Ela não se moveu. Continuou a observar o nada com muito interesse. Respirei fundo e continuei a andar,porém meus passos pareciam que não queriam mais se mover. Me senti indiferente quanto ao que presenciei. Mas me confortei ao lembrar da realidade que ela,nós estávamos passando. Julie me acompanhara até próximo da garota e entrou em um dos quartos. Senti um frio no estômago minutos antes de tocar o ombro da menina. O fiz. Ela se virou lentamente,me olhou fundo nos olhos e sorriu. O meu se desfez. Não era ela. Julie reaparece e me chama.
-A sua namorada está aqui!-, e entra no quarto.
Foram exatos 10 passos ate o quarto,sim eu contei. A minha felicidade renascera,meu coração acelerou quando eu a vi,ali,deitada. Ela estava medicada, confirme o pai dela disse assim que eu cheguei perto. O quarto tinha rosas, muitas delas coloriam o quarto branco e davam um ar de felicidade.
-Meu amor.-,sussurro.
-Como ela está?-,Pergunto ja segurando a mão dela.- Meu amor,estou aqui e não vou a lugar nenhum.-,sussurro.
-Ela esta bem sim. A enfermeira aplicou um medicamento para aliviar a dor dela.-Ele da uma pausa,-Então você é a famosa Cristal?-,o homem que estava sentado diz.
-Sim senhor.-. Respondi sem desgrudar os olhos de Sophia.
Eu estava muito feliz, mesmo com ela dessa forma,eu estava. Visto que, mais cedo eu tive a noticia que havia perdido ela. Agora a tenho perto o bastante pra senti o seu cheiro. Respirar aliviada por ainda poder manter todos os nossos planos e sonhos. Eu a amo tanto,que poderia dar minha vida,caso precisasse. É engraçado como uma pessoa destrói toda a muralha que construímos e a refez com uma perfeição absurda,tal que sem ela ficamos perdidos em nosso próprio mundo.
-Precisamos conversar!-,a mulher que estava ao lado do homem diz.
****2 horas antes...
Abro os olhos e me deparo com meus pais sentados, espremidos no sofá. Eu poderia contar nos dedos as vezes que os vi por perto. Resmunguei alguma coisa e eles quase pulando do do sofá vieram ate minha cama.
-Minha filha como esta se sentindo?-,meu pai diz pegando em minha mão.
-Estou com um pouco de dor na cabeca,mas deve ter sido a pancada... Onde está Cristal?-,pergunto.
-Cristal? Do que esta falando?-,minha mãe intervém na nossa conversa.
-A minha namorada. Onde ela está? Quero ver ela. Preciso vê-la-,lhe respondo.
Eles se olham tentando entender a situação. Meu pai coça a cabeça e anda até a janela. Minha mãe,paralisada, me fita. A minha vontade de rever Cristal ultrapassou qualquer empecilho que me levaria não contar sobre ela pra qualquer pessoa,inclusive meus pais.
-Por favor. Me tragam ela?-,digo quebrando o silêncio insurdecedor.
- Não irei fazer isso.-,ele responde firmemente.
-Como não??? Eu preciso vê-la. Eu a amo. Não podem vir assim e quererem mudar as coisas.-,digo sentando-me.
- Não vamos permitir que se relacione com outra garota. .-,minha mãe diz.
- O mais engraçado é que vocês chegam do nada e ainda querem ne privar das coisas. Eu não vou perder a mulher que eu amo por um pensamento tão antiquado como esse.-,digo em resposta, já um pouco alterada
-Sei que não fomos os melhores pais do mundo,mas queremos recuperar o tempo perdido. Nós amamos você. E tivemos muito medo de te perder.-,meu pai tenta amenizar a situação.
-E é assim que estão tentado reparar o tempo perdido? Só estão conseguindo me afastar ainda mais. Onde estavam quando meus monstros saíam da minha mente e ficavam em todo lugar? Ou ate mesmo quando me apaixonei? Onde estava o amor de vocês quando eu quase me ajoelhei pra não me deixarem naquele colégio? Onde estavam pra me confortar, quando pensei que não me amavam? Eu perdi as esperanças que vocês viriam me ver no meu aniversário, eu deixaria passar até o natal, mas o aniversário de uma garotinha,não. Perdi a conta das vezes que menti ao dizer que eu estava bem e não tinha ninguém que eu pudesse desabafar. Onde estavam quando eu mais precisei de vocês? ... Ai minha cabeça... É muito fácil pegar a história no meio e querer modificar o fim? Eu amo ela e não vou perdê-la! Essa vai ser a segunda coisa que peço a vocês... Por favor não tirem era de mim. Ela é tudo o que quero e tenho.. Minha família. Só não tirem ela de mim, só peço isso.-,digo e sinto as lagrimas deslizarem pelo meu rosto.
Eles se olharam. Acho que estavam considerando o meu pedido. O silêncio reinou. A dor estava aumentando,apertei o botão pra chamar a enfermeira. Meus pais se dispersaram,um voltou à poltrona e o outro foi para a janela. E eu só pensava nela. A enfermeira entra no quarto e injeta algum medicamento no soro.
*Sera que ela esta pensando em mim?*,penso e adormeco.
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Porque eu sei.. Que é Amor.
RandomHistória lésbica. Sophia uma garota de 15 anos que não vê a sua sexualidade como um bicho de 7 cabeças.Ela em meio a bagunça interna,descobre de forma repentina o que é amar. E que a sua bela,porém conturbada vida amorava não está nos padrões da soc...