- Rumplestiltskin! Rumplestiltskin!
Emma acordara cedo naquele dia, saiu do Castelo e seguiu em direção à floresta. Sua voz ecoava ao redor, junto com o canto dos pássaros e a movimentação das folhas nos galhos das imensas árvores, que se agitavam cada vez mais com o vento. Os primeiros raios solares penetravam entre a vegetação, reproduzindo lindos feixes de luz que se contrastavam no meio das tantas sombras, causadas pelas copas. Emma seguiu mais adiante, parou, olhou, girou o corpo e observou por mais alguns instantes.
Nada.
Caminhou até um tronco de árvore que estava ali - provavelmente alguém o cortara - e sentou-se na madeira. O que ela não sabia e ninguém contava, era que esses troncos geralmente estavam umidos e em estado de apodrecimento, não se importou e continuou sentada. Sua mente vagueava em uma dimensão penetrada somente por ela, as esperanças na medida e intensidade que se elevaram, também abaixaram, Ruby havia lhe dado uma luz, uma chance, se existia alguém que poderia lhe ajudar, esse alguem era Gold. A loira tinha quase certeza - quase ao ponto da mesma certeza de que era uma Salvadora - que o homem se lembrava de tudo, e até mesmo estivesse envolvido em toda essa história, Emma decidiu arriscar, mesmo se o velho não soubesse quem ela era, ainda assim poderia ter um acordo.
Alisou o tecido claro de seu vestido sobre suas coxas, sugou o ar puro com força e o soltou demoradamente em um suspiro, a cabeça abaixou, os olhos se fecharam e as mãos foram a testa sustentando sua cabeça. Seus ouvidos aguçaram-se e agora o compasso calmo de seu coração misturava-se com a melodia natural da floresta. Pensou que talvez essa não tivesse sido uma boa ideia, ela mesma poderia usar sua própria magia para chegar até Regina e sua mãe, era preciso somente se concentrar, era a única coisa que ela precisava fazer. Continuou na mesma posição e pensou em se teletransportar, uma imagem misteriosamente surgira em sua mente, uma imagem conhecida, talvez do livro de Henry, sim, com toda a certeza era de lá. Continuou a se concentrar, as palmas de suas mãos esquentavam cada vez mais sobre sua testa, a respiração tornou-se ofegante a medida que lágrimas de seus olhos escorriam sem ao menos ela notar, o pingente da pulseira tornou-se quente ao ponto de incomodar, mas a dor mal foi sentida. A imagem fixa em sua retina se desfeze um zumbido alto em seu ouvido surgiu. Emma ajeitou-se no tronco e sentiu a respiração normalizar, abriu lentamente os olhos que estavam em direção às mão, viu a vermelhidão da pele bem no local onde o pingente lhe encostara. Respirou fundo mais algumas vez e se sentiu inútil por não conseguir usar a magia que havia aprendido a dominar tão bem em Storybrooke, não fazia sentido, ela sabia como usá-la, sabia no que pensar, sabia o seu momento mais feliz e o seu de maior fúria, mas nada adiantava, nada era viável. Conseguia sentir uma sobrecarga por todo o seu corpo, como se fossem correntes elétricas passando por cada poro, mas por alguma razão elas eram impedidas de sair, como se uma fina camada de algo muito resistente impedisse.
O pingente havia esquentando, um sobro de consciência e talvez a famosa esperança lhe atingiu o rosto, aquilo era magia, ela sabia, só não compreendia o motivo de não conseguir fazer algo maior, talvez pelo fato do objeto já ser mágico ele tenha tido tal reação, talvez realmente não tenha sido ela a causa do aquecimento do mesmo, mas isso também significava que a magia ainda estava dentro de si, que Emma não a havia perdido como pensara.
Deixou o ar fresco penetrar em seus pulmões mais uma vez e levantou-se, sentiu a rápida vertigem lhe tomar o cérebro e um súbito negror cubrir-lhe os olhos. Quando a visão já havia sido recobrada, virou-se em direção ao lado que viera, se o homem que tanto desejara falar não viria, não tinha sentido em continuar no meio da floresta, indefesa, pois era assim que se sentia, completamente frágil e vulnerável sendo a presa perfeita para qualquer predador.
- Se continuar desatenta dessa forma, realmente virará o almoço de alguém. - aquela voz fez com que seu olhar se levantasse em direção ao som.
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Permita-se sentir
Fanfic"E no brilho daqueles olhos verdes, eu soube que havia encontrado a felicidade" Após tantos anos, Regina ainda lamenta a morte de seu primeiro amor, e não acha que será capaz de amar novamente. Até que em uma noite Emma a beija. Um ato inesperado ma...