Final Alternativo. Parte 3

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- Quantos anos você tem? - perguntei e olhei para ela.

- Ah... Eu sou de menor. - franzi minhas sobrancelhas.

- E eu sou de maior. Isso significa que sou responsável por você até chegarmos na ferroviária.

- Você ta chato igual ao meu pai. - ela respondeu, ri e olhei para a estrada.

- Eu fugi de casa.

Olhei para ela.

- Por quê?

- Sabe aquela locadora em que estávamos? Então, era para o Justin Bieber estar lá, mas ele não compareceu...

Essa garota é irresponsável.

Ela suspirou.

- Você é casado?

- Não. - mas tenho uma submissa, isso conta?

Aliás, o que Angie diria sobre essa pequena garota?

Certamente ela daria uma boa submissa, cabelos castanhos, olhos azuis, ela é bonita para uma garota da sua idade.

Mas pedofilia não é a minha praia.

- Você trabalha em que?

- Sou empresário.

- Ah.

- Ligue para seus pais, devem estar preocupados.

- Você é sempre controlador desse jeito?

- A questão não é apenas controle. Eu sempre tenho tudo do jeito que eu quero, emprego pessoas todos os dias e administro empresas falidas, isso me faz ter uma noção de responsabilidade. Então sim, gosto de estar no controle.

Ela pegou o celular e ligou para os pais.

- Oi pai, sou eu. A mãe ta aí?

- Eu sei pai, desculpa. Mas eu queria ver o Justin!

- Eu sei que você é amigo do Justin, mas eu queria ser independente uma vez na vida poxa, desculpa pai.

Parei num posto de gasolina e esperei abastecer.

Deixei minha cabeça cair para um lado e olhei para ela.

- Oi mãe

Saí do carro e entrei na loja de conveniência, paguei a gasolina pelo cartão e comprei um panetone. Não da para eu chegar em casa de mãos vazias.

Voltei para o carro e coloquei a sacola com o panetone no banco de trás, fechei a porta, peguei a chave do carro e o liguei.

- Ta mãe, vou passar pra ele.

Ela me entregou o celular, olhei confuso, seus olhos imploravam para mim ajudá-la. Peguei o celular e o encostei no ouvido enquanto dirigia.

- Alô.

- Como assim você está dando carona pra minha filha?

Era uma voz doce e até mesmo sedutora.

- Ela me pediu carona até a ferroviária.

- Por favor... - ela não conseguiu completar a frase.

- Confie em mim, sou um pai de família também.

Ou quase.

- Por favor cuide da minha filha.

- Pode deixar senhora.

- Senhora? Fique sabendo que tenho 29 anos!

Ted GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora