Tapas e Beijos

1.4K 84 7
                                    

Meus pés pisavam forte na rua Montemery St. o vento batia no meu rosto, olhei para o arranha-céu de uma empresa e suspirei.

Ela não vai reagir nada bem.

Olhei para um carro vermelho estacionado, provavelmente é o carro dela. Olhei para o vidro e minha amada mexia no celular, abri a porta e entrei, ela sorriu para mim, sentei e fechei a porta, ela me deu um selinho.

- Você sabe dirigir? - perguntei, ela respondeu com uma risada.

- Claro.

- Não me convenceu.

Ela riu alto, coloquei o cinto e puxei ela para um beijo molhado, ela encostou a testa na minha e me deu mais um selinho.

Ela se ajeitou no banco e ligou o som, Ellie Goulding preencheu o carro com a música On My Mind, enquanto ela dirigia, cantou baixinho a música, me surpreendi com a sua linda voz.

- Sua voz é linda. - comentei, e ela ficou sem jeito.

Por fora eu não reagia nada porque não queria magoá-la, mas por dentro eu tava me cagando de medo dela bater esse carro.

- C-calma, ele tem preferência. - aviso quando ela entra na frente de um carro.

- Eu é que tenho preferência!

- E então baby o que você queria falar comigo? - pergunta.

- Eu, hã... minha banda vai fazer uma turnê.

Ela balança a cabeça negativamente mas continua a dirigir.

- O que espera que eu diga? - pergunta, olho confuso para ela.

- Amor, isso é importante para mim. - murmuro.

- Você deveria me dar apoio! Porque a esta altura da minha vida, eu posso estar errada

- Mesmo errada devo apoiá-la? - pergunto.

- É!

- Não posso dizer que está agindo feito louca?

- Não!

- Não? Está bem.

- Você não pode me abandonar a cada instante! Sacrifiquei muita coisa por esse bebê!

- Sacrificou?

- Sacrifiquei!

- Sacrifiquei meu futuro, minha juventude, meu corpo, minha vagina!

- Sua vagina?

- Sim! Ela nunca mais será a mesma.

Reviro os olhos, ela não tira os olhos da rua, estamos indo a 60km/h.

- Tudo bem, sinto muito, vou pagar uma cirurgia reconstrutiva para a sua vagina.

- Sabe de uma coisa? Saia do meu carro. - diz ela freiando o carro.

- O que?

- Apenas saia do carro.

- Não vou sair do carro, estamos no meio do nada!

- Saia do carro.

- Não!

- Este é o meu carro! Saia do meu carro.

- Não, você não pode agir que nem louca, é só uma turnê.

- Saia do carro.

- Não.

- Saia da porra do meu carro! - grita.

Olho para ela, tiro o cinto e saio do carro. Bato duas vezes no vidro.

- Já se acalmou? Posso entrar?

Ela me ignora.

Ela fica tão sexy brava, só de pensar na possibilidade de castigá-la me deixa de pau duro.

- Deixa eu entrar no carro por favor, não faço a menor ideia de onde estamos. - murmuro, ela me olha com repulsa.

- Está bem, pode ir. - digo, ela acelera o carro me deixando para trás, começo a caminhar até a volta para a casa dela.

Se ela acha que vai ficar por isso, está muito enganada.

Ao chegar na casa dela eu estava exausto, ela estava lá com uma amiga, as duas estavam conversando.

- Você... - pausa para respirar. - me fez andar... - estou sem fôlego algum. - 5 quilômetros.

- Por que você não ligou para alguém te buscar, ou para um táxi? - pergunta a amiga intrometida.

- Desculpe, quem é você? - pergunto, ela passa a mão pelo cabelo e ri sem graça.

- Sarah

- Estou sem celular, Sarah, mas obrigado a preocupação, Sarah. - faço um ênfase ao falar o nome dela o que faz ela ficar corada.

É esse o efeito que eu causo nas mulheres baby.

A Bruna me olha da cabeça aos pés.

- Eu não quero falar com você. - diz a Bruna.

- Ótimo, então só escute.

- Deixa de ser babaca Grey

A amiga dela nos olha assustada.

- Eu sou assim.

- Devo escolher mal mesmo meus namorados.

Rio.

- Concordo. - respondo.

- Por que você ta rindo?

- Porque você é muito marrentinha.

- Você não deveria rir, acabei de te chamar de babaca e má companhia.

- E me fez andar cinco quilômetros.

- E fiz você andar cinco quilômetros. - completa.

- Então você me odeia? - pergunto me aproximando dela.

- Não venha com gracinha Grey.

A amiga dela loura e com o cabelo cacheado não tira os olhos de nós.

- E então, você me odeia? - pergunto e puxo ela pela cintura até nossos corpos ficarem colados.

- Sim.

- Então eu também te odeio, mas isso não vai me impedir de te beijar. - respondo e ataco a sua boca, ela geme na minha boca, seus lábios roçam no meu piercing, sua língua encontra a minha, ela coloca as mãos ao redor do meu pescoço e retribui ferozmente meu beijo.

- Vocês são tão estranhos. - diz a amiga dela rindo.

Ted GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora