Depois da aula de sábado.

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Depois da aula, acabei ficando toda machucada. Martin pegou muito leve comigo depois da surra que Lívia me deu. Duas horas cansam mais do que parecem. Me sentei um pouco no chão e bebi uma garrafinha de água. 

-Quer ajuda pra levantar ? -Fábio perguntou. Ele estava bloqueando o sol que estava nos meus olhos. 

-Sim, por favor.

Levantei com o seu apoio. Meu corpo ainda estava dolorido e acabei gemendo.

-Ei, ei. Vai com calma. Vamos, vou cuidar dos seus ferimentos.

Abanei para Martin, que estava juntando os materiais da aula. Ele retribuiu, então saí com a ajuda de Fábio.

Ele me conduziu até uma pequena sala, era uma espécie de enfermaria da casa, onde me sentei e aguardei recomendações.

Fábio pegou uma gaze, colocou um líquido e passou no meu lábio. 

-Ela realmente estava de mal humor.

Sorri, meus olhos encontraram os dele. Por um momento a sala ficou mais quente que o norma. O suor escorria do meu pescoço em direção aos seios. 

-Você... é.. filho de Apolo, não é mesmo?

Fábio voltou a si, sorriu e continuou a limpar meus ferimentos.

-É... digamos que sim. 

-Ok... 

-Uau... é incrível que como vocês são parecidas. 

-Sim... mas Maria pintou de ruivo e o da Lívia é preto..

-Não, não era preto. Eram dourados, belos cabelos dourados. 

-Ah, sim. Esqueci que todas as meninas eram praticamente iguais..

-Bem... esquece esse assunto, Angel. Você sabe... dançar?

-KKK, alguma coisa... não muito.

-KKK, bom saber. Amanhã você terá aula de dança comigo.

-Desculpa, eu adoro dançar, acho incrível, mas no que ela será... útil?

-Bem... você sabe que no fim das contas você esta treinando e se esforçando pra enfrentar suas irmãs que já foram treinadas...

-É... eu acho. Não tinha me ligado nisso. Ei, é injusto! Elas são bem mais treinadas que eu! 

-Suspeitei que não tivesse se dado conta ainda... bem, a dança e canto vão ajudar na concentração, equilíbrio, gesticulação e, culturalmente falando, você vai ter adquirir novos aprendizados.

-Ok... eu acho. 

-Você não fala muito com as suas irmãs, não é mesmo?

-Não... quer dizer, eu não sei como me aproximar delas. Maria é muito doce, a última conversa que tive com ela me fez chorar. E Lívia... bem.. Lívia é aquele furacão. Onde ela passa não sobra nada...ás vezes eu acho que ela me odeia. 

-NÃO, nunca. Lívia não te odeia. Ela só está confusa.

-É... espero que sim.

----------------------------------Narração por Lívia---------------------------------

Estava no meu quarto deitada, meus punhos doíam. Coloquei uma compressa de gelo para aliviar um pouco, acho que acabei batendo muito forte na Angel.

-QUER ME EXPLICAR O QUE FOI AQUILO, LÍVIA?

Martin entrou no quarto furioso, sem avisar (como sempre). Nem me dei o trabalho de me mover. Não era surpresa que mais cedo ou mais tarde ele iria até mim. 

-Fiz o que você mandou. Ataquei.

Ele trancou a porta atrás de si e veio ao meu encontro. Me agarrou pelo braço, me obrigando a levantar. 

-Fez o que eu mandei? NOOSSA... Lívia sempre faz tudo como eu quero, não é mesmo! 

Martin passava a maior parte do tempo gritando comigo, mas ainda devia a minha vida a ele. Eu me odiava por gostar dele.

-Eu fiz... como sempre.

-Você não vai vencê-la. Sabe disso! Deveria servir como um degrau pra ela, é apenas essa a sua função! Você é fraca porque lhe falta ódio! 

Me enfureci, passei a vida toda seguindo as regras dele, implorando por ajuda. Sentia-me profundamente agradecida por tudo que fez por mim... mas nada bastava.

-EU ODIEI MARIA, ODIEI AQUELES MALDITOS CIENTISTAS DO LABORATÓRIO, ODIEI ANGELINA E ATÉ MESMO FÁBIO! EU ME ODIEI A VIDA INTEIRA! QUEM MAIS VOCÊ QUER QUE EU ODEIE?!

- A MIM! 

Ele me virou de bruços, segurou meu cabelo e rasgou minha roupa. Apenas ouvi seu zíper baixando e sabia o que estava por vir. 

Senti seu membro penetrar-me fortemente, ele era bruto e sempre foi assim. Porque ? Porque eu gostava daquilo? Não posso pensar nisso... ele é a única pessoa que tenho.

-ME ODEIE! -Ele puxou meu cabelo, colocando meu rosto perto do seu.

Eu não conseguia, céus, como queria odiá-lo, mas não conseguia, nem mesmo quando me machucava.

--------------------------------Fim de Narração Lívia-------------------------------------


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