Desesperada

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Fiquei a noite inteira acordada.

Depois de muitas horas sem receber nenhuma noticia recebo uma ligação do Diego.

-Bia fica calma. O Gustavo não ta bem, ele foi atingido com um tiro em uma área comprometedora. Estamos no hospital. - falou e eu senti o meu mundo desabar em lágrimas.
-O que? Como? Ele ta bem né? Me diz que sim, diz pra mim que isso é uma brincadeira sem graça, que ele vai depois me ver e ri da minha cara, diz pra mim, vai.- falava desesperada chorando.
-Eu queria que fosse só uma brincadeira. Mas é verdade.- Diego falou.

E eu não acreditei no que tava ouvindo, ele me prometeu que ficaria bem.

-Ond...- minha voz falhou- onde fica esse hospital, quero ver ele.-falei desesperada.
-Eu vou te buscar daqui a pouco.- falou.
-Venha depressa.

Sai do quarto e fui pro banheiro, lavei o rosto e tentei me recompor.

Minha mãe ouviu o barulho dos meus soluços e veio correndo me ver.

-Filha, filha. O que aconteceu? - me perguntou me abraçando.
-O meu amigo está muito doente no hospital mãe. - falei . Já que não poderia falar que ele foi atingido por uma bala.
-Calma, calma. Vai ficar tudo bem.- ela me abraçou mais forte e eu chorei ali nos braços dela.
-Preciso ir no hospital.- falei saindo do seu abraço.
-Ta tarde. Não é melhor você descansar e amanhã você ir?- ela perguntou carinhosa.
-Mãe, eu não vou consegui descansar. Eu vou lá não tente me impedir. O amigo dele vem me pegar e me levar lá. - avisei colocando uma roupa.
-Não vou lhe impedir. - falou.

Ouvi a buzina do carro de Diego.

E fui correndo até a porta, entrei no carro correndo. Não falei uma palavra.

Desci no hospital e fui diretamente pedir informações.

-Gu...Gustavo Andrade? Quero saber como ele está, qual o estado dele, é muito grave? Pode receber visitas agora? -perguntei apressada por informações.
-Ele está sendo examinado, foi atingido, pelas informações que eu recebi, por uma bala perdida. Agora estamos fazendo uma cirurgia para retirar a bala e ver se não trouxe nenhuma consequências que comprometam a saúde do nosso paciente. Depois da cirurgia ele poderá receber visitas, mas estará inconsciente. - a efermeira me contou percebendo o meu estado - O caso dele é grave. A situação é realmente complicada.

Sentia as lágrimas caindo desobedientemente dos meus olhos, eu queria ser forte e encarar isso com maturidade.

Mas quando se tratava do Gustavo meus sentimentos ficavam a flor da pele.

Fiquei a madrugada inteira sentada no banco esperando por notícias dele.
O Diego estava do meu lado me dando força.

-Vai ficar tudo bem Bia, o Gustavo é forte e já encarou de frente muitas situações difíceis eu acredito que essa não será diferente, ele vai sair dessa. - Diego falava passando o seu braço por cima do meu ombro me abraçando de lado fazendo minha cabeça descansar no seu peito.

Mas nada do que ele falasse ou fizesse iria me fazer me sentir melhor.

Te amo, idiota. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora