Luz.
Tudo o que vi durante quase 1 minuto: Luz.
Aquela sensação de meditar foi além do que jamais senti. Meus olhos fechados viam mais verdades do que quando abertos. No começo, vi toda minha vida. Estava em uma espécie de corredor onde podia ver cenas de toda a minha vida, então, descobri que pude ver minhas memórias. Era isso, afinal: Por meio da meditação, consegui enxergar minhas lembranças de forma clara.
Comecei a transitar nesse corredor, fui até a porta do dia em que passei a existir. Parei diante daquela bela imagem: Um homem muito alto e forte me segurava em seus braços. Ele sorria, e era o sorriso mais lindo que já vi em toda minha vida. Eu já havia visto ele antes, mas onde?
Na minha mente, as coisas funcionavam mais ou menos como um tablet, eu podia visualizar os "arquivos" como quisesse, na verdade demorei pra descobrir como funcionava.
Segurei o rosto daquele homem na imagem e "joguei" no meio do corredor das lembranças. Logo percebi que, escondido, ele estava em 80% das minhas memórias.
Comecei a vasculhar todos os momentos da minha vida e entender como realmente as coisas eram. Todos me esconderam tanta coisa que já estava mais do que na hora de eu saber toda a verdade. Comecei pelo básico, entrei na "janela" das memórias da minha infância e vi tudo que passei, desde a voz do Miguel em minha mente até as brigas na escola. Eu era quieta, e isso nem sempre agradava as minhas colegas. Por ser considerada esquisita, até mesmo os meninos tentavam me bater, mas Miguel sempre dava um jeito de me fazer ir para longe de confusão e, mais uma vez, lá estava aquele rosto, me cuidando no canto de algum lugar perto da cena. Ele sempre estava lá.
O início da minha minha adolescência, meus aniversários solitários, meus choros calados, risos, cantorias no chuveiro do orfanato, EM TUDO, tudo ele estava lá me olhando.
Depois de rever minha vida por uma outra perspectiva, percebi que acabei deixando muitos detalhes passar, mas comecei a consertar as arestas.
Fechei meus olhos e me imaginei fora do meu corpo, então quando os abri, percebi que minha parte física estava em cima da cama, ainda meditando. Olhe para o relógio e percebi que havia passado apenas 30 minutos, então notei que o tempo na minha mente era muito mais rápido do que o da vida humana. Atravessei a porta e vi todos apreensivos, menos Dimitri que sorria encostado na parede.
Decidi descobrir quem era aquele homem que esteve comigo durante toda a minha vida, mas não sabia como faria isso. Decidi que primeiro eu iria saber todas as verdades ocultas que estavam na minha volta. Parei na frente do Sheamus.
-Me desculpe por isso. -Falei enquanto enfiava minha mão na cabeça dele.
Fechei os olhos e eles começaram a novamente expelir brilho branco.
As lembranças do Ken eram muito organizadas, divididas em áreas que ele provavelmente não lembrava, as que ele se recordava e as importantes. Uma a uma fui vendo toda a vida dele.
O HOMEM DO SORRISO, ele estava lá!
Pelo menos parecia ele, só que em uma versão mais bárbara. Parecia um... deus.
Sheamus foi criado pela mãe, uma ruiva de 1m e 80cm com olhos claros e um sorriso encantador. O pai aparecia na casa dele, não era o homem mais carinhoso do mundo mas estava presente na vida do filho. Ao apreciar as lembranças do ruivo, vi uma cena que me chamou atenção.
Quando Sheamus tinha cerca de 6 anos, estava brincando na sala de sua casa. Era um lugar muito reconfortante, a casa era de madeira antiga, pequena com poucos cômodos e uma sala onde havia um sofá marrom escuro de 4 lugares e uma mesinha de centro. Ken brincava ao lado da mesinha, enquanto sua mãe, Senhora Alanis, conversava com o homem do belo sorriso.
Fui até a cozinha ouvir a conversa mais de perto.
-Alanis, Ken está se tornando um homem de muito caráter e serviço. Desde cedo você tem o educado maravilhosamente bem, mas ainda tarda de contar a ele sobre quem sou e quem ele será.
O homem alto, musculoso, usava uma calça jeans e uma camisa polo preta. Seus cabelos batiam no ombro. Os olhos claros e a sobrancelha esquerda cortada eram charmes inigualáveis.
Ele estava parado em frente a Alanis, que segurava o avental branco enquanto prestava atenção nas palavras dele.
-Eu sei, mas se mesmo eu que já tenho idade ainda me assusto um pouco com sua identidade, imagino como será pra ele saber que o pai é um deus?
UM DEUS?!
-Ele vai lidar melhor com esse fato se o compreender desde cedo. Explique primeiro quem sou, ele vai entender melhor se lhe disser minha forma celta, a que você conhece. Mais tarde, eu tratarei de explicar que essa é apenas uma das muitas que tenho.
Ele se contorceu, olhou para o filho brincando com seus bonecos inocentemente.
-Eu... eu vou dizer. Eu prometo. Só peço para que me ajude, não sei se conseguirei sozinha.
Ele sorriu de leve, segurou as mãos dela e falou calmamente:
-Diga, diga ao meu meu filho que eu sou *Bran, o Deus da guerra.
*Mitologia Celta --> Bran: O "Abençoado", Bran era um dos grandes heróis do ciclo galês. Filho de Llyr, irmão de Manawydan e Branwen. Bran era um gigante, muito mais alto que uma árvore. Ao ser mortalmente ferido na coxa em um combate e, por ser muito grande, pediu que cortassem sua cabeça, que se manteve viva por algum tempo. Bran possuía o Caldeirão do Renascimento, com propriedades de restaurar a vida dos mortos. Associado aos corvos, Bran é o Deus da guerra, da caça e da música.
Amores do meu s2, meu poderosos mais lindos <3 Vim comunicar-los que os próximos capitulos serão sobre como Angel descobriu toda a verdade que a rodeava e todos escondiam dela. Lembrando que o tempo dela agora é diferente das dos amigos. Decidi fazer assim pra vcs conhecerem melhor as personagens e até mudarem de opinião (quem sabe) kk Era isso, espero que estejam gostando e me digam suas expectativas <3 Beijinhos.
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A mais poderosa
General Fiction© Todos os direitos reservados. Plagiar é crime! 3 irmãs abençoadas por divindades. A mais velha foi criada em um laboratório, onde cientistas faziam experiências bizarras com ela. A segunda conviveu parte de sua infância coma mais velha,porém os mé...