Olá meus poderosos, como estão? Angel está próxima de completar o seu destino, será que ela vai ser capaz de suportar as dores ? E Lívia? Será que ela é mesmo tão fria assim? Me contem suas expectativas. E obrigada por seus votos e comentários <3 Vocês são muito legais ! Espero que gostem desse capítulo.
----Narração Maria---
Meu corpo todo doía. Não reconhecia mais a minha irmã... O que Lívia e Martin haviam feito com ela? Fiquei impossibilitada de sequer abrir meus olhos, talvez eu não quisesse...Não só fisicamente falando. Senti uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto, ela queimou como lava. Tentava meditar de todas as formas possíveis para fazer aquela dor passar, mas por mais que me esforçasse, ainda doía o corpo, a mente, a alma.
Comecei a recordar de quando era criança, lembrei do laboratório. Das grades, do cheiro de limpeza, de Lívia... Lívia no chão sangrando, Lívia chorando, Lívia morrendo por dentro...
Base militar japonesa - 2002
Havia acabado de sair da aula de localização histórico-mundial, era uma mistura de história, geografia e táticas utilizadas em guerras. Era meu aniversário de 6 anos, estava tão feliz! Mas não podia demonstrar. Fui para minha cela e Lívia estava brincando com os seus cabelos dourados.
-Queria que meu cabelo fosse bonito e sedoso como o seu, Lívia. -Falei largando meus cadernos do lado de fora da cela, entrando em seguida.
Lívia se aproximou, ela sorria. Tinha o sorriso mais doce e gentil que já vi em toda minha vida, seus olhos eram azuis, tão azuis quanto o próprio céu. Ela se agachou, ficando parada diante de mim. Era incrível, eramos tão parecidas, mas Lívia era pelo menos 6 centímetros mais alta que eu.
-Você é linda. Nunca se esqueça disso, minha pequena Maria.
Maria... Ela escolheu meu nome. Disse que eu era pura e doce como a própria virgem que deu a luz a um menino sagrado. As pessoas que nos cuidavam não costumavam ser muito gentis, elas eram rígidos e até mesmo cruéis.Faziam-nos praticar exercícios nas situações mais adversas, e os homens cochichavam coisas ruins que não entendia na época.
-Elas nem parecem ter 6 anos, olha que corpos incríveis.
-Hoje ficaremos só nós três aqui, talvez possamos ensinar um pouco sobre a vida para essas meninas.
Eles riam e faziam gestos obscenos que não compreendia na época.
Lívia os olhava desconfiada mas fingia estar distraída. Quando eles se afastaram, ela veio a minha direção e se abaixou para olhar nos meus olhos assustados.
-Maria, quero que me ouça atentamente. Se acontecer qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, quero que vá para o canto escuro da cela, fique acocada na beliche de baixo e se esconda o máximo possível. Você me entendeu, Maria?
Olhei para ela com medo, seus olhos estavam quase derramando lágrimas. Lívia era a pessoa mais forte que eu já havia visto. Aqueles homens dos filmes de guerra que assistíamos não chegavam aos seus pés.
-Si-si-sim... Eu entendi. Mana, o que tá acontecendo? Eu tô com medo.
Ela sorriu, tentando conter as lágrimas. Me abraçou e começou a conversar comigo.
-Maria, você lembra da história da Cinderela? Que a madrasta e as irmãs malvadas a maltratavam porque sabiam que ela muito melhor que qualquer uma delas?
-Sim... Você leu essa história escondida e me contou...
-Isso, isso mesmo. Eu quero que você se lembre dessa história, lembre que tudo sempre fica bem no final.
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A mais poderosa
General Fiction© Todos os direitos reservados. Plagiar é crime! 3 irmãs abençoadas por divindades. A mais velha foi criada em um laboratório, onde cientistas faziam experiências bizarras com ela. A segunda conviveu parte de sua infância coma mais velha,porém os mé...