48 - Tightly

34 2 0
                                    

28 de Novembro de 2014, 10h36 p.m - Condomínio The Luxury, Quarto - Candice Smith

- Quero conversar com você! - Adentrou no quarto de cabeça baixa.

- Mas eu não quero! - Afirmei firme.

- Nós precisamos conversar, Candice. - Olhou-me.

- Nós? - Frisei. - Tem certeza? Ou você que precisa conversar? - Apertei mais o nó do roupão.

- Nós precisamos.

- Não! - Respondi. - Não precisamos. Você precisa conversar, e é consigo mesmo. Pensar o quanto foi horrenda àquela sua posição machista, diante de apenas um fato que eu iria, aliás, vou desfilar.

- Candy tenta entender o meu lado.

- Eu não tenho que entender lado nenhum! O que você fez não há explicação, Justin.

- Tem sim. Lembre-se Candy: pra tudo há uma explicação. - Deu alguns passos. - E se fosse com você? E se fosse você sabendo que o seu namorado ia desfilar semi nu? Você ia ter a mesma reação. - Olhou perdido.

Sorri seco mordendo meu lábio inferior.

- Se me conhece bem, saberia que eu não ia ter essa reação. - Olhei profundamente em seus olhos.

- Mas...

- Engraçado que eu te conheço, né? Sabia qual seria a sua reação desde um princípio, por isso que estava polpando te contar. E agora, eu posso ver que você não me conhece o bastante como eu te conheço. - Falei com os olhos lacrimejados. - Nos conhecemos no mesmo dia, Justin. - Funguei. - Impossível você não me conhecer, como eu te conheço. Quem ama conhece.

- Eu te amo. - Falou desesperado.

- Não. - Chorei.

- Não duvide do meu amor. - Pegou minhas mãos. - Quem ama protege.

- Isso não é proteção. - Desabei.

- Eu só quero te proteger, meu amor. - Ergueu minha cabeça.

- De quê, Justin?

- De tudo.

Apenas cocei meus olhos, balançando minha cabeça pra os lados em forma de resposta.

- Quem ama não proíbe. - Chorando, sentei no chão. - Você não me ama. - Encolhi-me soluçando.

- Quê? - Disse nervoso, sentando-se em minha frente. - Olha pra mim. - Puxou meu queixo em sua direção. - Ficou louca? - Perguntou desacreditado. - Você quer maior prova de amor do quê a que eu te dei? - Solucei. - Eu te amo, sua idiota. - Selou-me desesperadamente.

- Para. - Chorei e falei baixo, tentando o tirar de perto de mim.

- Não duvide do meu amor nunca. - Sussurrou colando nossas testas. - Eu só tenho medo de te perder.

- Isso não vai acontecer. - Mordi meus lábios, passando minhas mãos no seu rosto acariciando. - Você me ama? - Eu precisava ouvir.

- Mais que tudo. - "Tomou" meus lábios.

Nosso beijo era voraz, cheio de sede e desejo. Puxei Justin mais pra perto, sentei em seu colo, e pus meus braços ao redor de seu pescoço, e ele os seus e minha cintura a apertando fortemente.

Com uma mão em sua nuca, me ajudando a ter firmeza com sua cabeça, minha língua corria em sua boca, como se ali existisse uma maratona. Senti o céu de sua boca, senti sua língua se embolando na minha, seu lábios nos meus. Nossas bocas encachadas perfeitamente.

By Your SideOnde histórias criam vida. Descubra agora