Ted Grey

2° Temporada (Prólogo)

Pov Teddy

Entrei em um site de uma fã e sorri quando vi uma foto minha com algumas características.

Nome: Teddy Grey
Idade: 19 Anos
Profissão: Cantor/Guitarrista
Animal Favorito: Pinguim
Cor Favorita: Verde
Cidade Natal: Seattle
Relacionamento: Solteiro
Nota: Famoso por seus olhos azuis e o piercing no lábio.

- John, ela errou a minha cor favorita. - ri alto, estava com meu assessor na linha. - Por isso prefiro o Wikipédia, lá eles não erraram.

- Qual a sua cor favorita? Rosa?

- Eu não ia nem falar nada né mas já que você tocou no assunto. - brinquei.

- Qual seus planos para hoje?

- Vou para o Brasil, minha ex está lá, quero conhecer a minha filha.

- Você tem filha?

Ri alto.

- Sim, ela tem três anos, turnê após turnê e eu ainda nem cheguei a conhecer ela.

- Então vai lá e aproveita, e vê se arruma namorada logo porque já estão te chamando de gay.

Comecei a rir.

- Tô esperando a pessoa certa.

- Então você vai morrer solteiro.

- Cala boca Johnny. - ri.

Encerrei a ligação e passei a mão pelo meu cabelo.

Sim, passou três anos desde que saí de Seattle, minha agenda nunca esteve tão lotada, hoje tudo o que eu quero é conhecer o meu bebê.

Acho que não haverá remorso com a Bruna, eu mal lembro como ela é. Acho que o que tivemos foi um relacionamento de adolescentes, morreu no passado. Eu não sinto absolutamente nada por ela, eu dei seu tempo e acabei esquecendo ela junto com um monte de problemas, fui irresponsável por não conhecer minha filha, mas não podia fazer nada, estava muito ocupado. Em dois anos, agora é o momento para descansar e relaxar.

A fama nunca esteve tão grande, fizemos uma turnê mundial divulgando nosso novo disco, que foi um sucesso. Eu amadureci, e agora me admiram pelo meu talento, e não porque sou filho de um CEO.

Eu também não tive tempo para namorar, foi tudo muito corrido, tudo o que eu queria no final dos shows era dormir, não havia folga, não havia sábado ou domingo, todos os dias eram segunda-feira.

Minha última namorada foi a Bruna, e como disse, mal lembro da sua personalidade e da sua aparência.

As pessoas costumam a me chamar de maníaco por controle, zzz.

Eu não quis largar o colégio como Michael fez, eu estudei em casa, em New York e hoje já estou formado.

Eu fui pai muito cedo, não estava preparado, eu era inexperiente demais. Agora tenho 19 anos, já tenho uma ideia fixa, uma carreira, uma vida e não um conto de fadas.

Disquei e liguei para o número da Bruna que ela havia me passado pelo Facebook, ela me avisou por meio da rede social o sexo do meu bebê também. No terceiro toque ela atendeu.

- Alô. - Uau, havia esquecido que sua voz me seduzia.

- Oi, aqui é o Ted. Só liguei para avisar que estou indo para o aeroporto agora, provavelmente eu chegue de noite.

- Tudo bem, estamos te esperando.

- Ela... - não consigo completar a frase. - Ela sabe que tem pai?

Ela dá uma risadinha.

- Sim, ela sabe.

- Qual é o nome dela?

- Eduarda.

Uau, é um lindo nome.

Cocei meu cabelo, é uma situação muito difícil porque a Eduarda deve achar que sou um monstro ou algo do gênero.

- Tá, nos vemos à noite. - murmurei enquanto acabara de dobrar uma peça de roupa.

- Até. - sua voz é doce e sedutora ao mesmo tempo. Encerrei a ligação e chequei a bateria, estava em 70%, não precisaria mais carregar hoje, já que no trajeto de Miami até Brasil seria longo e ele ficaria desligado.

Fechei a mala preta e deixei ela junto com minha mala de academia da Nike, da qual eu estava levando algumas peças de roupas e objetos pessoais.

Andei até a sacada da minha casa em Miami e olhei para a praia. Dentre todas as minhas casas, essa é a minha preferida. Aqui eu posso me sentir em paz, apenas escutando o barulho do mar, das ondas... e então posso olhar para o horizonte e ver um lindo céu azul.

Eu estava fazendo academia, acordava todo o dia as seis da manhã tirava uma hora por dia para correr, eu já não era mais aquele magrelo de quinze anos que mal sabia lidar com os hormônios em fúria, eu era um adulto com uma nova perspectiva.

Meu celular vibrou anunciando uma mensagem, era a Bruna com o endereço da sua casa em Curitiba.

Tomei coragem, peguei minhas duas malas e dirigi até o aeroporto de Miami.

No aeroporto, os paparazzis de plantão me fotografaram, flashes e mais flashes. Normalmente eu me irritaria, mas hoje eu estou feliz.

Feliz porque irei conhecer minha filha.
Feliz porque irei ver a garota que conquistou meu coração por dois anos.

É, até que a vida não é uma droga como parece.