Te amo, idiota. (EM REVISÃO)

26-elevador

-E agora o que vamos fazer?

Perguntei preoupada, olhei ao redor e não conhecia nada.

-Não se preocupe, eu tenho o endereço do hotel no aplicativo do mapa no meu celular.

Ele sorriu.

-Ai quase que eu tenho um ataque aqui.

Sorri fraco.
Andamos pelas ruas de mãos dadas só umas luzes acessas, aqui é realmente lindo, parece que tem um encanto próprio não vi ainda nenhum lugar feio, amanhã o dia será com certeza o melhor pois vamos nos pontos turísticos...

-No que tu ta pensando?
Guilherme me perguntou olhando pra mim.
-Que amanhã vai ser maravilhoso.
Respondi e ele concordou com a cabeça.
Ele pegou o celular onde localizava onde nós estávamos e onde é o hotél..
Não é muito longe de onde estamos...

Andamos mais um pouco e começou a chover.

-Ah! Não acredito!
Reclamei.
-Vamos adiantar o passo antes que a chuva fique pior.

Começamos a correr até eu passar por uma poça de água escorregar e cair.

Guilherme começou a rir.
Eu não gostei, se não tivesse doendo o meu corpo eu também iria rir dessa situação, mas o problema é que ta doendo muito.
Não falei nada e ele continuou a rir.

-Da pra parar por favor?

Perguntei irritada.

-Desculpa mas... Você tá toda molhada.

Suspirei e ele continuou a dar risada...
Já vi o hotel a pouca distância então adiantei meus passos e deixei ele para atrás, só que ele adiantou o passo também.

-Vai ficar irritada por isso?
Não respondi.
-Af, ta bom, desculpa ta?
Continuei sem responder só concordei com a cabeça e seguir na frente até o hotel.

Entrando pela porta o Guilherme passou na minha frente e depois pegou as chaves na recepção e entrou no elevador.

Fui até um sofazinho que tinha lá, havia poucas pessoas a essa hora na parte debaixo do hotel.
Mas uma dor na minha perna depois da queda insistia em permanecer.
Até que um menino loirinho passou e olhou pra minha coxa arregalou os olhos e veio até mim.

-Menina? A sua perna está sangrando.

Foi o que eu entendi ele falar, pois ele fala francês.

-A minha perna está sangrando?

Perguntei confusa em seu idioma.

-Sim, vou pegar curativos daqui do hotel, me espera ai.

Concordei com a cabeça e olhei para a minha perna, e nossa ela está sangrando mesmo! Levantei meu vestido um pouco pra ver como estava a ferida... Meio que ralou e agora está com um ferimento vermelho repleto de sangue...

O menino veio com uma caixinha de primeiros socorros.

-Não se preocupe eu to fazendo faculdade pra medicina e isso não vai ser nada se cuidar agora.. Sabe? Pra não infeccionar.

Concordei com a cabeça e ele pegou um pano com ALCOOL?!!!

-Desculpe só tem isso aqui pra desinfectar... Vai doer um pouco...

Eu fechei forte os olhos ele colocou o álcool na minha perna e eu abafei um grito com a mão...

-Hei o que tá acontecendo?

Abri os olhos e era o Guilherme.

-Ela é sua namorada?

O loiro perguntou.

-Não, somos ... Amigos?

Ele respondeu mas parecia mais uma pergunta do que uma resposta.

Guilherme olhou pro meu machucado e sussurrou um "desculpa" pra mim.

Depois de o loiro limpar meu ferimento, colocar uma pomada e depois pôr um curativo...

-Obrigada.. É.. Como é teu nome mesmo?
Pergutei.
-Lorenzo.
-Ah o meu é Bianca e o dele é Guilherme.
-Prazer em conhecer os dois.

Lorenzo pegou em minha mão em um cumprimento e depois a do Guilherme.

-Boa noite, eu já vou me retirar.

Falei me levantando, agora não sentia tanta dor mas ainda incomodava.

-Tchau.

Guilherme falou pra Lorenzo.
E pegamos o elevador.
No elevador ficamos nos encarando pelo imenso espelho, estava em um clima constrangedor, eu estava louca pra agarrar ele ali mesmo.

Me repreendi pelo meu pensamento.
Eu olhei pro chão pra evitar encara-lo pelo espelho.
Ainda estávamos no 5 andar, e precisávamos chegar no 28.
Eu respirei fundo enquanto via o ponteiro subir lentamente pro 6, antes esse elevador não me parecia tão lerdo.

Eu arrisquei olhar pra ele pelo vidro novamente e ele me encarava fixamente.
Deixei pra la e virei pra ele, pegando em seus cabelos e suas mãos foram diretamente para a minha cintura,me apertando contra a parede do elevador e contra o seu corpo molhado, nossos corpos molhados pela chuva...

A porta do elevador se abriu exibindo uma senhora e logo me separei do Guilherme e minhas bochechas ficaram vermelhas.

A senhora de óculos e cabelos pretos com raízes brancas olhou pra gente balançando a cabeça com um leve sorriso no rosto.
-Menina não se sinta constrangida, vocês não acreditariam no tanto de coisas que já vi nesse elevador, um beijo de adolescentes apaixonados é o de menos.

Ela falou sorrindo abertamente pra nós.
E nem percebi mas o elevador já estava no 28, as portas se abriram.
E eu acenei um tchau com a mão para aquela senhora.
Olhei pro Guilherme que antes se prendia pra não ri agora ta rindo horrores.
Sua risada me contagiou e eu ri também.
Depois de cessar a crise de risos.

-Eu vou dormir.

Falei.

-Posso dormir contigo?

Ele me encarava com aqueles olhos pedintes tão lindos.

-Ta,mas só dormir.

-Sim senhora madame.

Ele fez aquele sinal de continência de soldados.
Eu revirei os olhos e abri a porta do quarto, tomei banho primeiro e depois foi ele.

Deitamos na cama e dormimos de conchinha.