------- Reyna narrando -------
Chegar nessa casa foi a experiencia mais louca da minha vida. Passei por tantas coisas antes de chegar aqui... Eu não lembro como tudo começou, só lembro-me de quando eu tinha 6 anos e me levaram para o mesmo laboratório em que Lívia e Maria estavam.
Cheguei lá arrastada por dois cientistas, eles haviam feito experiencias com um mutagênico e depois, é claro, quando todos saíram do laboratório, o maldito Doutor Joseph ficou a sós comigo.
Lembro cada detalhe, desde de suas mãos nojentas no meu intimo, suas palavras idiotas no meu ouvido e o nojo que senti durante a minha vida. Acabei pegando horror de ser tocada por homens, a primeira vez que senti carinho de verdade foi com Amélie, a doce Amélie. Foi a uma cientista que me tocou com carinho, e com ela fiz amor pela primeira vez.
Mas eles não deixariam barato, mataram Amélie na minha frente. E Joseph ainda completou aquele dia horroroso:
-Só não mato você porque foi a única a dar certo com o mutagênico. Agora, abre as pernas. Quero relaxar.
Senti aquele maldito membro dentro de mim. Ele empurrava com força e me obrigava a ficar de frente para ele, vendo a minha Amélie morta.Eu tinha apenas 11 anos, estava na base japonesa. Lívia tinha acabado de ser torturada e estava no "quarto" dela. Chorei pela primeira vez enquanto ele terminava de jorrar aquele liquido imundo em mim, depois que finalmente acabou, me jogou na mesma jaula que Lívia. Ela estava sangrando, mas, como sempre, se negava a derramar uma lágrima sequer. Ela vivia falando sobre um homem que a ajudaria a sair dali algum dia, que ela precisava passar por tudo aquilo pra aprender a ser mais forte, mas um dia ela iria sair e se vingaria de todos que lhe fizeram mal.
Na época, não entendi direito com quem ela falava pois estávamos sozinhas lá (além dos cientistas), depois de alguns dias ele apareceu para mim.
-Reyna, Reyna. Então é você que está dividindo o fardo com Lívia.
Eu e Lívia já havíamos sido separadas, ela estava em outra ala da base. Provavelmente passando pela entrevista de horror com Hégira, a robô psicopata.
-Quem... quem é você?
Ele surgiu das sombras, era o homem mais bonito que eu já havia visto. Alto, moreno, uma cicatriz no olho esquerdo e o olhar mais profundo que já havia visto.
-Eu sou o amigo da Lívia, e eu vim te ajudar.
Meu coração começou a disparar, a simples presença dele me fez tremer e sentir medo.
-O que você quer? Por que quer me ajudar ?
-Reyna... Você é uma menina muito esperta e muito forte. E com esse mutagênico você irá tornar-se uma grande aliada para os meus planos. Pelo que entendi, ele irá tornar seu corpo mais resistente, suas células irão regenerar-se de forma absurdamente rápida. Mas eles estão com planos de não deixar você viver por muito tempo para descobrir todo o seu potencial.
Eu não entendia, como ele poderia saber tanto? Quem era ele?
-O-ok... E.. Quem é você?
Ele se aproximou, era maior do que eu imaginava e muito forte.
-Eu sou Ares.
Seus olhos pareciam chamas, meu corpo tremeu e senti medo. Ele era apavorante e lindo, isso me deixava confusa.
-Ares, deus da mitologia grega, senhor da guerra. Conhecido por ser o deus patrono de Esparta e não era tão cultuado devido ao medo que sentiam de você... Era o deus do controle da guerra, segundo alguns pergaminhos. Se você não existisse a guerra seria...
-Incontrolável. -Ele falou antes que eu terminasse a frase.
-É... Isso.
-Você decorou bem, aposto que sabe a biografia de muita gente. Pelo visto, apesar de tudo que passou, te ensinaram bem.
-Fala como se fosse a minha vida fosse normal.
-Ela não é, não, não. De forma alguma, mas posso proporcionar a você uma vida muito melhor, com direito a muito luxo, dinheiro e o mais importante: se vingar de um certo doutor que matou Amélie.
O olhei nos olhos, senti uma chama crescer em mim. Eu desejava matar Joseph mais do que qualquer coisa.
-Pra ter tudo isso.. -ele esticou a mão- você só precisa aceitar a minha benção.
Não pensei duas vezes, apertei a mão dele. Senti todo meu corpo ficar mais forte, mais resistente e meus olhos, senti ficarem vermelhos como sangue.
- Eu acelerei o efeito do mutagênico e dei a você mais força, mais agilidade e pensamento mais veloz. Amanhã, Lívia será levada para uma base nos EUA e então começamos a agir. Depois que Lívia for embora, eu aparecei para você no laboratório. Joseph vai chamá-la para um teste que você sabe como vai terminar. Quando isso acontecer, quero que sinta raiva, assim seus olhos ficaram vermelhos e você conseguirá matá-lo e depois eu te ajudo a sair daqui. Entendeu até agora?
-Sim.
-Depois que você acabar com ele, vá até o computador da sala em que estiver e entre na pasta fichas. A senha da pasta é 190673, lá você vai encontrar os dados de todos os cientistas e de todos os que foram experiencias. Inclusive você e Lívia. Depois que encontrar a ficha do doutor Joseph, você irá pegar os dados das contas bancárias . Acredite, vai gostar do valor que vai encontrar. Ele não tem parentes próximos, logo, ninguém irá reclamar. O cartão dele está na carteira, ele tem o péssimo costume de andar com ela no bolso de trás, lado direito para ser mais especifico.
Ele me deixou tonta, mas consegui entender todas as informações. Segui calada.
-Sair daqui não vai ser tão fácil. Depois que Joseph morrer você vai esconder o corpo dele no armário azul, e tente não fazê-lo sangrar. Você teve muitas aulas sobre corpo humano, deve saber fazer isso. Depois disso, vai pegar um jaleco nesse mesmo armário e irá atravessar a ala norte sem problemas. O desafio vai começar no fim dessa ala, tem uma saída no fim dela e há muitos guardas fortemente armados. Matá-los vai ser por sua conta. Estarei lá observando, não posso interferir.Entendeu, Reyna?
-Sim, senhor.
Ele sorriu, parecia ter gostado da minha resposta.
-Antes de ir... Poderia me dizer porque escolheu esse nome para você: "Reyna" ?
-Eu li em um livro que era significava "aquela que reina", eu queria ser tratada como uma rainha dos livros.
-Interessante. Eu dei a ideia do nome da Lívia, significa pálida. Foi como ela ficou da primeira vez que me viu.
Ele sorriu e desapareceu nas sombras do quarto. Fiquei triste por saber que Lívia iria embora, queria que ela fosse embora junto comigo, mas parece que alguém já tinha planos para ela.
Executei o plano como combinado. Matar Joseph foi a coisa mais prazerosa que fiz, vi a vida indo embora dos seus psicóticos olhos, enquanto ele tentava abrir o cinto. Pegá-lo de surpresa foi ótimo e Ares estava no fundo da sala vendo a cena. Escondi o corpo e peguei o jaleco. Me dirigi a ala norte, naquela noite ela não estava tão guardada assim. Haviam 2 guardas no portão principal e um na cabine permitindo ou não a saída de veículos. Os guardas deviam estar revesando ou devem ter ido para outro setor. Os matei rapidamente, depois entrei na cabine e peguei o guarda assistindo pornô e fumando. Depois de assassiná-lo, apertei no botão que abria o portão e saí. Larguei o jaleco, peguei as chaves do carro de Joseph e cliquei no botão do alarme. Era um Vectra, entrei no carro e abri o porta luvas , tinha um óculos lá. O coloquei e coloquei a chave na ignição.
-Foi uma boa ideia ter pego as chaves. -Ares surgiu ao meu lado, estava usando uma calça jeans e uma camisa branca.
-É... Lembrei das aulas de mecânica. Sei como funciona qualquer veículo, vamos ver se sei dirigir também.
Apertei o acelerador e fui embora. Adeus àquela vida, o que importava era o daqui para frente.
Olá meus poderosos, como estão? Gostando da história? Hoje o capitulo foi longo mesmo porque vocês merecem <3 Se vocês se sentirem a vontade, votem, comentem, me digam "oi". Ficarei feliz <3
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A mais poderosa
General Fiction© Todos os direitos reservados. Plagiar é crime! 3 irmãs abençoadas por divindades. A mais velha foi criada em um laboratório, onde cientistas faziam experiências bizarras com ela. A segunda conviveu parte de sua infância coma mais velha,porém os mé...