Mexia meus braços de um lado para o outro, impaciente, não haviam notícias, ninguém me dizia nada só porque eu não era a droga de um familiar,mas quem liga? Ela é como uma irmã para mim e só quando fiz um show na sala de espera foi que alguém fez alguma coisa.
— Por favor senhora, sente-se... Algumas pessoas chegaram para ver a Sra. Harris, eu vou ver se alguém vem falar com a senhora e se deixa a senhora entrar por alguns minutos.
— É Cardevon, ela odeia esse sobrenome!
— Como quiser, senhora. —a moça de cabelos vermelhos fala, calma só ela.
Já estava fazendo um buraco no chão quando Carmen apareceu, tinha os olhos inchados e as mãos trêmulas, não era a primeira vez que passávamos por aquilo, mas era a mesma aflição, o mesmo medo e tristeza. À abracei como se ela fosse alguém que eu não via à anos e mesmo sabendo tão pouco, derramei minha lágrimas junto à ela. Senti a sua dor e seu medo, não havia sido fácil da primeira vez e agora... Era pior.
Logo atrás estava o Sr. Cardevon, com um rosto fino, pálido e com olheiras, Carmen não se diferenciava muito;
Caminhamos por uma corredor que parecia não acabar,mesmo que eu não soubesse muito,podia sentir que a coisa era feia, eles não falaram nada até chegarmos perto de uma porta. Pararam...
— Como ela está? —perguntei, com um nó na garganta, seus rostos eram tão... — Ela está.... —eu não poderia pronunciar aquelas palavras...
— Ela está do jeitinho dela... —sussurra Carmen,com uma pontinha de alegria que se transforma em olhos marejando o choro.
— Ela irá ficar bem... —Sr. Cardevon toca meu ombro com carinho e eu balanço a cabeça, com os olhos cheios de lágrima e com os lábios apertados. Mas eu podia sentir, que ele não tinha certeza daquilo.
Esperava que aquela porta fosse a do quarto que ela estava, mas claramente não era, do lado de fora era possível escutar vozes altas, algo caindo no chão e quebrando, fazendo um barulho horrível...
Carmen logo abre a porta e eu já deveria saber o que acontecia.
— Eu não vou aceitar isso. NÃO VOU! —Sebastian grita dentro da sala,onde aparentemente sua mãe tentar fazê-lo manter a calma. Ao chão uma xícara quebrada.
Era uma cena ridícula.
Observo a cara da Carmen, parecendo não acreditar naquilo e o Sr. Cardevon mal olha.
— Ei! —chamo.
— Se algum coisa acontecer eu juro...
Entro rápido na sala e a cara dele quando me vê é de espanto, pelo jeito parecia que eu não era a única sem muitas informações ali. E do mesmo jeito que ele parecia não me querer ali, ele também não era muito desejado.
— Me escuta Sebastian. —eu mal acreditava que estava falando com aquele homem, mas ele não podia agir daquele jeito dentro de um hospital. — Fica calmo.
— O que você faz aqui?! —ele vira meio que sem acreditar.
Eu respiro fundo e ignoro. — Você está assustando todo mundo. Não seja um otário nessas horas. Não quando com certeza ela vai precisar de você quando acordar.
Ele balança a cabeça.
Mas estava desesperado, bravo e pálido assim como todos os outros.
— Eu não sou a pessoa certa para pedir calma, mas não é a primeira vez que estamos aqui... Estamos tão assustados quanto você, mas por favor... —balanço a cabeça para ele.
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A Conveniência do Casamento
RomansaPLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Alexssandra como todo mundo, sempre teve suas expectativas e suas metas, nada poderia pará-la, era esforçada e havia dedicado cinco anos de sua vida para fazer o curso que amava, para assim, conseguir...