se derreteu:
- Você está com pena de mim? Depois do que eu te contei sobre...
- Não pense isso – Ela me interrompeu – Eu quero você, venho me segurando há muito tempo, eu preciso ter certeza de que é isso o que você também deseja!
- Então eu acho que isso daqui provará – Arranquei a camisa ficando só de sutiã vendo-a salivar, aproximei a minha boca da dela e roubei-lhe um beijo que nos tirou o ar, só após isso eu a encarei sorridente – Você ainda tem dúvidas?
(Por Lingling)
Os meus olhos se perderam naquela imensidão que enxergava nos olhos dela, eu... Me afoguei na loucura que existia em meus desejos e o meu autocontrole foi instantaneamente as ruínas. Como alguém poderia ser tão perfeita? Como alguém poderia ditar as regras do jogo me fazendo hesitar em um momento e no outro me render?
Coloquei as minhas mãos em suas costas e levemente a acariciei, soltando o feixe do seu sutiã, eu deixei a peça cair propositalmente no chão, admirada por seus pequenos seios, os bicos enrijecidos em êxtase, a boca em um tom mais vívido.
Abocanhei um mamilo e o chupei sentindo-a se contorcer com o leve contato, então suguei o outro, eu estava em frenesi, completamente excitada por provar dela e aos meus olhos, Orm realmente queria aquilo.
Afastei-a de mim somente para que ela se deitasse na cama, engatinhei até ficar por cima dela, notei a sua respiração pesada, puxei a calça do pijama que ela usava até os seus pés e a tirei.
Em seguida dei um beijo demorado sobre a sua calcinha e depois a puxei pra baixo.
Os meus lábios exploraram todos os caminhos maravilhosos do corpo da Orm, a sua boca, o seu pescoço, a sua orelha da qual eu lambi e dei algumas mordidas ficando ainda mais molhada.
Fui passeando novamente por seus seios, depois por seu abdômen, as suas coxas, as suas pernas, sentindo a sua pele exalar um perfume que preencheu as minhas narinas de flores. Orm mostrou-se quente, mas eu... Estava fervendo por dentro.
Distanciei as suas pernas e contemplei a tua nudez, Orm quis tampar o rosto com as mãos, eu não permiti, queria que ela viesse e percebesse o que cada movimento meu faria em seu corpo.
Ela se entregou totalmente e eu a envolvi com toda ardência que estava oprimindo, eu a devorei até sentir o seu corpo tremer abaixo do meu, convulsões de prazer que me fizeram gozar sem nem ter sido tocada.
Naquele instante eu sabia que ela era minha e eu era dela muito antes disso, eu era dela completamente.
Bebi todo o prazer que dela escorreu e compartilhei do seu gosto ao procurar a sua boca, depois repeti a sensação ao apreciar mais daquele momento íntimo e no final da noite a abracei firme para que não se esquecesse que eu estava ali, não só por mim, mas principalmente por ela... Por ter me amado e confiado em mim.
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ME ESPERA...
Storie d'amoreLingling era CEO de uma multinacional na Inglaterra e levava uma vida comum neste país, tendo o trabalho e a sua solidão um refúgio para manter a sua serenidade. No entanto, as suas barreiras são quebradas quando ela conhece Orm Kornnaphat, que apes...