Ted Grey

Final - Parte 2

Pov Teddy

Passou cinco meses após meu desentendimento com a Bruna, muita coisa aconteceu, infelizmente tive que mudar meu status no Facebook para solteiro, era o fim, ela separou nossos leões.

Não mantive contato com ninguém, a turnê havia acabado mais cedo, mas eu recusava a sair de Nova Iorque, aqui agora era meu lar, o lar dos rejeitados.

Acho que estou sendo depressivo quanto a isso, pelo menos é o que o velho Dr. Flynn e meus remédios dizem, tem dias que eu fico ansioso sem motivo, outros dias fico em depressão, minha vida está uma merda.

Eu ando em uma estrada solitária
A única que eu conheci
Não sei até onde ela vai
Mas é um lar para mim e eu ando só

Eu caminho por esta rua vazia
Na avenida dos sonhos despedaçados
Onde a cidade dorme
E eu sou o único e ando só

Estou andando na linha
Que me divide em algum lugar na minha mente
No limite da margem
E onde eu ando sozinho

Leio nas entrelinhas do que
Está arruinado e o que está tudo bem
Checo meus sinais vitais para saber se ainda estou vivo
E eu ando só

Eu ando só

Minha sombra é a única coisa que anda ao meu lado
Meu coração superficial é a única coisa que bate
As vezes eu desejo que alguém lá fora me encontre
Até isso acontecer, eu ando só.

Para piorar hoje é terça-feira, o pior dia de todos, na verdade eu passei a odiar todos os dias.

E como se não bastasse eu tinha que ver todos os dias a porcaria da tatuagem do leão nas minhas costas.

Eu até tentei ter algo com a Ariana, mas não conseguia porque a voz fofa da Bruna ecoava na minha cabeça dizendo: não faça isso.

No momento estou num teatro tocando um acústico de uma música, eu consegui o que queria, consegui ser famoso, mas tive que abrir a coisa mais importante da minha vida para isso acontecer.
Abri mão da Bruna.
E agora eu quero de volta.
Eu quero ela de volta.

- Pessoal, esse foi Theodore! - disse um rapaz careta de terno e gravata parecendo meu pai, só que de classe média. Eu terminei a canção e fui aplaudido pela platéia.

Eu costumo olhar sempre para cada fileira da platéia, tenho esperanças que um dia a Bruna resolva me assistir, e então eu poderia ver sua barriga de oito ou nove meses.

Queria poder acompanhar a gestação dela, não sei o sexo do bebê, não sei como ela está, a única coisa que eu me lembro são o barulho dos batimentos do bebê, o que é música para meus ouvidos.

Saí do teatro, NYC estava um dia péssimo, estava chovendo pra caramba e eu estava sem guarda chuva.

Ótimo, vou ficar doente. E o sarcasmo ganha outra vez.

Andei pelas ruas de cabeça baixa para me molhar menos, atravessei a rua e um carro buzinou para mim.

Me atropele seu babaca, que meu pai tira até seu sobrenome.

Olhei direito para o carro e me surpreendi com o motorista.

O que diabos ele está fazendo em New York?

Era Steve, ele fez um sinal com a mão e eu entrei no carro.

- Quem morreu? - brinquei.

- Sua paciência. Turnê mundial vem pela frente.

- Turnê mundial? - engasguei.

[N/A: A primeira temporada acabou, quero agradecer a todos pelo carinho e paciência, e já prometo que a segunda temporada vai arrasar!]