Permita-se sentir

Minha Zelena

Olha só quem já está de volta, isso mesmo eeeeeeeeu!!! O aniversário é meu, mas quem ganha presente é vocês.

Relevem os erros, só revisei até a metade.

Ps: ocorreu um errinho. É quarto aniversário, não vou falar muito para não dar spoiler.

Ps2: Mais uma vez obrigada, loira_swan por me avisar.

Não muito tempo depois de Mary ter saído de minha casa, a campainha toca novamente. O dia realmente estava agitado, estava começando a achar que a cidade inteira resolveu vir me visitar, não havia outra explicação.

Caminho em direção a entrada, respiro fundo. Poderia talvez ser Robin, e eu torcia internamente para que não fosse. Ainda não suportava ver a cara daquele homem.

Quando a abro, encaro os pares de olhos castanhos bem conhecidos por mim.

Não tive reação.

Um sorriso borda em seus lábios.

- Não vai me convidar para entrar? - Cora pergunta ainda com um sorriso para logo encarar meu ventre.

Sem dizer nada, lhe dou passagem, fecho a porta logo após. Seus olhos atentos analisam tudo ao redor, tocando algumas coisas com a ponta dos dedos.

- Você sempre teve bom gosto com decorações, Regina - Vira-se para mim - Bela casa, as cores combinar perfeitamente com a sua personalidade.

- Tenho certeza que não veio aqui para conversarmos sobre a decoração de minha casa ou sobre minha personalidade.

- Você está certa. - diz ainda olhando tudo ao redor - Posso? - pergunta apontando em direção as bebidas que ali continham.

- Vá em frente. - faço um manuseio com a mão.

- Vim aqui para conversarmos. - diz enquanto enchia um pequeno cálice com cidra - De maçã, não é? - pergunta - Sua preferia? - estende o cálice em minha direção.

- Sim, mas não. - digo negando com a cabeça.

Ela olha pela segunda vez para o volume do meu ventre, como se na primeira já não tivesse percebido.

- Oh, me desculpe, esqueci que está grávida - toma um gole do líquido. - Você também está muito bem. Mas saiba que não durará muito, ficará horrenda de gorda - reviro os olhos com seu comentário depreciativo - Bom, vejo que está levando a sério essa gravidez.

- O que quer que eu faça? Jogue a criança no lixo quando nascer?

- Não me surpreenderia vindo de você, Regina. Lhe conheço, sei do que é capaz, sem falar de seu belo histórico.

- Você não me conhece, Cora, não mais, talvez nunca tenha me conhecido de verdade. Na realidade, nunca se preocupou em conhecer, não é?

- Ora, quanto melodrama. Você continua a mesma, Regina, não podemos mudar quem somos. - sentou-se na poltrona, enquanto a  acompanhava com o olhar, mantendo uma distância segura - Não importa o quanto diga que mudou. Você sabe. Em seu peito ainda bate o mesmo coração que... agora, talvez não seja tão negro - disse desdenhando - Mas que um dia já foi. - a fitei semicerrando os olhos - Não me olhe desta forma, sabe que estou certa. - molhou mais uma vez os lábios no cálice.

- Por que veio? Sabe que aqui não encontrará seu coração e muito menos o colar. E nem perca seu tempo tentando entrar em meu cofre com o sangue de meu filho, agora somente eu posso destrancá-lo.

- Seria tão fácil pegar uma gota de seu sangue. - curvo meus lábios sorrindo com descaso.

- Não seria, você sabe.