Seu filho está nas nossas mãos

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15:56

- Ralph ligue a câmera. - gritou a garota, um homem grande e com traços de alemão surgiu com uma câmera. - Sorria bonitão.

Abaixei minha cabeça, ela deu uma risada maléfica.
O lugar estava escuro, fedia a esgoto, a garota dos olhos verdes me puxou para frente pela camisa fazendo a cadeira onde eu estava amarrado se mover.
- Agora me dê o celular.
- Não.
Ela fechou os olhos e tornou a abrir, pegou o celular do meu bolso e o mostrou para mim.
- Diga a senha.
- Não.
Ela olhou as notificações da tela inicial e sorriu.
- Parece que sua namoradinha já sentiu sua falta.
Fiquei tenso momentaneamente apertando a corda que amarrava meus pulsos.
- Diga a porcaria da senha, senão eu mesma irei descobrir e então vou escrever algumas verdades para sua namorada.
Tentei soltar minhas mãos mas quanto mais eu puxava a corda mais machucava meus pulsos, estava com medo, raiva, poderia explodir a qualquer instante.
O homem alemão colocava a câmera perto do meu rosto, olhava para o chão, sentia o sangue escorrer da minha cabeça que foi brutalmente ferida.
A garota me puxou pela gola da camisa me fazendo olhar para ela.
- Torne isso mais fácil, diga a senha.
Olhei para ela, um homem moreno encostou a ponta do taco de baseball na minha cabeça.
- Você pode até me matar, mas eu não vou deixar você magoar a minha namorada em meu nome.
- Apaga ele Ryan. - disse ela friamente, senti então o taco de beisebol bater na minha cabeça, a dor era tanta que apaguei imediatamente.

17:23

Acordei e estava tudo vazio exceto pelo fato do grandalhão estar me filmando, minha cabeça doía, eu sentia que estava cortada pois latejava a ponto de eu não aguentar mais. O alemão pegou um walkietouk e disse que eu havia acordado, logo apareceu a garota e seu manda chuva com o taco na mão.
- Agora diga a senha.
O homem pressionou o taco na minha nuca.
Fechei os olhos contendo a dor.
- 2206 - murmurei.
É a data que conheci a Bruna.
A garota sorriu e desbloqueou o celular, colocou na câmera e começou a gravar.
- Vídeo exclusivo bonitão, esse nós vamos mandar para a sua família.
Olhei para baixo.
- Ah que isso, mostre seu rosto, mostra sua dignidade.
Assim que ela mandar esse vídeo irão rastrear meu celular e me encontrarão.
Ela pegou no meu queixo e ergueu minha cabeça.
- Ta vendo Christian Grey? Seu filho está machucado e vamos machucar ele mais ainda, vamos bater tanto nele que esse rostinho bonitinho vai ficar deformado.
Ela soltou meu rosto, olhei para o chão.
- Seu filho está nas nossas mãos, quanto ele vale para você?
O homem moreno que segurava o taco colocou uma máscara de anonymous.
- Quer falar com o seu papai?
Ela focou a câmera em mim.
- Vá para o inferno sua vadia. - murmurei.
- Apaga ele. - disse ela calmamente, o homem com a máscara de anonymous acerta o taco de madeira na minha testa, perco os sentidos, minha cabeça começa a latejar, minha visão fica embaçada até eu ir desmaiando aos poucos.

20:08
- Achei que você não ia acordar. - disse ela sorrindo. - o vídeo foi mandado para o grupo da sua família onde tem 30 membros. Seu celular... - ela mostra os restos do meu celular destruído, o chip queimado, a tela do celular trincada e o celular em sí destruído.
- Mas não se preocupe, vai sobrar um pouco de dinheiro para seu pai rico comprar um celular novinho para você seu playboy. O que eles querem é só tirar alguns milhões da conta dele.
Ela olha para seus comparsas e me puxa pela gola da camisa.
- Já eu, o que eu quero é falir o Christian Grey, eu vou pegar tudo o que é dele.

Ted GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora