Olhe quem está a sua porta

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No dia seguinte acordei ainda com o celular ao meu lado, o peguei olhando as inúmeras ligações e mensagens que havia deixado para Regina, tive a esperança de que ela talvez tivesse me respondido, mas não respondeu. Decidi não insistir, dar esse tempo a ela, para pensar colocar as ideias no lugar. Eu realmente queria poder lhe explicar tudo mas sabia que a única coisa que ganharia seria uma porta quebrando meu nariz, não estava afim de ariscar.


Levante-me tomei um banho e me vesti, dei por falta de minha jaqueta vermelha, já tinha revirado a casa inteira só então percebi que poderia ter deixado na casa de Regina - é, com toda a certeza está lá.


- Procurando por algo, minha filha?


- Não, pai, está tudo bem, já encontrei. - disse lhe mostrando a escova de cabelo que estava em minhas mãos. - E Lili já acordou?


- Sim, ela desceu e perguntou de você - tomou um gole de seu café - Você não tinha acordado ainda. Ela está lá no quarto de hospedes.


- E mamãe?


- Dando banho em Neal.


Não respondi, me aproximei pegando uma xícara e me servindo com o líquido dos deuses, tomei um gole senti a sensação prazerosa ao engoli-lo e logo em seguida meu corpo relaxando. Decidi subir pra falar com Lili, bato em sua porta.


- Entre.


- Oi - disse colocando minha cabeça na porta entreaberta.


- Oi, Emma.


- Posso entrar?


- Claro.


- Dormiu bem? - sentei-me na cama.


- Pode-se dizer que este colchão é maravilhoso, mas a fada do sono não veio me visitar está noite, e você dormiu bem?


- Não da forma como queria.


- Regina. - afirmou.


- Sim, Regina. Ela não me respondeu nenhuma mensagem, e não retornou nenhuma ligação, já estou preocupada. - suspirei - E se ela fez algo que não deveria? Pode não parecer mas ela é muito sensível.


- Regina sensível? - gargalhou - É difícil mesmo de crer, mas eu acredito sim, minha mãe disse o mesmo.


- Sua mãe?


- Sim, elas tem longas datas de "amizade" - disse fazendo gestos de aspas - Se é que você me entende.

- Não, como ass.. - meu queixo caiu, levei uma mão a boca - Meu Deus, não acredito. Regina e Malévola... Não..

- Sim.

- Cristo.

- Pois é. Elas se conheceram quando ainda eram muito novas, ficaram amigas, muito amigas, então essa amizade se aprofundou, viraram amigas com benefícios - me lançou um olhar malicioso - E então "namoradas".

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