Hold Back The River

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P.o.v. Teddy

- Bruna? - pergunto levantando a cabeça e olhando para ela. As enfermeiras entram no quarto e começam a fazer exames nela.

Sua pálpebra abre e fecha lentamente, ela está muito fraca.

- Peço que se retire para fazermos os exames nela Theodore - diz a enfermeira olhando meu crachá de visitante

- Eu não vou sair daqui.

A mão da Bruna aperta a minha

- Ouça, ela tem três costelas fraturadas e está perdendo muito sangue. Retire-se imediatamente por favor, não quero ter de chamar a segurança.

Mesmo não querendo, solto a mão de Bruna e saio da UTI, esbarro no pai dela no corredor.

- Ela acordou - murmuro

Ele relaxa imediatamente

Aguardo notícias dela na sala de espera, a cirurgia durou quatro horas, quando finalmente acabou, ela já poderia receber visita. Ela já respirava por conta própria e estava acordada, o pior já passou.

Recebi uma ligação de Ashton, ele avisou que faríamos um show em Sidney, pedi para cancelar. Tudo o que eu quero agora é ficar com a Bruna.

Esperei seus parentes visitarem ela para eu passar a noite com a Bruna. Me despedi de seus pais quando eram meia noite, entrei no quarto dela e me sentei na famosa cadeira.

Encosto a cabeça na cadeira, pego meu celular e respondo algumas mensagens.

Olho para ela que dorme profundamente. Levanto a sua camisola de hospital, sua barriga está enfaixada devido às costelas fraturadas, arrumo sua camisola e a cubro com o edredom do hospital.

Acaricio seus cabelos que agora ganharam tons de castanho

- Não posso mais te chamar de loirinha - brinco

Olho para o pequeno sofá encostado na parede

- To vendo que vou ter que dormir alí

A Bruna ganhou um companheiro de quarto, infelizmente ele está em côma e esse maldito bip bip da máquina ecoa pelo quarto.

- Esse buquê estava aqui quando eu cheguei?

Olho um buquê com flores brancas

- É claro que você tem algum pretendente - murmuro cabisbaixo

- Boa noite Bruna. - beijo sua testa e ando até o sofá, deito e meus pés ficam para fora, tento me ajeitar até chegar a conclusão que vou ter que dormir assim mesmo

Fecho os olhos

Bip

Bip

Bip

Ah, puta que pariu de máquina

Me viro e afundo o rosto no sofá

Bip

Bip

Ah, desisto.

Acabo dormindo apenas as três da manhã

No dia seguinte, acordo com o maldito bip, abro os olhos e vejo ela acordada. Me levanto e vou até ela.

- Meu amor - sussurro

Ela se esforça para sentar na cama

- Vai com calma gafanhota

- Essa palavra não existe - ela diz rouca e dá uma risadinha

- Agora existe

- O que aconteceu?

- Tifanny bateu o carro

Ela começa a piscar várias vezes recordando da tragédia

- Por que você está aqui?

- Você quer que eu saia? - devolvo a pergunta

- Sim. - engulo em seco e me levanto

- Você não pode simplesmente sumir da minha vida e voltar de uma hora para outra só porque teve vontade - ela cospe as palavras, sua bochecha está com um hematoma.

- Eu estou aqui agora, e quero cuidar de você

- Mas você matou seu peixe!

- Olha, eu só esqueci de alimentá-lo. Vai se comparar a um peixe? - ela ri, mas estremece de dor

- Dói rir

- Oh dó

- Não me zoe Grey

- Caralho, você ta de TPM?

- Não, eu só sofri um acidente de carro querido!

- Eu também estou ferido

- O que você tem? Hemorróida? - brinca

- Uma garota destruiu meu coração

Ela me olha séria agora

- Vem cá. - vou para mais perto dela, ela me puxa para um abraço. Beijo sua bochecha. - Você pode melhorar né Grey.

- Marrentinha - beijo seus lábios calmamente, nossos maxilares se mexem devagar, é um beijo que transmite paixão e principalmente saudades.

Ted GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora