A pergunta

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A tarde passou rapida e logo os meninos foram embora.

Minha mãe tinha me mandado uma mensagem de texto dizendo que não iria dormir em casa hoje, eu fiquei fitando o  nada me sentindo sozinha, não queria ficar em casa pensando, na maioria das vezes que penso na minha vida acabo ficando triste.

Resolvi que iria sair espairecer eram exatamente 20:00 e meu cabelo não estava de bem comigo, ele esta cheio e com as pontas cacheadinhas.

Peguei minha bolsa e sai, fiquei andando sem ter um destino certo pra ir.

Quando olhei onde estava vi que estava onde conheci o Gustavo, queria tanto que ele gostasse de mim do jeito que gosto dele mas parecia que cada vez ficávamos mais distante um do outro, eu estou tão confusa.
Eu tenho descoberto sentimentos e sensações desconhecidas quando estava perto dele.

Andei mais e mais, agora eu me encontrava chorando, não sei por que ou que sentido teria.
Como posso chorar por alguém que conheci a algumas semanas, alguém que não precisou fazer nada pra eu estar tão loucamente atraída por ele.

O que o Gustavo está fazendo comigo?
Caminhei mais um pouco e olhei o céu, o mar, a areia e um menino que estava com a cabeça apoiada nos joelhos, sem camisa e uma tatuagem de arma no pescoço.
Não acredito? Será que é o Gustavo?
Caminhei até ele e minha curiosidade aumentando a cada passo que dava.

-Gustavo? - ele olhou pra mim com os olhos vermelhos. -você ta bem?
-Eu posso estar tudo, menos bem.-falou com uma voz rouca.

Me aproximei dele e sentei ao seu lado.

-Quer me contar o que aconteceu? -falei limpando as minhas lágrimas que ainda insistem em cair.
-Por que estava chorando? -ele perguntou me encarando.
-Só chorei o que tava guardado a muito tempo. -menti.
-As vezes é bom liberar os sentimentos, se prender demais acabam ficando rebeldes - ele passou a mão no cabelo.
-Não quer me contar por que esta assim tão mal? -perguntei colocando minhas mãos em suas costas, deslizando elas pra cima e pra baixo.

Ele suspirou.

-Problemas, não quero falar disso.- ele falou seco.
-Tudo bem. Aceita um abraço pra se sentir melhor? -escapuliu da minha boca isso, me senti ruborizada -as vezes não precisamos de só palavras, as vezes um abraço basta.-falei sentindo que precisava daquilo também.

Ele deslizou sua mão ao meu rosto , virou-se pra mim e me abraçou forte suspirando, eu fechei os olhos e queria ficar ali para sempre.

Ele me soltou depois de uns instantes.

-Tem razão as vezes só precisamos de um abraço. -falou ficando entre minhas pernas e eu fazia cafuné no seu cabelo.
-Bia? -Gustavo chamou, ele estava com os olhos fechados.
-Sim?
-Você veio espairecer também?  -perguntou.
-Uhum.
-Parece que esse virou o nosso lugar.- ele sorriu com os olhos fechados e eu passando suavemente meus dedos em seus cabelos, sorri também. - o que você sente por mim?

Ele me pegou de surpresa, pensei em várias coisas que sentia por ele, raiva, carinho, respeito, vontade de cuidar... mas nada saia da minha boca.

Ele abriu os olhos e me encarou esperando uma resposta.

Te amo, idiota. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora