Laters baby

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Eu não podia ver nada, estava com medo, apavorado.
Eu estava em pé, com uma venda preta em meus olhos e minhas mãos amarradas, estava totalmente vulnerável.
Escutei a porta ser arrombada, e então senti alguém se jogar em meus braços, me abraçando e me enchendo de beijos, reconheci seu cheiro, seu toque, minha princesa...
- Mata esse filho da puta! - disse meu pai, e então um barulho de tiro ecoou pelo local.
Meus pais vieram me abraçar, tiraram minha venda, mas eu estava de olhos fechados, minha mãe soluçou ao ver o corte que estava na minha testa feito pelo taco de beisebol.
- Meu filho! - disse ela entre os soluços.
- Amor, abra os olhos, eu estou aqui, eu nunca mais vou sair do seu lado. - diz a Bruna chorando.
Não, isso não pode ser real.
Abro meus olhos e vejo os olhos azuis da minha princesa lacrimejando, ela me encheu de beijos.
- Vai ficar tudo bem filho, eu prometo. - disse meu pai bagunçando meu cabelo, seu dedo raspou no corte da minha cabeça, estremeci de dor, a Bruna logo se apavorou.
Abraço o melhor trio, afundo meu rosto no cabelo da Bruna inspirando seu cheiro.
Só posso ficar grato, minha família está aqui.
Acariciei a barriga da Bruna, olhei para o lado e vi o homem negro, o alemão e a garota dos olhos verdes no chão, sangrando, pareciam mortos.
Os policiais levantaram eles e os levaram para fora da sala, ao passar por mim o alemão sorriu espontaneamente, era óbvio que estava feliz por mim.

Passei as últimas cinco horas na polícia e no hospital com meus pais e minha namorada, quando voltei para a casa todos da minha família gritaram "surpresa", havia uma faixa escrita "Bem vindo de volta Teddy, nós te amamos".
Me surpreendi com todos eles estarem chorando, minha irmã me abraçou forte, minha tia Mia e Ethan haviam voltado de Paris só para me ver, meus avós estavam aos prantos, Bruna não ousava me deixa sozinho.

- O que ela está fazendo aqui? - perguntei ao ver Elena Lincoln sentada no sofá da minha sala.

- Ela estava muito preocupada com você Teddy, acredite. - meu pai respondeu e minha mãe concordou.

Okay né... cada louco com suas loucuras.

A Elena fez um discurso dizendo o quanto eu fui forte e quanto estava preocupada comigo, minha vó Grace e a Bruna apenas reviravam os olhos. Quando ela terminou, Taylor acompanhou ela até a saída.

O celular da Bruna tocou e ela ficou incomodada em atender na minha frente, já que nas últimas sete horas não saiu do meu lado.

- Tudo bem, pode atender. - falei soltando a mão dela, mas ela pegou de novo minha mão e atendeu o celular.

- Oi pai. - sua voz ainda está afetada. - Ah, desculpa. - olhei para ela. O que ela aprontou? Ela suspirou, no mínimo estava levando uma bronca. - Ta bom, já entendi, eu tenho todos os motivos do mundo para não gostar dele... ta bom, eu também, tchau.

Ela descansou a cabeça no meu ombro.

Lá pelas 21:00 todos os meus parentes haviam ido embora, eu e a Bruna fomos tomar banho juntos, ela chorou rios quando viu um hematoma na minha costela, ela me abraçou forte e chorou no meu peito enquanto a água caía em nós.

- Quando você desligou aquela ligação minha vida acabou. - sussurra.

- Foi muito difícil para mim falar tudo aquilo...

- Nunca mais faça isso comigo

- Hey. - ela me olhou. - Eu prometo.

- Quando vi o vídeo de você desmaiando, eu senti tudo em mim, senti seu medo, sua preocupação, sua dor, senti tudo...

Ela beija meu peito.

- Eu fui para o hospital ontem... - sussurra.

Franzi as sobrancelhas

Ted GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora