Na manhã seguinte, Alfonso estacionou o carro em frente à casa de Any, ajudando-a a descer enquanto carregava a bolsa dela no ombro. O sol brilhava suavemente, e o dia começava com uma leve brisa que balançava as árvores ao redor. Ao abrirem a porta da casa, foram recebidos pelo som animado da voz de Noah vindo da cozinha.
Sentado à mesa com Teresa, o menino vestia seu pijama de dinossauros favorito, as perninhas balançando no ar enquanto tomava um copo de leite com torradas. Sua energia era contagiante, como sempre.
Noah: Mamãe! Papai! — exclamou, com os olhinhos brilhando de felicidade ao ver os dois.
Any foi a primeira a se aproximar, depositando um beijo carinhoso na testa do filho.
Any: Bom dia, meu amor! Já está acordado cheio de energia, hein? — ela disse com um sorriso terno.
Noah: Tô contando pra Tê que o papai sabe fazer dinossauro rugir igualzinho! — respondeu, entusiasmado, exibindo seu adorável sotaque inglês.
A observação do pequeno arrancou sorrisos de Any e Alfonso. Alfonso se aproximou, puxando uma cadeira ao lado do filho e sentando-se.
Alfonso: Ah, é mesmo? Acho que você é quem sabe rugir melhor, campeão.
Noah riu alto, contagiando o ambiente, enquanto Alfonso bagunçava de leve os cabelos dele. Teresa, que estava ocupada na pia, observava a cena com um sorriso no rosto, satisfeita com a felicidade do garoto.
Teresa: Esse menino não parou de falar de vocês desde que acordou — comentou, rindo.
De repente, Noah lembrou-se de algo e, com a mesma energia, anunciou:
Noah: Eu e vovô montamos uma floresta! — disse ele, orgulhoso, enquanto mordia sua torrada.
Any franziu a testa, surpresa.
Any: Seu avô? — perguntou, tentando manter a calma na voz.
Noah: Vovô Carlos veio aqui ontem, e nós brincamos muito — respondeu, inocente, enquanto continuava balançando as pernas com alegria.
Any piscou algumas vezes, processando a informação, antes de falar com o tom controlado:
Any: Meu amor, por que você não vai brincar no seu quarto? A mamãe já vai lá te ajudar a se trocar.
Noah: Tá bom, mamãe. Papai, você vem? — perguntou Noah, olhando para Alfonso com expectativa.
Alfonso: Já vou, campeão — respondeu Alfonso, sorrindo.
Com isso, Noah saiu correndo da cozinha, cheio de entusiasmo, enquanto Alfonso e Any permaneciam ali.
Any virou-se para Teresa, cruzando os braços com expressão séria.
Any: Meu pai veio aqui ontem? — perguntou, em um tom que misturava surpresa e irritação.
Teresa hesitou por um momento antes de responder.
Teresa: Sim, veio. Queria falar com você, mas como você não estava, acabou passando um tempo com o Noah.
Any respirou fundo, tentando conter a frustração.
Any: Ele não se cansa? — murmurou, apertando as mãos ao redor dos braços cruzados. — Não tenho mais nada pra falar com ele. Já conversamos tudo o que tínhamos que conversar.
Teresa manteve-se em silêncio, respeitando o desabafo de Any.
Any: Minha vontade é de proibir ele de ver o Noah — continuou, com a voz mais baixa, como se estivesse falando consigo mesma. — Mas não posso fazer isso. Não seria justo com o Noah.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Quando é amor
RomanceA gente não encontra o amor, o amor te encontra, e quando te encontra te arrasa, te tira o ar, e tudo oque te importa é amar, sem razão, sem especulações, amar é só amar porque essa é a verdadeira natureza lesa do amor.