36 - Travel

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20 de Julho de 2014, 06h13 a.m - Nos ares de Atlanta - Justin Bieber.

Enquanto Candice estava na poltrona que dava pra a pequena janela redonda do avião, eu estava comendo as iguarias que o próprio disponibilizava para o seus passageiros de primeira classe. Ah! Qual é? Quem não gosta de viajar e comer logo de cara?

Ontem foi o nosso último dia de aula para as férias. Vemos quem ficou de pendência em alguma matéria, e eu, quase, eu disse: quase fiquei em uma matéria. Como sempre fazemos nos últimos dias de aulas pré férias, paramos a escola e não vamos as aulas. Fazemos badernas no pátio, ginásio...

Hoje, estamos aqui, em um avião em direção ao Canadá, precisamente para Stratford, onde eu havia nascido. Eu e Candy estávamos viajando pra Stratford para ficar apenas 15 dias, para ainda podermos ir para Londres.

Não estou indo para o Canadá mostrar meus amiguinhos que eu havia deixado aqui, até por que eu fui embora daqui aos 11 anos, sendo assim, não consegui fazer uma amizade que fosse pra toda a vida. Estou indo pra mostrar para Candy, onde eu nasci, onde eu brinquei, onde eu morei e para conhecer meus avós.

- Vamos ficar na casa dos seus avós? - Perguntou Candice pegando um biscoito da pequena mesa exposta da poltrona da frente.

- Sim.

- Só eles que moram lá? - Ela perguntava tranquila.

- Sim, os velhos tem um pique.

- Justin. - Bateu em meu ombro e rimos.

- É sério, amor.

- Respeita os seus avós, moleque. - Puxou a minha orelha.

- Tá, mãe. Tá.

- Palhaço.

- Falando sério: tá aparecendo alguma coisa em seus seios? - Virei de lado.

- Sim. - Mordeu os lábios. - Mês passado um dos seios estava enrugado, parecendo um casca de laranja, sabe? - Assenti.

- Por que você não me contou? - Olhei em seus olhos.

- Eu não queria te preocupar. - Olhou para baixo.

- Você e essa sua mania de não querer me preocupar. Porra, eu sou o seu namorado, eu me importo com você, eu tenho que saber o que acontece contigo, Candice. - Suspirei. - Olha pra mim. - Eu só quero o seu bem, Candy.

- Eu sei. - Olhou-me.

- Você pelo menos foi se consultar? - Alisei suas bochechas.

- Sim. - Desviou os nossos olhares.

- Mesmo? - Ela não mentiria, não é mesmo?

- Mesmo. - Sorriu seco.

Ela estava mentindo.

- Tudo bem. - Suspirei frustrado.

Eu não acredito que ela tá mentindo.

- Já estamos chegando? - Mudou espontaneamente de assunto.

- Sim. - Respondei apenas.

- Não fica assim, por favor.

- Não fica assim? Candy, não adianta você ficar mentindo.

- Mas eu...

- Para de mentir, Cacete. - A olhei. - Eu sei que você está mentindo. Então, para. Você já parou pra pensar que isso pode ser grave? Então não brinca com isso. - Falei preocupado. - Quando chegarmos em Stratford, nós vamos marcar uma consultar.

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