Ted Grey

Quarto vermelho da dor

Olho perplexo para a fotografia tentando entender os fatos.

Não perca o controle, Ted.

Isso não significa nada...

Porra! Qual a graça de amarrar mulheres e expôr elas dessa forma? Sou filho de um monstro! Estou com raiva, prestes a explodir. Jogo com força o álbum no chão espalhando as fotos pelo piso, saio como um furacão do quarto, olho para a porta da qual meu pai não me deixou entrar

- PORRA! - grito dando um chute na porta, desconto toda a minha fúria na porta, no terceiro chute ela se abre.

Antes de entrar olho se tem alguém no corredor, a barra está limpa.

Entro no cômodo e o cheiro de mofo me atinge, acendo a luz.

Que porra é essa?

É um quarto vermelho, com uma cruz de madeira, chicotes, açoites, algemas, entre demais objetos. Olho assustado para tudo aquilo.

Com o coração a mil ando pelo quarto, olho inseguro para os objetos de tortura

- Teddy! - diz meu pai, olho para ele com total nojo. - Você... você - ele não consegue terminar. - Eu posso explicar

- Você é um sádico! - grito, enojado

Seus olhos estão fixos em mim, ele está com os olhos arregalados, seu nariz está vermelho e sua pupila dilatada

Mostre a merda do homem que você é Christian Grey.

- Eu era um dominador. - diz como se fosse a coisa mais normal do mundo. ISSO ESTÁ LONGE DE SER NORMAL!

- Você fazia isso com a ma... ah meu Deus! - um flashback nojento passa pela minha cabeça da minha mãe nesse quarto do horror

- Teddy, por favor. - ele tenta se aproximar de mim, ando para trás

Bato minhas costas em uma... cama? Me viro e vejo uma cama vermelha do estilo "Oi, eu sou sádico. Quer entregar seu corpo à mim?"

Céus, estou contendo o choro. Eu nunca choro. Mas aconteceu tudo tão rápido!

- Me deixe explicar... - ele pede - Eu larguei dessa vida Teddy

Faço um sinal com a mão para ele parar de falar

- Já ouvi o suficiente. - murmuro com a voz por um fio, minha cabeça se define à "Por quê?" Não consigo pensar em mais nada que não seja isso.

As fotos, o quarto... parabéns Teddy você é filho de um sádico.

Olho claramente magoado, afetado, traumatizado...

- Você pode ser meu pai, mas nunca será meu amigo. - digo e saio dalí o quanto antes

- TEDDY! - grita ele. Não quero desculpas ou explicações. Como vou olhar para minha mãe agora? Minha vida não será mais como antes, e isso me deprime...