Vinte

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— Por favor Sebastian! Você vem me evitando a semana inteira depois que eu confrontei você sobre os seguranças, o que há de errado? Você não pode apenas ficar calado e esperar que eu adivinhe o que está acontecendo.

— Sim, eu posso. —ele diz colocando a maleta sobre a cama junto com alguns papéis.

— Você sabe que darei um jeito de descobrir... —cruzo os braços esperando alguma reação sua.

— Bom, se sua ideia exclui a possibilidade de entrar em um carro e batê-lo, vá em frente. —ele fala frio, nem parecia o mesmo homem de alguns dias atrás.

Fico simplesmente de boca aberta. — É assim que você deseja me punir? —pergunto me aproximando. — Rindo do que aconteceu?

— Pareço estar rindo? —ele pergunta virando para mim.

— Não, mas...

— Não há "mas" Alexssandra, se eu disse que está tudo sobre controle, apenas está! Porque não pode apenas acreditar e parar?

— Porque eu sei que está escondendo algo, o mesmo que fez com a história da Miranda.

— Eu já disse...

— Se eu realmente preciso entrar em um carro você que decide.

— Eu estou com dor de cabeça. —ele fala colocando a mão sobre a testa.

Ele com certeza havia tido um dia corrido e puxado e lá estava eu enchendo seu saco como havia feito todos os dias, com certeza não chegaria em lugar algum. Naquele momento decidi seguir o conselho da Amanda, apenas acreditar, mesmo que tivesse minhas duvidas.

— Desculpe, eu... Sinto muito se acabei ficando paranoica.

Ele revira os olhos.

— Ah, o Phill ligou antes de você chegar... Queria saber quantas pessoas estariam indo para o Brasil... —pergunto mudando totalmente de assunto. — Eu disse que só você.

— Como assim? —ele vira sem entender.

— Bem, tenho certeza que você não me deixaria entrar em um avião e correr algum risco...

— Mas é obvio que você vai!

O olho assustada, quê?

— Pensei que... —tento dizer algo, mas aquilo era bastante estranho. — Que não me deixaria ir...

Ele balança a cabeça afirmando. — Bem, eu também pensei... Mas não quero ficar tão longe de vocês duas esse tempo todo, preciso cuidar do que é meu.

— Vou fingir que não me senti como um objeto agora, mas existem tantos seguranças para isso, não acha?

— Não é a mesma coisa.

— O que? Você sabe sacar uma arma?

Ele não responde e pelo modo que me olhou, com certeza sabia.

Arregalo os olhos olhando para os lados. — Tudo bem... Isso não me assusta. Nem um pouco.

Ele ri mostrando todos seus dentes me fazendo rir de volta.

— Eu já tinha um texto pronto com ofensas e reforços para fazer você me levar nessa viagem, mas não vai ser preciso.

— Bem, talvez as ofensas sejam boas algumas horas. —fala me olhando de lado. — Faz as coisas ficarem... Apimentadas. —diz piscando para mim que o olho estranho. —Não esqueça como isso tudo começou.

— Eu poderia ter ficado calada, não acha?

— Não.

— Havia me esquecido do quanto você é devoto àquela noite.

A Conveniência do CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora