Ted Grey

Eclipse Lunar

Ouçam a música para entrar no clima, boa leitura. ♥

Pov: Ted

O Eclipse Lunar é um fenômeno raro que acontece poucas vezes no mundo, é uma oportunidade que não posso perder, cada vez que ela olhar para a lua quero que ela se lembre de mim, desse dia. Do dia em que a pedi em namoro.

Eu olhei para fora esta manhã e o sol havia ido embora
Coloquei algumas músicas para começar meu dia,
Me perdi numa canção familiar
Eu fechei meus olhos e escapei.

- De novo. - Thomas ordena.

Ashton bate as baquetas da bateria dando início à música e iniciamos a canção.

Mas minha cabeça têm estado em outro lugar desde que a conheci e agora eu sei o que eu quero.

Eu quero ela.
Toda ela.
Seu corpo e sua alma.
Quero que seja minha.

Quando o ensaio acabou fui dar uma volta pelo bairro, chegando à uma avenida encontrei um cachorro de rua sentado na calçada, magro, e com o pêlo sujo.

- Hey, garoto - digo chamando a atenção dele, o mesmo me olha confuso e vem até mim com cautela.

- Tudo bem amigão? - inicio um assunto como se ele fosse me responder, me equilíbrio em meus joelhos ficando da altura do cão e faço um agrado em sua cabeça, seu rabo balança imediatamente.

- Como você se chama? - pergunto enquanto acaricio suas orelhas, sua barriga.

Não me importo com o cheiro dele.

- Ja sei, Frank! - agora sua boca está aberta e sua língua para fora, está gostando do carinho.

- Harry?

- Que tal Rex? Eu posso chamar você de Rex se você não se importar.

Ele deita pedindo mais, passo meus dedos por seu corpo magro, seu rabo balança mais ainda.

- Você está com fome não é? - pergunto. Posso sentir a movimentação das pessoas apressadas de Seattle passando atrás de mim.

Me levanto e ele se levanta em um pulo.

- Eu vou lhe comprar um lanche, tudo bem?

Checo se trouxe meu dinheiro, passo a mão pelos bolsos da minha calça jeans, yeah. Eu trouxe o suficiente para alimentá-lo.

- Fique aí tudo bem? Eu já volto!

Dou as costas para ele e começo a andar, segundos depois, como um furacão, ele passa por mim correndo e fica de frente para mim latindo e abanando o rabo.

- Hey! Fique aí. - digo novamente, as pessoas passam longe dele como se ele fosse algum monstro, monstros são as próprias pessoas.

Ando novamente e o processo se repete, como um furacão, ele corre até minha frente, aceito ceder à companhia dele.

Andamos até um petshop há duas quadras daqui, o mesmo petshop em que conheci minha loirinha.

- Fique aí, ok? - digo quando estamos em frente ao petshop, entro no local e peço dois potes de comida, um osso médio para ele não ter encrenca com os outros cachorros, e um saco médio de ração, eu compraria mais, só que não sei quando vamos tornar a nos ver novamente para eu enxer seus potes.

No freezer, estampado a palavra "Coca-Cola", abro e pego uma garrafa de água de 1 litro, pago pela compra e pego a sacola.

Ando para fora do petshop e meu companheiro Rex/Harry/Frank está alí, sentado na frente do petshop, esperando, como foi ordenado.

Deixo os potes novos dele na calçada e abro a garrafa de água, despejo a água em um dos potes e ele começa a beber, no outro pote, despejo a ração, deixo o osso junto ao pote com ração.

Ele larga o pote de água e começa a comer.

- Toda vez que você sentir fome venha até aqui, na frente desse petshop, agora eles terão o compromisso de te alimentar, amigo.

Olho novamente para ele, a raça é meio terrier, ele está muito sujo, mas a diferença é que está feliz agora.

Volto a entrar no petshop e vou até a bancada.

- Hmm, você está vendo aquele cão? - pergunto e olho para trás. - Se ele vir até aqui por favor dê água e ração à ele, eu pago por isso.

Giro em meus calcanhares e paro para pensar.

- Na verdade. - murmuro. - Alimente qualquer cão que venha aqui e que esteja passando fome, qualquer coisa ligue para meu pai, ele se chama Christian Grey, vocês combinam o preço depois, mas por favor, só quero que tenha compromisso com os animais que estejam passando fome ou sede.

Deixo o cartão do meu pai em cima da bancada.

- É um ato nobre, você tem um grande coração. - a atendente ruiva diz.

Não, não, não. Eu não tenho coração.

Dou uma piscadela para ela e saio do petshop.

- Tchau amigo! - digo animado, ele pula na altura dos meus joelhos, sorrio em resposta.

Ele volta à sua refeição e eu vou para minha casa, onde um encontro me aguarda.