Meu protetor

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Estava andando pelo calçadão.
Desci a escada indo para areia.
A noite estava serena, tranquila.
Fechei os meus olhos tentando fazer com que fosse só eu, as ondas do mar e a lua.

Mas minha mente estava confusa, fiquei ali mais 1 hora e depois resolvi voltar pra casa.

Enquanto andava até minha casa ouvi passos indo onde eu ia, senti que estava sendo seguida.
Me apressei andando mais rápido e os passos atrás de mim também andaram mais rápido. 

Quando olhei para atrás era um homem que aparentava ter 32 anos.

Comecei a correr.

-Onde você pensa que vai lindinha. Vem brincar com o tio, vem!-o homem gritou pra mim correndo.

Ele era bem mais rápido e forte que eu, tentei desviar dele entrando em uma esquina pra ver se saia em outra rua.
Mas era um beco sem saída.
Entrei em desespero.

-Aah agora você vai ficar quietinha pro tio aqui.-ele falou pegando em meu braço com força- você é uma menina bonita.
-NÃO TOQUE EM MIM! - Gritei tirando bruscamente suas mãos de meus braços.
-Tem que ser uma boa mocinha e obedecer o tio.- ele falou pegando na minha blusa rasgando-a.
-TIRE SUAS MÃOS DE MIM! - Falei tentando me cobrir com o resto da blusa que sobrava.

Andei para atrás enquanto ele andava na minha direção.

-Não vai ser por bem então vai ser por mal garotinha. - falou.

Cuspi na sua cara e tentei sair correndo.
Mas ele pegou nos meus braços. 
Eu não iria desistir não iria deixar que nenhum homem imundo tocasse em mim.
Me desviei de seus braços e na primeira oportunidade estalei minha mão em sua cara com toda a minha força.
O rosto dele virou ficando vermelho.

-Agora vai ver sua vadia- ele me puxou bruscamente o meu braço,  tentei escapar mas ele é muito forte, eu chorava horrores.
-ME LARGAAA! SEU IMUNDOOO!- gritava e recebi um tapa na cara.

-LARGUE ELA AGORA SEU MERDA.- um menino falou, mas estava tudo embaçado por conta das minhas lágrimas.

-Ou você ira fazer o que menino? - ele perguntou.

Tentei fugir dele mas ele ainda me segurava com força.

O menino que havia aparecido no beco deu-lhe um murro na cara do homem imundo, me soltei de seus braços e enchuguei minha lágrimas que não paravam de cair.

O menino batia, distribuia socos e ralava a cara dele no chão.

Logo o menino parou vendo que o homem havia desmaiado e quando virou pra mim era o Guilherme.
Ele veio em minha direção e me abraçou.

-Calma ta tudo bem, tudo bem.- ele tentava me acalamar enquanto eu me desandava de chorar.
-E se e se... Você não tivesse aparecido?- soluçava - o que iria acontecer comigo.
-Eu vou sempre aparecer quando você precisar de mim. Jurei te proteger e é isso o que vou fazer. - ele depositou um beijo protetor na minha testa. Tirou a sua jaqueta e me entregou.- toma, se cobre.

Vesti a jaqueta e olhei pra ele.

-Obrigada. De verdade eu sou muito grata a você. - falei e o depositei um selinho.
-Não precisa me agradecer. Vou te levar pra casa.- ele falou e passou seus braços por cima do meu ombro me abraçando de lado enquanto caminhávamos em silêncio.

Te amo, idiota. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora