Zero Um

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Nas férias do começo do ano eu, mamãe e papai fomos ao caribe, uma coisa que o mesmo sempre desejou, mas nunca tinha tempo. Ficamos em um hotel maravilhoso que dava vista à água cristalina da praia. Estava bastante lotado, mas isso não me impediu de curtir. Conheci algumas pessoas, um cara chamado John, era alto, atlético e loiro, totalmente meu tipo, mas bem... Parecia jogar num time diferente. Roger, era moreno e musculoso e o nome da sua namorada era Marisa, e por fim o Devon, ele era simplesmente uma visão do paraíso, loiro, alto e bastante atlético. Todo dia havia uma festa diferente e claro, nós nunca perdíamos uma.

Passamos bastante tempo no caribe, 4 semanas. Eram para ser apenas duas, mas como sempre o papai não perde uma possibilidade de trabalhar. Mas para nós não foi um problema, estávamos adorando tudo e não queríamos voltar para casa. Eu e Marisa íamos todo dia dar alguns mergulhos na praia, eu simplesmente adorava a praia, a calmaria e a paisagem apaixonante.

E no final do mês estávamos voltando para casa. Mamãe cheia de joias novas, papai com um sorriso no rosto por ter tido a possibilidade de falar do seu trabalho com alguns homens importantes e eu... Estava totalmente vermelha, como um camarão.

Eu havia comido bastante na viagem, estava muito nervosa por estar voltando para casa e por estar finalmente, tendo a minha chance na empresa. Na escolha da roupa, eu fui simples, mesmo sabendo que haveriam fotógrafos por todo lado, não estava afim de me maquiar e me vestir bem, para no final, ser detonada por usar uma roupa "cafona".  Coloquei minha pior camiseta e agradeci por ter um óculos que cobrisse boa parte do meu rosto. Mas não adiantaria estar sendo discreta, já que as joias da mamãe brilhariam mais que os flashes lançados à nós.

Quando chegamos em casa eu desabei na minha cama, eu havia curtido o suficiente para começar à focar somente no trabalho.

Na primeira semana de Fevereiro houve uma festa, todos nós estávamos lá para novamente desejar um próspero ano para a empresa e muito lucro. Não foi tão grande assim, só algumas pessoas estavam lá,a maioria só iria retornar na outra semana, quando estaria declarado à volta à corrida.

Nada me serviu naquele dia.

Eu estava comendo como uma draga.

E sempre colocava a culpa na pressão que eu estava colocando sobre mim mesma. Precisei me conter em um vestido antigo que já estava jogado pelo armário.

Não haviam mais de 50 pessoas no salão e estava tudo bem desanimado. Me sentei ao lado do meu pai e fiquei observando as pessoas conversando, bebi um pouco de vinho e voltei à observar.

Meus olhos pararam sobre um homem assim que ele adentrou o salão. Logo atrás uma mulher com os olhos perdidos. Sebastian estava bonito como sempre, não havia nada a adicionar. Tenho certeza que ele fazia questão de que seus smokings ficassem colados nos braços, para que assim pudesse mostrar o seu porte.

No momento que arregaçou as mangas e estendeu a mão à mulher, eu não estava acreditando que ela ainda estava de pé com um homem daqueles.

A música era lenta e apaixonante, meu pai levantou e foi um doce me chamando para dançar, eu tive que aceitar. Era algo como uma valsa e eu lembrava bem os passos da minha primeira dança aos 15 anos, assim como ele. Mas quando pus meus olhos sobre Sebastian parecia que aquela coreografia nunca havia existido. Ele era um homem desconcertante e eu sabia disso.

Começo à lembrar do modo como ele me segurou em seus braços enquanto os fogos de artifício eram lançados, havíamos perdido a contagem e enquanto muitos estavam desejando um bom ano novo para os outros, nós estávamos desejando que aquilo nunca mais voltasse à acontecer. Sabíamos o quanto tínhamos ido longe. Pelo menos eu sabia. Fui eu que sai da cama me enrolando no vestido e me enfiando no banheiro, fui eu que dei um fim naquilo, porque eu sabia bem que se não fosse eu, seria ele.

A Conveniência do CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora