O despertar

4.5K 242 4
                                    

De manhã acordei ainda sentada naquele banco duro na sala de espera, com o Diego do meu lado dormindo.

Me desfiz do seu abraço e peguei um café que estava lá, nem gosto de café mas pra me manter acordada só o café agora.

Vi a mesma enfermeira que tinha me dado as informações sobre o Gustavo de madrugada, corri até ela.

-E então como ele está? Como foi a cirurgia? -perguntei.
-Ele está no leito, a cirurgia foi com sucesso.- sorri.-mas infelizmente ele ainda está inconsciente e em coma. - falou e meu sorriso se foi.-O estado dele ainda é grave mas já pode receber visita. Se quiser vê-lo pode me seguir.
-Sim, quero. Claro que quero.

Segui ela e vi através do vidro que ele eatava realmente inconsiente, tomando soro e uma maquina de batimento cardíaco do seu lado.

Entrei e não consegui segurar minha emoções, logo depois que a enfermeira saiu, desabei.

-Você me prometeu lembra?- peguei em sua mão.- você me falou que iria ficar bem.- choraminguei.
-Eu não quero te ver assim.- falei.-não quero te ver mal.

Fiquei lembrando dos nossos momentos juntos.

-Esse não é o nosso fim, não é mesmo? - falei.- você vai ficar bom e tudo vai ficar bem. E ai depois a gente vai voltar ao nosso lugar, onde nos conhecemos e vamos ficar lá lembrando de tudo. E eu prometo que vou cuidar de você. Prometo eu vou dar o melhor de mim pra você.- falei.- se você acordar eu juro, juro. Que enquanto nós estivermos juntos eu irei te amar eternamemte.

E enquanto eu estava chorando pegando em sua mão, lembrei do nosso primeiro encontro no nosso lugar, depois a surpresa de ver que o mesmo garoto que tinha esbarrado comigo estuda na minha sala, depois as nossas conversas, o ciúmes disfarçado dele, a festa, do meu ciúme dele com aquela menina , a minha tentativa falha de esquece-lo, o trabalho de literatura que nos uniu, o dia que descobri toda a verdade,o medo de saber que ele era bandido, o meu pavor por saber que ele é capaz de tirar vidas, a minha vontade de livra-lo ele de tudo o que ele já tinha sofrido, as marcas dele de sobrevivência em sua pele, os beijos que fazia amar mais ainda ele, a minha confissão do que sentia por ele, ele me falando que sentia o mesmo, ele me falando que apartir daquele momento eu era dele, me falando que iria me proteger, eu lhe contando que o amava, ele me revelando que me amava ainda mais desde o momento em que eu admiti o que sentia por ele, eu com ciúmes daquela Carol, a foto que ele tirou e colocou em seu mural...

Eram tantas lembranças que já fazem parte do que sou agora.

-B..ia?- ouvi uma voz fraca. Ele despertou

Te amo, idiota. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora