Não bastava o Sebastian estar de lá para cá pegando as coisas nas gavetas e geladeira, aquilo já me deixava bastante tonta, ainda tinham coisas indo de lá para cá. Nora que trabalhava para Sebastian à anos (segundo ele) estava comandando para onde iriam todas aquelas coisas que estavam descendo do primeiro andar, não seriam muitas se dependesse das minhas roupas, mas ainda havia a bagunça dele, para quê tantos ternos, mesmo?
Senner, Phill e Ty carregavam as coisas de um modo super rápido que parecia inacreditável. O que me fez perceber que eles não eram apenas simples seguranças... Eram treinados para algo e lá estavam carregando as roupas, mas pareciam não se importar.
Observava tudo deitada no sofá.
Havíamos chegado à algumas horas e eu estava louca para deitar naquela cama fofinha do Sebastian, parecia mais estar deitada em nuvens, era um ótimo motivo para dormir mais.
Com a mochila nas costas Sebastian desceu do carro e andou até o meu lado para abrir porta e me ajudar, mas já era tarde, eu já estava com meus pés no chão e respirando aquele cheirinho de lar. Era engraçado como eu havia me acostumado àquele local, realmente me sentia em casa.
— Não podia me esperar? —pergunta fechando minha porta assim que dou espaço.
Balanço a cabeça negando, olhando diretamente para a pequena brecha entre os arbustos que davam espaço para a magnífica vista do mar. Por mais que aquela imensidão me desse medo e um pouco de desespero, eu ainda achava aquela paisagem a mais reconfortante de todas, me trazia uma paz que eu não encontraria em outro lugar.
Vejo que ele pega meu olhar e o segue, observando também o sol que nascia lindamente.
— Não se incomoda com as gaivotas? —algo que claramente o irritava.
— Não... —falo sorrindo, fechando os olhos e as escutando. — É como uma música nunca tocada...
— Não é possível reproduzir esse som ensurdecedor, ainda bem. — o olho de lado e ele ri.
— Você gosta do barulho do seu teclado quando digita, eu gosto das gaivotas, gostos diferentes, não temos que nos confrontar.
Ele concorda rindo e depois de um tempo entramos em casa.
Fez questão de me deitar no sofá e me pedir para ficar ali até que ele terminasse de cozinhar. Mas o que eu queria mesmo era me deitar na cama, então me levantei decidida à subir as escadas e descansar meu corpo nos lençóis, mas percebi que não estávamos só nós ali. Nora gritava algo para os seguranças e eu não pude ficar quieta, tive que rir, ela parecia irritada porque algo havia caído.
Quando termina de descer as escadas acaba percebendo que havíamos chegado, logo se encolhe e gagueja tentando pedir desculpas.
— Oh, não... É... Nora, não precisa se desculpar. —ela abaixa a cabeça talvez com vergonha, mas quem era eu para que ela ficasse envergonhada? Ela fazia a mesma coisa quando o Sebastian aparecia. — Por favor, não fique com vergonha, eu sou a intrusa aqui. —rio e ela me acompanha, mas bem baixinho.
— Me desculpe senh... —à olho levantando as sobrancelhas. — Alexssandra. —sorrio. — Mas esses homens não são nada delicados.
Balanço a cabeça concordando.
Bem daqui do sofá deitadinha no meu lugar consigo perceber que claramente estamos mudando de quarto.
Rio ao imaginar o meu confronto com o Sebastian caso eu me desse o trabalho de discutir com ele, dizendo que claramente poderia subir aquelas escadas e ficar no quarto, o que aconteceria se eu não tivesse minha cabeça no lugar naquele momento.
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A Conveniência do Casamento
RomancePLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Alexssandra como todo mundo, sempre teve suas expectativas e suas metas, nada poderia pará-la, era esforçada e havia dedicado cinco anos de sua vida para fazer o curso que amava, para assim, conseguir...