Regina estava adormecida ao meu lado, seus feições eram suaves como a de uma criança, os cabelos jogados para o lado e a posição fetal em que se encontrava mostrava o quanto era vulnerável. Seus lábios estavam entreabertos, os olhos profundamente fechados uma mão embaixo do travesseiro e a outra por cima, o robe não se encontrava mais na mesma posição ele revelava seu ombro e o bojo de seu sutiã - uma cena divina - nossas roupas estavam jogadas pelo quarto evidenciando algo que não chegou a acontecer. Levantei-me coloquei minhas roupas de ontem e desci para a cozinha, ela mantinha tudo perfeitamente organizado, tive um pouco de receio de mexer em suas coisas como era muito desastrada poderia quebrar algo. Abri a geladeira e vi o que Regina tinha, leite, suco, ovos, bacon, alguns tipos de queijo e frutas - perfeito - achei algumas fatias de pão e fiz algumas torradas, procurei também por café, não podia começar mais um dia sem o milagre que a cafeina faz em meu corpo. Deixei tudo arrumado na mesa e subi para ver se a morena já havia acordado. Abri a porta de seu quarto com cuidado, ela ainda dormia tão profundamente como antes, caminhei até encontrar seu rosto e sentei-me na poltrona ao lado da cama, poderia admirá-la para sempre se assim fosse possível. Olhei para o robe que Regina me obrigara a vestir, sorri ao lembrar da cena, ela era tão mandona e isso me irritava mas ao mesmo tempo me divertia com seus ataques de histeria. Regina se mexeu, talvez procurando um conforto maior e continuou a dormir, queria poder ler seus pensamentos e saber o que se passava naquela cabecinha tão complicada queria saber quais eram os motivos para que não pudéssemos ficar juntas o que nos impedia porque se for meus pais, eu não me importo, se eles realmente me amam vão entender mas sinto que não é isso e tenho medo que seja uma coisa tão ruim que me faça sentir ódio dessa mulher que a cada dia amo mais. Fiquei sentada na poltrona a olhando por mais duas horas e ainda não havia cansado de observá-la, o café com toda a certeza já esfriara mas não me importava, percebi o quanto as palavras que disse eram verdadeiras eu realmente a amava e lutaria por ela o quanto fosse preciso, sei que parece clichê, mas não abandonaria Regina ainda mais agora que não sabemos onde Henry está, e isso me deixa aflita, não saber se ele está bem. A morena se mexeu mais uma vez e dessa vez abriu os olhos ainda com um pouco de dificuldade, arrumando a confusão em seu cérebro que normalmente temos ao acordar, examinou o ambiente e enfim pousou o olhar na poltrona onde me encontrava, aparentemente me olhou confusa e logo em seguida abriu um sorriso. Retribui com a mesma intensidade.
- Emma - sua voz manhosa aqueceu meu coração.
- Isso são horas de acordar prefeita? - olhei para o relógio em meu pulso.
- Que horas são?
- 10:40
- Droga - levantou em um impulso arrancando o resto do robe que cobria seu corpo - Por quê não me acordou, Emma?
- Por que te acordaria? Você tava dormindo tão gostoso, tava tão maravilhosa que fiquei aqui só te observando.
- Emma, é sério tenho assuntos pendentes para resolver na prefeitura e ainda temos que arrumar um jeito de encontrar nosso filho. - meu coração pesou no peito ao ouvir Regina dizendo que temos que o encontrar, isso definitivamente não poderia ser adiado.
- Você tem razão, Regina. Temos que encontrar nosso filho.
- Tudo bem, vou me vestir - ela parou para me olhar - Se quiser pode ir.
- Não, eu te espero. - ela sorriu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Permita-se sentir
Fanfiction"E no brilho daqueles olhos verdes, eu soube que havia encontrado a felicidade" Após tantos anos, Regina ainda lamenta a morte de seu primeiro amor, e não acha que será capaz de amar novamente. Até que em uma noite Emma a beija. Um ato inesperado ma...