Final - Parte 1

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Pov Bruna

Enfim cheguei ao último mês de gestação!

Meu guarda roupa tinha ganhado uma nova dona, ela ocupava a maior parte dele, eu estava feliz, mas não era aquele conto de fadas, eu não estava recebendo tanto apoio.

Meu chá de bebe foi no oitavo mês, foi divertido, meu quarto havia ganhado uma montanha de fraldas. Eu já tinha escolhido o nome da minha filha, minha barriga estava enorme, apesar de tudo eu tinha que estar feliz.

Toda a noite minha filha me acordava chutando minha barriga, havia virado uma rotina, todo o dia, no mesmo horário ela me acordava e eu ficava conversando com ela por horas.

Eu parecia retardada falando sozinha, mas jurava que ela entendia e sua resposta era literalmente um chute.

Já estava tudo planejado, como eu não poderia viajar enquanto estivesse grávida minha filha nasceria americana, mas aos dois anos eu levaria ela para o Brasil, lá é o meu lar.

O meu quarto ganhou um aspecto novo, ele parecia mais um quarto só de bebê do que o meu quarto, mas tudo bem, nessa fase da minha vida eu não ligo para mais nada que não seja a minha filha.

Não fiquei mais sabendo do Teddy, a única coisa que eu sabia é que ele estava ficando cada vez mais famoso, enfim, ele me usou e me abandonou, nunca veio me procurar para saber da filha, ele deveria ao menos engolir o orgulho e vir perguntar sobre a filha invés de me evitar.

Hoje eu e Ashley iríamos ao cinema assistir um filme de suspense super recomendado pelas minhas amigas.

Estávamos andando até o shopping quando eu parei de repente e senti uma dor me rasgar por dentro.

- Amiga? - perguntou Ashley.

- Ai meu Deus, acho que minha bolsa estourou!

Ela olhou para o chão e ficou apavorada.

- Puta merda, Estourou! Ai meu Deus, vamos para o hospital! MINHA AFILHADA VAI NASCER! - gritou a última frase.

Andamos para o seu carro, o trânsito estava péssimo, a Ashley tentava me acalmar, mas ela estava apavorada.

- Respira

- DIRIJA MAIS RÁPIDO! QUER QUE NASÇA NO SEU CARRO?

- Calma calma, respira. - ela me deu um saco.

- Eu vou vomitar

- Por quê?

Apertei forte o encosto do banco do carro quando senti outra contração.

Chegamos no hospital e me levaram para a sala de parto, a Ashley avisou meus pais e entrou junto comigo.

- Aperta minha mão, tá? - disse ela sorrindo para mim, peguei na mão dela, eu já estava de camisola e deitada numa maca com duas médicas em volta.

- Não era para ser assim! - disse com os olhos fechados, contendo a dor. - O Teddy devia estar aqui! Ele pode até não gostar de mim, mas ele tem que ter consideração pela filha!

- Eu sei amiga... tentei ligar para ele, mas só chamava.

A dor estava me rasgando por dentro.

- Tudo bem, já esta pronto para nascer, faça forca agora. - disse a médica que estava no meio das minhas pernas, é um pouco vergonhoso.

- Vai Bru, você consegue! - disse Ashley, eu apertava a mão dela com força. - Esquece o Teddy e foca na sua filha!

- Ele deveria estar aqui comigo! - disse enquanto fazia força, a médica nos olhou torto.

- Ele é um babaca inútil, você sempre soube disso! - respondeu Ashley .

Eu fazia força enquanto a médica e a Ashley buzinavam no meu ouvido, as contrações vinham mais fortes.

Eu odeio ele
Eu odeio o Teddy.

Após vinte minutos nessa tortura a médica se pronunciou.

- Não, não vai dar - disse a médica. - Pegue a anestesia, vamos fazer cesárea.

Aplicaram uma anestesia na minha coluna, a Ashley tapou meus olhos.

Senti um arranhão um pouco abaixo da minha barriga e então escutei o choro da minha filha.

A Ashley tirou a mão dos meus olhos e eu pude ver a minha bebê, estava de olhos fechados, chorando. Limparam o sangue dela, enrolaram no cobertor rosa que eu havia comprado e colocaram ela no meu colo.

Beijei sua delicada cabecinha, senti as lágrimas encharcarem meu rosto, ela tinha pouco cabelo, era loirinha.

[...]

Ficamos três dias no hospital, agora eu tinha uma marca, uma cicatriz abaixo da minha barriga, recebi oito pontos, mas isso era o de menos, chorei junto com a minha filha quando ela tomou as primeiras injeções, agora eu estava aqui, assinando a certidão de nascimento.

- Aqui você coloca o nome. - disse a enfermeira me orientando.

Pensei mil e uma vezes antes de assinar o sobrenome. Grey? Ela merece ter esse sobrenome?

Ele é o pai dela, independente de qualquer coisa...

Assinei:

Eduarda Corine Grey

[N/A: Segunda Temporada está chegando]

Ted GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora