Me levantei da cama correndo, descia as escadas tão apressada que não sei como não cai.
Eu precisava ver ele. Eu precisava ver ele. Repetia pra mim várias vezes.
Fiquei apertando o botão do elevador repetidamente.
Minha mãe saiu fechando a porta e me mandando esperar.
- Merda! - falei já chorando. - essa porra ta demorando! Urgh!
- Calma filha! Chingar e descontar no elevador não vai adiantar em nada.
Eu respirei fundo contando até dez.
Quando a porta se abriu eu entrei esbarrando na pessoa que saia.
- Já chamou um taxi? - perguntei pra minha mãe.
- Seu pai está lá em baixo.
Comecei a bater o pé no chão. Eu estava impaciente.
- Vamos filha.
Minha mãe falou me tirando dos meus pensamentos. Entramos no carro e meu pai tentava conversar comigo. Eu não queria conversar,eu só queria o Pedro.
E foi só pensar nele que comecei a chorar novamente.
Tudo parecia passar devagar demais. Logo hoje estava um trânsito! Demorou mas chegamos no hospital que ele estava. Minha mãe foi perguntar em que quarto ele estava e logo ela voltou me chamando.
Eu odiava hospitais. Tinha um cheiro estranho,era muito desanimado,pessoas de mal humor, um lugar frio.
Quando entramos em um corredor eu vi meu irmão sentado em um das cadeiras,corri até ele,abraçando.
- Como ele está? - perguntei apressada. - o que aconteceu?
- Ele deve estar bem. O medico ainda não apareceu... - suspirei - Eu ia atravessando a rua mas a merda do meu cadarço desamarrou,abaixei pra amarrar de volta e ele saiu atravessando a rua,foi tudo tão rápido. Quando eu terminei só ouvi o barulho e o corpo dele sendo arremessado.
Abracei ele apertado. Oh merda.
- Eu só quero que ele esteja bem Di. Eu não quero perder ele.
- Calma! A gente não vai perder ele,relaxa. Ele logo logo vai estar em casa te perturbando okay? Fica calma. Te ver chorando só me deixa pior Ju.
Eu assenti e me sentei do seu lado e o abracei ele de lado enquanto meus pais conversava com ele.
Eu já tava quase levantando da cadeira pra ir atrás de algum médico,quando um entrou no corredor. Pulei da cadeira esperando ele falar alguma coisa.
- Vocês são os responsáveis do Pedro Albuquerque dos Santos?
- Os pais deles estão a caminho. Somos os responsáveis por enquanto. - meu pai falou.
- São o que dele?
Eu vou matar esse médico!
- Doutor,ele não sai da minha casa,então já é da família. - falei irritada. - será que da pra dizer o que houve?
Ele pigarreou.
- Bom,felizmente ele só torceu o tornozelo. A parte mais arranhada do corpo foi sua mão direita. Algumas outras partes tiveram alguns arranhão mas nada grave.
Suspirei aliviada. Já estava achando que era algo muito grave. Não é exagero! Hoje em dia os carros andam em alta velocidade.
- Já podemos vê-lo? - minha mãe perguntou.
- Sim! Quarto 48. Agora se me dão licença. - meus pais agradeceram e eu sai a procura do quarto 48. Assim que achei eu entrei e vi ele encarando o teto. Parecia pensativo.
- Que demora em. - ele falou e me olhou. Eu sorri.
- O trânsito. - me aproximei e vi um arranhão no seu rosto,passei os dedos ali,devagar. - você me assustou.
- Desculpa, deveria ter esperado. Mas eu achei que o Diego ia atravessar, nem vi ele parando. Quando fui ver se ele vinha eu senti o baque... - riu.
- To louca pra te bater. Eu fiquei preocupada Pedro!
Ele sorriu.
- Amor,não precisa ficar assim. Eu to aqui não to? - sorri.
"Amor" ❤ own.
Me aproximei dele e dei um selinho demorado.
- Quero beijo. - fez bico.
Meus pais entraram com meu irmão e ficaram conversando. Logo depois chegou os pais dele , sua mãe estava preocupada e queria bater nele dizendo que ele era muito desligado. Eu só ria.
•••- Mãe! Deixa eu ir com o Pedro! - eu implorava para a minha mãe deixar eu ir com o Pedro pra casa dele e ela negava,isso estava me deixando irritada.
- Filha! Amanhã você vai. Ele precisa descansar. - eu suspirei e concordei.
Fui até o carro do seu pai,me despedir.
- Ela não deixou. - Bufei.
- Amor. - ai meu deus,de novo! - fica calma! Amanhã você vai lá,ta bom? - me deu um selinho. -
- Ta bom. Descansa. - ele assentiu. Eu me aproximei e iniciei um beijo lento, estava com medo de machuca-lo. Terminei com uns selinho e ele sorria.
- Até amanhã minha princesa. - me deu um selinho.
- Até.
Me despedi do seus pais e fui até o carro dos meus,entrando e indo rumo a minha casa.
•••
Coloquei um pijama e comi alguma coisa. Depois me joguei na cama e peguei meu celular. Já estava com saudades dele. Oh gosh!
"Não consigo dormir... Mas eu preciso."
Apertei em enviar.
Não demorou muito e ele respondeu.
"Também não consigo, meu corpo dói :( haha ta ansiosa pra amanhã ? É um dia normal, princesa."
"Puff! Eu sei que sim, mas eu quero te ver idiota."
"Só você mesmo... <3 vou tentar dormir. Boa noite princesa. ❤"
"Boa noite ❤"
Desliguei o celular e tentei dormir... Parecia impossível mas eu consegui.
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O melhor amigo do meu irmão. (revisando) - Livro 1
RomanceAtenção: Essa história será revisada. ••• Capa: Laura Machado. É difícil. Não é nada fácil ter que aturar quase todos os dias o melhor amigo do meu irmão que acha que manda naquela casa e apesar de tudo é um tremendo de um galinha. Mas com o passa...