Capítulo 2.

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- Juuuuh!

- Maaari! - isso é duas doidas gritando na rua ao se encontrar.

Ela vem correndo e me abraça.

- Oi fã.  - falo enquanto abraço ela de volta.

- Você que é minha fã, tudo bem? - nos afastamos. -  teve algo de importante hoje na escola?

- Não... Só meu irmão que foi na hora da saída, atrás de você, lógico.

- Ele ainda está nessa?! Ele é gato, mas é galinha... Nunca vou ficar com ele. - revira os olhos.

- Oh la em casa em... - um homem grita passando na rua.

- Vai se ferrar ... - respondo gritando.

- Então, acredita que meu irmão me deu carona? Tá ele foi obrigado, mas tudo bem. Ele ainda passou na casa do Pedro e queria que eu fosse pro banco de trás, não mereço! Eu o-d-e-i-o aquele idiota. - porque estou contando isso mesmo?

- Isso vai dar em namoro... - encarou as unhas, sorrindo.

- Não viaja Mariana. - bufo impaciente. - Eu odeio aquele garoto, você sabe muito bem disso.

- O ódio pode virar amor ... - da de ombros.

- Só se for no seu mundo.  - digo ríspida.

Ela começa a rir... Parece uma hiena.

- Vamos pra minha casa? - pergunto, mudando de assunto.

- Tem chocolate lá? - pergunta com os olhos brilhando.

Chocolatra? Nem um pouco.

- Tem. - reviro os olhos.

- Então vamos. - puxa minha mão.

Fomos até a minha casa e quando eu  abro a porta...

- Ah não! - digo batendo a mão na testa.

- Para de ser chata Juliana. - meu irmão murmura e olha pra porta, dando um sorriso ao ver a Mariana ao meu lado.

- Essa idiota está aqui todo dia? - pergunto retoricamente.

- Algum problema nanica? - Pedro pergunta ainda vidrado no video-game.

- Lógico, está infectando minha casa. - bufo.

- Relaxa, sou disso não. - sorriu.

- Urgh! Sai de cima do meu notebook! - falo quando vejo que ele sentava em cima do meu notebook.

Meu bebê!

- Fresca. - murmura saindo de cima.

- Seu idiota. - respondo indo até ele e puxando o notebook.

- Chega! Deixa a gente jogar em paz. - ele fala irritado,voltando a sentar no sofá.

- Não. - digo colocando meu notebook no outro sofá.

- Sim,vaza nanica. - diz irritado.

Vou até a tomada e desligo os aparelhos, que são televisão e Xbox.

- Caramba! Você é louca?! Eu estava quase ganhando! - Pedro diz.

Se levanta e vem até a minha frente. Encaro ele e digo:

- To nem ai. - sorrio.

- Vai crescer ... - me olha de cima a baixo.

Dou um chute no saco dele e sorrio ainda mais.

Babaca.

- Cala boca que seu amiguinho,se é que tem... Não passa disso. -mostro meu dedinho da mão.

- Argh! Sua vadia.

- O que você disse?! - pergunto chocada e tento dar outro chute, mas ele segura meu pé e nós caímos no chão.

- Sai de cima de mim seu peste. - digo tentando afasta-lo.

- Eu só não te quebro agora, por que você é menina e é irmã do meu amigo. - diz me olhando.

- Bate. Que você nunca mais vai ter filho. - sorrio sínica.

Caramba! Ele estava muito próximo,tipo... Muito mesmo.

Ele me encara,desce o olhar pros meus lábios e fecha os olhos, voltando abrir segundos depois e se levanta.

- Acabou os dois? - perguntou meu irmão. E a Mariana só ria, piranha.

- Vai se ferrar também. Vem sua puta. - chamo minha melhor amiga, irritada.

Me levanto e vou na cozinha comer o meu chocolate. Esse babaca me paga!

°°°

Termino de tomar o café e vou escovar meus dentes. Depois pego minha bolsa, coloco meus fones e saio de casa. Rumo a casa da piranha e escola.

A rua estava vazia... Vou até a casa da Mariana. Mas antes de entrar na rua dela, alguém me puxa e me empurra até a parede de uma casa qualquer. Eu ia gritar,mas tamparam minha boca e quando eu olhei...

- Me larga Pedro! - minha voz sai abafada.

- Ué, está com pressa? Eu não estou. - diz sínico.

- Me solta, eu estou atrasada. - digo e ele tira a mão da minha boca.

- Qual é... - me olha da cabeça aos pés. - até que você está gatinha hoje, sabe o que eu quero fazer?

- Sei! Cair no chão de tanta dor que seu pequeno amigo vai estar depois do chute que eu vou dar. - sorrio sínica.

- Não... - cheirou meu pescoço - outra coisa...

- Haha, sonha querido, nunca. - digo irritada.

- Nem sabe do que estou falando... - da uma mordida de leve no meu pescoço. Maldito!

- Me solta.. - ameacei chutar ele, mas dessa vez ele foi esperto. - Pedro!

- Relaxa, ta muito nervosinha, nem sabe o que vou fazer.

- Eu estou atrasada seu demônio. - tento me soltar dele, mas é em vão.

E então a peste me beija. Juro! Eu tentei empurra-lo , mas não conseguia... Então, mordi o lábio inferior dele.

- Ai! Sua louca... - se afasta um pouco com a mão nos lábios.

- Trouxa, da próxima eu te mato. Não se aproxime de mim!

- Vou me vingar, aguarde. - pisca e sai em direção ao final da rua.

Respiro fundo e vou até a casa da Mariana.

Oh deus, dai-me paciência.

O melhor amigo do meu irmão. (revisando)  - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora