Nova York, quase lá

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"Lembranças da Floresta Encantada. Uma Rainha que possuía um negro coração no interior de seu castelo."


Na penteadeira havia vários frascos de ingredientes para realizar poções. Regina estava sentada segurando uma taça sobre a mesa. Enquanto se encontrava em um estado de pensamento profundo - analisando e absorvendo tudo o que acontecerá a pouco -, mexia o misterioso líquido com a outra mão. Ouviu passos vindos em sua direção. Não se deu ao trabalho de olhar para o espelho a sua frente, continuou encarando a taça, sabia exatamente quem era: Cora, estava a sua espera.


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When the days are cold

(Quando os dias são frios)

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- Então, como foi? - indaga antes mesmo de a alcançar - Ele não está aqui ainda, está? - perguntou olhando ao redor.


- Oh, mas ele está... - Regina movimenta uma mão para o outro espelho que estava ao seu lado, ainda encarando a taça - Ele queria ver o calabouço. - diz irônica, e imagem do homem pendurado pelos pés de cabeça para baixo, aparece no espelho.


- Oh pelos céus, você está tendo uma crise de mau humor... - Cora realiza o mesmo movimento tirando a imagem do espelho - Pronto ele está em casa agora, coitadinho.


- Por que o libertou? - Regina desvia sua atenção do objeto em mãos, e a encara através do espelho furiosa - Você não quer que alguém sofra pelo o que você fez?... Como sempre. - diz a última frase mais para si mesma do que para sua mãe.


- Eu não estou entendendo, pensei que vocês estivessem se acertando. - Regina suspira pega a taça e se levanta, parando a sua frente.


- Bem, eu não tive muito amor em minha vida. Porém... eu sei... Aquilo não é como uma "alma gêmea" deveria ser. - após terminar a frase, afasta-se de sua mãe andando próxima a lareira.


- O seu chamado, "alma gêmea", é um homem casado e moralizante sem graça. O que eu achei é muito melhor.


- Você nunca esteve interessada na minha felicidade.


- Você nunca será feliz, você não sabe como. - aproximasse da filha - Mas você entende sobre poder, e você está prestes a perdê-lo. Seu povo quer que a Branca de Neve seja rainha e a não ser que você comece a construir uma dinastia, ela tomará o reino, e você perderá tudo.


- E quando eu morrer de uma doença misteriosa, você será o poder ao lado do trono da criança, certo? - a encara, quando já estavam próximas novamente - Bem, advinha mãe - ergueu a taça para que a mulher a visse - Eu descobri um jeito de impedir que isso chegue a acontecer.


- O que é isso?


- Uma opção. - diz analisando o conteúdo - Para tirar de você sua reivindicação futura da família real.

Permita-se sentirOnde histórias criam vida. Descubra agora