Era réveillon, a sacada estava cheia não só de amigos, como de desconhecidos também. Mamãe e papai decidiram ir dar uma volta na praia e eu fiquei para trás, aliás, mal tive tempo de responder, eles já estavam descendo as escadas e me deixando para trás.
Aquela era a mansão de Sebastian Harris, um dos donos da maior empresa de comunicações do país e todos os empregados inclusive eu, estavam lá. Não importava se ele não conhecia metade daquela gente, estava precisando ser bastante solidário depois de escândalos envolvendo a empresa e empregados. A festa estava dividida de qualquer modo, ninguém ousava se aproximar dos "Homens de valor", havia superioridade no modo como conversavam e riam. Enquanto nós estávamos rindo alto e falando besteira sentados na mesa, eles estavam em pé, tomando do melhor champanhe e desfrutando de uma conversa de negócios. Nossa rodinha de amigos era enorme enquanto eles se mantinham em um circulo formado por seis homens ricos.
Mas só eu observava isso.
Meus pais eram amigos dos pais dele, que eram um amor e muito diferente do filho. E assim, era formado mais um circulo de velhos amigos e família no fundo da festa, onde estava tudo calmo.
Estávamos nos preparando para essa festa à meses, então ninguém economizou na roupa. Um porquinho foi colocado na mesa da recepção e todo dia cada um deveria colocar um dólar, era uma brincadeira e no final, o dinheiro foi usado no natal, para comprar presentes e doar às crianças do hospital do câncer. Foi simplesmente lindo ver todas aquelas crianças sorrindo e se divertindo, prometemos que no próximo ano estaríamos lá e que queríamos ver todos bem e saudáveis, ou até receber noticias de que foram para casa com o resultado da cura.
— Lexis! Você não vem?! —Amanda diz levantando e erguendo as sobrancelhas sem entender porque eu ainda estava parada. — No banheiro.
— Ah, sim. Vou. —falo levantando e pedindo licença à todos ao redor da mesa.
Fico me olhando no espelho, observo minhas bochechas vermelhas e meu rosto cheiro de maquiagem. Dou alguns passos para trás e olho o meu vestido e por fim, sorrio com a minha escolha.
— Veio conquistar alguém? —ela sorri.
— Ninguém além de mim mesma. —sorrio confiante.
— Uuuh, garota! Assim você coloca o Diego no chão. —eu sorrio. — Não há nada melhor do que ficarmos bonitas para nós mesmas!
— Concordo.
Puxo meu celular da bolsa e...
— Falando no idiota... —ela me olha e sinaliza para que eu atenda.
Amanda é a minha amiga de anos e exatamente por isso sabe como foi a minha época com o Diego, entanto queria me ver ser forte e não me derreter mais ao falar com ele.
Reviro os olhos e atendo grosseiramente.
— Sim?
— Lex?
— Quem mais? —nunca havia sido fácil para mim ser grossa com alguém, até porque não sou assim, mas depois do que vivi com ele, tenho todo o direito.
Ele fica calado, esperava que eu respondesse caindo de amores.
— É... Onde você está?
— Olha Diego, eu não posso falar agora. —Amanda faz sinais para que eu desligue. — Me liga depois. Daqui à um ano talvez.
Depois que saímos do banheiro a musica finalmente havia começado e todos já haviam se espalhado. Estava tocando "Waiting for Love" do Avicii e Amanda não se aguentou e saiu me puxando para o meio da pista. Todos nós cantávamos juntos chamando atenção dos homens de valor, mas estávamos ali pra nos divertir. Havia sido um ano um tanto dificil na empresa, mas eu estava animada para o começo do ano novo. Mesmo que Sebastian tenha tido a sorte na vida de ter a confiança do pai para conduzir a empresa, meu pai que era dono de 50% da empresa não pensava o mesmo de mim, e eu concordo, nunca poderia conduzir a presidência com junto à Sebastian, que além de ser cabeça quente, tem suas mãos gananciosas em tudo aquilo. Meu pai havia deixado tudo em suas mãos o dando mais poder ainda. Mas isso vai mudar no começo do ano que vem, eu não seria presidente e agradeço à Deus por isso, mas a empresa funciona com duas cedes próximas, Sebastian não é nenhum mágico para ficar de olho nas duas, então irei tomar as rédeas da segunda cede, já que o ultimo supervisor foi mandado à chutes para fora por ninguém mais que o Sebastian.
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A Conveniência do Casamento
RomancePLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Alexssandra como todo mundo, sempre teve suas expectativas e suas metas, nada poderia pará-la, era esforçada e havia dedicado cinco anos de sua vida para fazer o curso que amava, para assim, conseguir...